Luke & Luna || #Wattys2016

Capítulo 8 - Ashley

Música do capítulo:
Tove Lo - Habits (Stay High)

Vou lembrar: deem play quando começarem a ler o capítulo e deixem tocando. Se acabar antes do tempo e precisar repetir, repitam, ou escolham outra música que vocês acham que tem a ver com o clima. Boa leitura!

Ps: Quando terminarem de ler, notem que uma parte da letra da música tem tudo a ver com a situação (a parte que ela fala de manter longe da cabeça, tentar esquecer e tal... - o resto não tem nada a ver, mas fazer o quê né).

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— Mãe? — chamei, quando cheguei da escola. — Mãe!

Ela apareceu na porta da cozinha, fazendo um gesto para que eu me aproximasse.

— Preciso que você vá até o mercado e compre isso pra mim. — disse, me entregando uma lista.

— Ah, mãe! — exclamei. — Acabei de chegar da escola...

— Então tá, não vai. Mas se faltar comida no jantar você não reclama. — falou, com um tom de deboche.

Revirei os olhos, arranquei o papel da sua mão e saí pisando forte.

Andei até o mercado, que ficava a uns cinco quarteirões da minha casa. Chegando lá, peguei um carrinho de compras e fui andando pelos corredores procurando os itens da lista. Ao entrar na seção de salgadinhos, avistei um garoto de cabelos escuros e olhos azuis conhecidos.

Não pode ser, pensei.

Me aproximei e coloquei a mão em seu ombro.

— Luke? — chamei.

Ele se virou assustado, e arregalou os olhos quando me viu, mas não falou nada.

— Pensei que tivesse se mudado. — eu disse, cruzando os braços.

— Eu tinha. Mas voltei. — ele respondeu.

— É, eu percebi. — falei, com um pouco de frieza na voz. — Por que não me avisou?

— Nós não nos falávamos desde que terminamos, então não me dei o trabalho.

Baixei os olhos. Me entristecia saber que ele não ligava mais pra mim. Esperava que pelo menos fôssemos amigos.

— Ah... — o tom da minha voz era desanimado, por mais que eu tentasse não demonstrar. — Então, eu... Eu vou terminar de fazer as minhas compras. Foi bom... reencontrar você.

— A gente podia se encontrar em algum lugar um dia desses.

Por isso eu não esperava.

— Sério?! — perguntei, talvez um pouco animada demais. Limpei a garganta. — Quero dizer, claro. Seria ótimo. — dessa vez tentei parecer mais casual. Não queria que ele pensasse que ainda estava nessa, mas não iria recusar o convite. Talvez por educação, ou talvez porque parte de mim ainda quisesse a sua companhia.

Ele parecia desconfortável. Olhava em todos os lugares, menos nos meus olhos. Já eu não conseguia desviar de seus olhos azuis hipnotizantes.

— Então tá. Te mando uma mensagem depois. Até... Daqui a alguns dias! — falou, acenando com a mão.

— Até... — disse, desanimada novamente. Era uma situação um pouco constrangedora.