Mais um capitulo antes da data combinada para vocês, espero que gostem <3
Ótima leitura, A.B.
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Maria Eduarda
Meu corpo doí e não entendo o que esta acontecendo. Tudo está tão rápido, minha visão está embaçada e estou assustada. Alguns minutos atrás escutava pessoas falando alto demais perto de mim. Aos poucos minha visão foi voltando e pude perceber que estou em um quarto de Hospital, não foi muito difícil não perceber , já tinha vindo em um quarto como este diversas vezes e logo a mãe de Marco, a dona Inês, me veio na mente. Ela ficou tanto tempo internada em um quarto como este, e agora percebo que por algum motivo também estou internada.
Não consigo falar, minha garganta parece estar queimando e quanto mais tento falar mais dor sentia. Entrava e saia Médicos e Enfermeiras de dentro do quarto e ninguém falava comigo, somente mexiam nas maquinas e conversavam entre si, parecia que estava invisível ou faziam de propósito para ficar ainda mais nervosa.
- É bom ver que finalmente acordou. Deu um grande susto em todo mundo, sabia? – Perguntou uma Enfermeira sorrindo.
Fico encarando aquela mulher até ela olhar para mim e dar mais um sorriso em minha direção. Ela foi à única que veio conversar comigo e dou um suspiro de alivio quando percebo que não sou a mulher invisível.
- Você deve querer falar, mais saiba que ficou muito tempo em coma e por isso você terá que ativar novamente coisas simples do seu corpo, como a sua fala, o seu caminhar, isso tudo é tão fácil para as pessoas, mais infelizmente vai demorar um pouco para você fazê-los. – A Enfermeira acaricia meu rosto enquanto ainda estou paralisada pela palavra coma. – Sabe, a equipe Médica pensou que você não ia resistir, o acidente foi grave e ainda mais que você não estava sozinha . Seus ferimentos são delicados e requer cuidado e atenção, e quando você estava morrendo, pois isso aconteceu, entramos em desespero por pensar que iríamos perder você, mais você voltou a respirar novamente e mostrou para todos nos o quanto quer sobreviver e que tem algo na terra que está a prendendo por aqui, seria um amor? Seria a família ou o trabalho? Não sei o que poderia ser, somente você que sabe a resposta. – A Enfermeira piscou um olho e saiu do quarto me deixando ainda mais confusa do que nunca.
Lágrimas descem pelas minhas bochechas e molhando a minha roupa de Hospital. Ela está certa, totalmente certa. Não sei o real motivo de estar neste Hospital, mais se eu acordei como ela me disse foi por algum motivo. Qual motivo foi esse ainda vou descobrir.
