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"James Ford. É um prazer te conhecer, Mia."

Ao saber seu nome eu involuntariamente mordo os lábios. Nunca pensei que fosse me sentir atraída por um nome. A entonação dele dizendo o próprio nome. Me fez quase entrar em ebulição.
E ele ainda falou o meu nome, ele deve ter lido na porta antes de entrar.

Como ele conseguiu me deixar desconcertada assim em um momento tão inoportuno como esse?

Sinto aquela euforia novamente. Como se eu esperasse algo mais que isso. Algo como...

Seus olhos azuis fitam meus movimentos e então suas mãos me puxam pela cintura, diminuindo a pequena distância que nos separadas. Então ele me beija.

Algo como um beijo... Era isso que eu inconscientemente espera.

Eu estava confusa e trêmula por tantas sensações conflitantes até meus lábios tocarem os seus, mas parece que quando ele me beijou tudo se dissipou, as responsabilidades,os problemas, o ocorrido, tudo... Ele fez com que me sentisse segura. Mas é estranho, sinto que meu sinal de alerta ativou. Como se me sentisse segura mas, ao mesmo tempo não devesse.
Sinto que vou me machucar de alguma forma. E eu não quero um novo relacionamento tão cedo, ainda mais com o filho do chefe que quase me assediou.

Sentir sua língua pedir passagem em minha boca foi a melhor sensação que poderia haver nesse momento e bem, eu dei passagem e em meio ao beijo depositei minhas mãos em seu pescoço, pressionando e levemente o puxando mais pra mim. Então ele simplesmente para nosso beijo.

E para piorar, disse a frase:

"Me desculpa... Eu... Você tem o dia de folga."

Sério? Isso fez eu me sentir um lixo. Valeu.

Tudo bem que eu não estava esperando um "eu te amo" muito menos um "você é o amor da minha vida" ou um "casa comigo?". Mas eu realmente esperava que ele fosse querer ao menos falar sobre isso, e não simplesmente fugir como uma criança que aprontou, exatamente como ele acabou de fazer.

Sério, ele realmente fugiu. Ele correu até a porta, abriu e saiu, como se estivesse buscando oxigênio ou sei lá o quê. Sem nem olhar para trás.

Obrigado Sr. James.

Mas já que ele me deu o dia de folga, irei sair o mais rápido possível daqui.

Quando estou com tudo arrumado pra sair e até já passei a make, a última pessoa que eu queria ver na minha frente agora aparece.

"O que você quer Camila? Estou sem tempo." digo e pego minha bolsa.

"Eu quero que você me consiga um encontro com o James, filho do chefe." diz e sorri

Como se eu fosse cupido ou santa casamenteira.

"Me dê ao menos um motivo plausível do porque eu deveria e faria isso para você." digo sorrindo

"Porque o chefe não gosta que o rejeitem, e não gostaria de saber que você e o filhinho dele andam se pegando como se não houvesse amanhã. E bem, você precisa do emprego para ajudar sua mãezinha, não é?" pronúncia debochadamente

"Não ouse falar da minha mãe." rosno e ela apenas sorri.

Essa mulher sabe como me irritar. Nunca fiz nada para ela, mas ela me odeia não sei o porquê. Lembram que falei de pessoas ruins? Ela é uma delas.

"E aí? Trato feito? É o bofe ou seu emprego. " diz e eu quase bato na cara dela.

Oferecida.

Quem usa o termo "bofe"? Coitada.

Meu Chefe (LIVRO PAUSADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora