50 Tons de Paixão

Capítulo 12

Anastácia

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— Sabe quando eu tinha pesadelos, meu pai sempre se deitava ao meu lado e me fazia cafuné até eu dormir. Deita ai, deixa eu fazer em você. - Ele me olha como se eu tivesse xingado o papa. - Anda logo Christian ou vou deixar você ai sozinho com seus pesadelos. - Na mesma hora ele me dá espaço na cama. Me deito e lhe faço cafuné. Assim nós dois pegamos no sono.

Acordo com a sensação estar sendo observada. ME atrevo a olhar pra ele. Christian parece me comer com os olhos. Sorrio com esse pensamento. Nesse exato momento ele olha para o meu rosto. Sim, Grey te peguei. Christian fica sem graça, então decido puxar conversa.

— Bom dia dormiu bem? - Pergunto ainda com sono.

— Sim, dormi muito bem, acho que nunca dormi tanto em toda a minha vida. - Parece espantado com isso. Deve ser os pesadelos, coitado. Tanto não transparecer minha pena.

— Que bom, eu dormi igual uma pedra, mais isso não é nenhuma novidade. - Sorrio. E é verdade, graças a Deus eu e sono sempre andamos de mãos dadas. Me lembro que ele é um homem muito ocupado e eu deve estar empatando o dia dele. - Acho melhor a gente ir, você tem que ir trabalhar, bem e eu vou voltar para o apartamento. - Christian franze a testa, pense e para minha surpresa me diz que resolveu tirar o dia de folga. Me dá a desculpa que temos que conversar mais, nos conhecer, pois quer me apresentar para sua família na sexta. Merda e hoje é quarta-feira. Meu estomago ronda pedindo comida. - OK. Mais primeiro que tal um café, estou faminta. - Digo envergonhada.

— Fica ai que eu já volto. - Christian me responde e sai logo correndo pelo quarto a fora. Me pego lembrando de ontem. Christian suado devido ao pesadelo. Como um homem, homem não, um animal foi capaz de fazer isso com uma criança indefesa? Deixou traumas até hoje. Depois por asar do destino ainda encontra uma molestadora de crianças que mostra o caminho errado. Ele não vê que o amor seria a solução para os seus problemas?! A porta se abre e vejo um Christian com uma bandeja de café da manhã nas mãos, tento se equilibrar. Que fofo! Pra quem nunca namorou ele sabe como conquistar uma mulher. Mais vejo tanta comida que nunca nós dois comeríamos aquilo tudo.

— Nossa não precisava disso tudo. - Digo.

— Como não sabia o que você gostava, trouxe um pouco de tudo. - Ele diz envergonhado. Para Ana. O cara nunca namorou e quando ele faz um gesto de carinho você o repreende?! Pego uma torrada e um suco. Estão divinos. Esqueço até que estou na cama dele e como tudo. A fome fala mais alto. Ouvimos vozes vindo da porta, ela abre aparecendo Taylor e duas senhoras. Puta que pariu. Quem são?! Então o que não podia piorar. Piorou. Christian diz.

— Merda! É minha mãe. - Fudeu. Eu estou de camisola transparente. Meu Deus que vergonha. Não era assim que eu imaginava conhecer seus pais. Estou tão confusa que nem vejo elas aindo do quarto.

— Vamos, precisamos nos vestir, minha mãe e avó estão nos esperando. - Christian me diz, o vejo vestindo uma calça jeans. Ai me lembro que minhas roupas estão no outro quarto. E agora?

— Christian... eu não tenho roupas nesse quarto. - Ele pensa em uma solução. E solta uma coisa que eu nunca imaginaria ouvir. Não do Christian Grey.

— Anastásia, você podia vestir um saco e continuaria linda. Por favor, não se preocupe. Pegue alguma coisa minha e vista. Vou lá acalmá-las. Espero você na sala em cinco minutos. As camisetas estão nesta gaveta. As camisas estão no armário. Sirva-se. - Ele abre a porta e sai. Fico ali na sua cama parada olhando para o nada. Ele me chamou de linda, foi isso mesmo? Meu Deus quanta evolução. Ele está me deixando confusa. Uma hora me diz que isso é só um contrato. E logo depois vem todo doce. Não entendo. Levanto e vou em busca de algo para vestir. Encontro uma camisa de linho preta, a visto. Fica parecendo um vestido. Ótimo! Olho para o espelho e estou apresentável. Falo para mim mesma. - Ana, isso é só um acordo. Nada de se apaixonar. - Então vou para a sala.