"42 Below"

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Capitulo 15


O calor do sol aquecia minha pele enquanto sentia o carinho de bom dia que a Verônica fazia sussurrando no meu ouvido:

-Bom dia, Indiana. Hora de acordar. – Sussurrava Verônica deixando seus lábios tocarem o lóbulo da minha orelha.

-Hum... Bom dia Verônica. Dormiu bem? – Perguntei enquanto me espreguiçava-me.

Seu sorriso radiante contagiou-me logo que se abriu e a lata de pêssegos em caudas em suas mãos não tinha nenhuma referencia em meu sorriso.

-Quer pêssego de café da manha? - Perguntou Verônica inclinando sua cabeça para lado enquanto eu me ajeitava sentando no coxão.

Fiquei olhando seu rosto corado encarando-me esperando uma resposta para aquela pergunta que tinha ficado clara com o ronco do meu estomago com fome.

-Acho que a anaconda dentro de mim já a respondeu. – Sorri apontando para minha barriga enquanto ela soltava uma gargalhada.

Enquanto comia o pêssego Verônica mostrou-me a garrafa de vodka que tinha encontrado na cozinha do chalé abandonado, balançando ela de um lado para outro dizendo:

-Olha o que eu encontrei na cozinha do velho chalé. – Dizia Verônica sacudindo a garrafa sorrindo.

Fiquei mudo por um minuto olhando a garrafa de uma vodka da nova Zelândia chamada 42 Below que era muito conhecida como "degraus" em muitos outros países.

-Nossa vou beber pela primeira vez hoje! – Deixei escapar sem querer mesmo sabendo que essa informação era mais do que visível. Continuei falando. – Tá Verônica, mas só vamos beber no fim do dia. Ok? – respondi sorrindo segurando sua mão dando um beijo na ponta do seu nariz enquanto levantava-me.

Verônica sorriu enquanto seus olhos abriam depois do beijo.

Vesti minha camisa abrindo e porta do sótão segurando o bastão de baseball nas mãos respirando fundo enquanto olhava os degraus que me levava para baixo. Verônica levantou-se pegando o taco de golfe e seguindo-me até o andar de baixo.

-Indiana. Eu te amo. – Declarou Verônica enquanto tocava meu ombro fazendo-me olhar para trás.

Sorri olhando para trás e tropeçando na escada caindo no chão frio do segundo andar.

-Indiana você está bem? – Perguntou Verônica assustada com a queda.

Fiquei olhando para sua expressão de assustada em seu rosto sorrindo sentindo um pouco de dor no braço.

-Que foi? Você esta bem ou não esta? Me diz alguma coisa Indiana! – Disse Verônica em tom de nervosa com meu silencio seguindo do sorriso.

-Calma, estou bem só com um pouco de dor no braço mais estou bem. – Respondi levantando-me com a ajuda dela.

Ela respirou aliviada enquanto seguíamos em frente olhando pelo banheiro e depois pelo quarto vazio e não encontrando nada além da poeira sendo visível pelos feixes de luz que entrava pelos buracos das madeiras nas janelas. Seguimos pelo corredor até chegar à escada escutando um gemido que vinha do andar de baixo.

-Você escutou isso? – Sussurrou Verônica segurando o taco de golfe em posição de ataque.

-Sim, deve estar do lado de fora do chalé. Vem vamos ver. – Respondi sussurrando a chamando com um gesto para seguir-me.

Descemos a escada observando atentamente o corredor pensando no que poderia aparecer nele. A sala estava vazia como na noite passada havíamos deixado, seguimos caminhando até a cozinha que se encontrava vazia deixando escapar um suspiro aliviado encarando um ao outro sorrindo.

Diário de um sobrevivente. (Revisado e Editado)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora