No. 2

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  "Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados

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"Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir " - Khalil Gibran


Malon King

- Acorda Malon! Já são sete da manhã! – Alguém grita na minha orelha.

Sinto um peso sobre meu corpo me amassando por inteira. Jogo o que quer que seja no chão e volto a tentar dormir. Ser estúpido.

- Porra Malu! Vai logo! Universitárias acordam essa hora, já vai se acostumando. - Ela diz para me provocar.

- Cala a merda da sua boca Lexy. – resmungo.

Meu cobertor é tirado de mim, o que me faz sentir como uma mulher nua no inverno do Polo Norte por alguns segundos. Sento na cama e esfrego meus olhos.

- Ta, ta, estou levantando já. - Digo para Lexy. - Ta feliz?!

- Super, princesa. Vai, levanta, se troca! Hoje vamos ter um ótimo dia de universitárias! – Ela diz sorridente e sai do quarto.

Me levanto e vou para a minha mala, que por pura preguiça ainda não desfiz. Peguei uma camisa grande que tinha roubado do meu pai e uma calça.

Pego meus remédios e engulo con ajuda da minha água. Já estava com meus tênis e mochila nas costas quando Lexy apareceu.

- Ô querida, você vai aonde? Jogar RPG de tabuleiro com os nerds da nossa época de escola? – Ela diz "época de escola" orgulhosa. – Isso não são roupas de universitárias.

- E que tipo de roupa universitárias usam? – Digo ainda bem humorada.

Espero que essas gracinhas de Lexy não me estressem tão rápido.

Ela joga uma regata com o simbolo da universidade e um short bem curto. A roupa que ela me deu era uma cópia da que ela usava, a diferença era a cor da regata. Tudo bem, estávamos ridículas, parecíamos os gêmeos Doodle Dee e Doodle Dum do Alice no País das Maravilhas.

Finalmente pronta, sai do alojamento feminino e começamos, juntas, a andar pelos campus.

- O que vamos fazer hoje? – pergunto.

- Coisas que universitárias fazem. – Ela responde, sorrindo para cada pessoa que passava.

Reviro os olhos e essa atitude minha me irrita. Era para eu estar tão contente quanto Lexy, estávamos juntas nessa. Era para eu supostamente estar animada e feliz para mostrar minhas coxas e meus peitos universitários com essa regata e esse short, então por que não estava?

Para ser sincera, era para eu estar pulando de alegria por estar aqui, afinal, não foi fácil, mesmo essa não sendo uma universidade tão concorrida. Meu histórico escolar é gritante de tão péssimo, minha mãe teve que praticamente implorar e ter conversas de horas com o diretor (alguém que hoje, particularmente, ela virou amiga), o minimo que eu devo a ela e a mim mesma é minha animação.

No. 9 || h.sWhere stories live. Discover now