Capítulo 20- Ajudante

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-Parte 20- Ajudar pessoas que precisão de ajuda :O

Caminhava só na calçada, ia direto para a sala onde estavam as armas. Depois da morte de Reg, Deanna aceita tudo que Rick dizia. Aceitou até andarmos armados dentro de Alexandria. Acho que ela mal escuta oque ele diz, tão sega pela dor e ainda mais surda pelo medo.

Ontem quando ele foi enterra o pai de Ron, denominado Peter ex-medico da cidade e assassino, fora da comunidade por que aqui dentro ele diz que não se pode enterra assassinos. Irônico da parte dele, e minha. Ele encontrou uma pedreira com milhares de errantes presos lá dentro, que podem sair a qualquer momento.

Agora ele quer ensina as pessoas o verdadeiro mundo que estão vivendo, ensina-las a se proteger, e cada um tem o seu papel de ajudante. Eu vou ajudar Carl com as armas, sei que não foi Rick quem pediu, por que ele não gosta de mim...

Saio dos meus pensamentos quando vejo Daryl vir em minha direção, com um pequeno sorriso estampado no rosto. Paraliso no lugar e engulo em seco, olho para trás duvidando que ele esteja mesmo olhando para mim, mas a apenas uma senhora a passar pela rua me olhando de canto.

_ Vick? É você ?- viro lentamente o rosto corado, encontrando sua face. Sinto um aperto no coração e um frio na barriga, respiro fundo balançando a cabeça positivamente em resposta. Ele me dá um abraço que eu decido por mim retribui-lo, mas ha uma coisinha lá no fundo pedindo para mim correr.

_ Senti saudades!- disse sem pensa, mas era verdade, sentia falta dele. Desde que soube que ele também estava em Alexandria esperava ele chegar. Mas minha esperança diminuía aos poucos.

_ Como você cresceu!- disse passando a mão na minha cabeça, revirei os olhos pois eu ainda era menor que Carl. Olhei para ele sem humor e logo seu sorriso desapareceu.- Como nos achou aqui?

_ Não achei, Carl me encontrou... por ironia do destino.- disse agora encarando o chão.

_ Oque aconteceu?- passou à mão no meu rosto, bem onde a cicatriz estava. Abaixei a cabeça novamente escondendo minha cara de frustrada com a pergunta.

_ Eu... Só... Só caí!- coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, constrangida com o assunto e com oque ele me fazia lembra.- Eu tenho que ir!- tomei distancia e acenei para ele, que retribuiu.

...

_ Oi!- cumprimentei Carl assim que cheguei ao seu lado.

_ Oi!- retribuiu. O observei mexer com a arma, parecia ate um profissional da F.B.I.

_ Por que esta fazendo isso?- perguntei acabando com o silencio, ele olhou para mim confuso, mas lodo desfez a cara de idiota, estava sério.

_ Só estava limpando.- observei meu revolve para ver se ele estava sujo e estava. Acho que tinha me esquecido dessa regra.

Comecei a desmonta a minha e via alguns vestígios de sangue já preto por causa do tempo e lembrei da garota que matei com este mesmo revolve, por causa de Jack e por minha causa, por que se eu não quisesse não o tinha feito. Sentia aquele aperto no coração que ficava cada vez mais forte, e sentia raiva.

_ Tá tudo bem?- Carl olhava para mim confuso, olhei para ele meia hesitante._ Você esta meia pálida.

_ Tá tudo bem, não se preocupe.- disse seca, respiro fundo tentando recuperar o folego, estava com aquele ataque de ar novamente.

_ Pode me conta...

_ Não eu não posso Carl!- praticamente gritei, aquilo escapou de mim, estava sega de raiva e ódio. Ele olhou para mim por alguns segundos. Mas logo deu as costas irritado.

_ Pensei que tínhamos feito uma promessa...-disse grosso. Pensei bem e fui atrás dele o parando.

_ Você não entendi Carl.- segurei sua mão quente ao contraio da minha fria. Ele olhou para mim ainda com aquele ar bravo.

_ Se você me contasse eu entenderia, mas toda vez que toco no assunto você simplesmente muda de humor. Do que tem tanto medo?- lembranças começam a passar por minha cabeça, eu pensava que não tinha medo, mas eu tenho e vários. Olhei para ele casando palavras para começar, mas aquelas vozes gritavam na minha cabeça.

Você vai se arrepende! Vai sofrer! Ele vai fazer o que Jack fez! Vai matar tudo oque te resta por dentro! Não o ousa vá embora!

_ Foi oque eu pensei!- disse soltando minha mão e dando as costa.

_ Você jurou! – disse fazendo ele parar. Sentia uma lagrima passar pelo meu rosto, segurava ela com toda o força que tinha, mas parecia mais pipocas se uma estourasse as outras logo faziam o mesmo. Ele se voltou para mim e ficou ali parado me observando.

_ Você esta chorando?- perguntou meio assustado.

_ As pessoas choram quando estão tristes Carl.- disse limpando algumas gostas. Respirei fundo pronta para dizer.- Vem cá! – o chamei e ele assentiu. Sentamos na grama verde e eu olhei em volta para ver se não avia ninguém.

Sequei minhas lagrimas com a manga do casaco e olhei para Carl, minha mente estava em branco, tinha medo de conta, pois eu contei tudo oque eu já avia passado para Jack e olha oque ele fez.

_ Toda as vezes que lembro dele eu mudo de humor por que ele me obrigou a isso. Ele me da medo, é o monstro dos meus pesadelos, sonho com ele querendo se vinga de mim de novo, ele correndo para me machuca de novo.

_ Ele quem Vick?- olhei para ele com os olhos já cheios de água.

_ O Jack... Dono do cachorro!- Carl fica pasmo, limpo as lagrimas novamente olhando para meus pés.

_ Ele esta atrás de você?- pergunta meio assustado. Balanço a cabeça negativamente em resposta.

_ Eu o matei!- disse abraçando minhas pernas e lembrando de cada momento daquele dia. _ Depois que eu sai da prisão encontrei ele, no começo foi bom, ele era como um irmão pra mim, mas logo se mostrou quem era de verdade...

Contei tudo a ele do começo até o fim, ele ouviu calado, quando eu acabei, percebi que eu estava com a cabeça apoiada em sem ombro, não a tirei , olhava para o muro e pensava oque ia ser dali pra frente. Será que ele ia me olhar de outra forma? Que iria se afasta de mim? Isso só é questão de tempo.

_ E você esta se culpando por isso?- perguntou irônico depois de longos minutos ali, olhei para ele confusa. O mesmo mantem um sorriso fofo no rosto.

_ Eu ia matar a Enid, só por causa de um cachorro. Eu não era assim!- disse o encarando, o sorriso logo se desfez .- Agora vou mata-la por outra coisa.- sussurrei olhando para o lado.

_ Por que ?

_ Por que ela me deixou na...- parei de falar e pensei em deixa um pouco de mistério no ar.- Uma coisa de cada vez Carl.- disse dando uma piscadela para o mesmo. Me levantei e fui até a mesa que estava meu revolve ainda desmontado.

_ Vai matar ela?- perguntou preocupado. O fuzilei com os olhos sentia raiva, parecia até que eu era uma assassina em serie.

_ Se ela não me mata primeiro. - passei o pano na minha arma, tirando todos os resíduos de sujeira.

_ Se você matar ela você vai se expulsa. - parei oque estava fazendo e pensei no que Carl estava falando.

_ Aqui não é o Paraíso.

_ Comparado a lá fora ...É!- respirei fundo, pois tinha perdido a batalha. 

_ Mas eu posso da uns murros nela?- perguntei tentando não rir da cara dele.




The Dead Girl// Carl GrimesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora