Do you mean what I want?

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Liam teve alta depois de dois dias de observação. Karen quase tivera um ataque quando soubera que seu filho mais velho estava no hospital. Não desgrudara nenhum segundo de Liam durante esses dois dias e sempre estava reclamando de como Niall era um perigo para os seus filhos.

— Não que não seja um perigo para o Zayn também – ela dizia. — Mas é que ele já tentou matar meus dois filhos!

E Zayn, ah... Zayn não tivera oportunidade de passar muito tempo sozinho com Liam, e isso estava deixando-o louco. Suas conversas com Jared eram diárias e quase sempre o rapaz passava no café ao fim de seu expediente e os dois iam juntos para o hospital. Liam não parecia muito feliz com essa amizade, mas conseguia disfarçar.

Era sábado e eles finalmente iriam se mudar para o apartamento que Zayn conseguira. As coisas de Liam já estavam todas em caixas e um emburrado Nathan estava sentado no sofá. Os braços cruzados em frente ao peito e um bico enorme formado em seus lábios. Liam e Karen terminaram de arrumar as caixas quando o mais velho notou a tristeza no rosto do irmão. Aproximou-se de Nathan, sentando-se ao seu lado no sofá. Acariciou seus cabelos e o mais novo se esquivou do carinho. Liam suspirou pesadamente, passando a mão pelos cabelos.

— Nathan, não faz assim – pediu e Nathan deu de ombros, fingindo indiferença.

— Tanto faz... – o mais novo falou, sem esconder a mágoa em sua voz. Liam voltou a tentar uma aproximação e com um pouco de resistência inicial, Nathan cedeu. Afundou seu rosto no pescoço do irmão, sentindo um nó se formar em sua garganta. Não podia estar se separando dele outra vez. Liam acariciava os cabelos do irmão, pensando em como seria mais difícil do que ele imaginou.

— Nathan... – chamou e Nathan se afastou para olhá-lo. — Eu não quero que você pense que isso é uma separação. Absolutamente não. Nós vamos nos ver sempre, você pode ir lá sempre que quiser e eu vou sempre vir aqui. Nós temos algo que nos une e é muito mais que os laços sanguíneos.

Nathan chorava silenciosamente enquanto ouvia o irmão falar. Assim que ele terminou, envolveu o irmão em um abraço apertado, tentando transmitir o máximo de carinho que conseguia. Nathan desejou poder parar o tempo naquele momento e que nunca mais precisasse sair de perto de Liam.

— Liam, o Zayn está lá em baixo esperando – Karen se aproximou dos filhos, cutucando o ombro do mais velho. Não queria precisar ter que interromper aquele momento, ela sabia o quanto Nathan estava sofrendo com a separação. Liam se separou do irmão, tomando as delicadas mãos do mesmo nas suas.

— Acho que agora não tem mais volta – Nathan falou com a voz embargada. Liam se aproximou, capturando os lábios do mais novo num selinho demorado.

— Eu te amo, lombriguinha – falou. — Obrigado por estar comigo, por cuidar de mim sempre que eu precisei, por ter me dado um teto e principalmente por ter me dado seu tempo e o seu amor...

Nathan soluçava a ponto de não conseguir responder. Liam apenas deu um beijo na testa do irmão, se levantando e pegando as caixas. Karen se ofereceu para ajudar, porem seu filho mais velho negou, dizendo que era melhor que ela ficasse com Nathan. Liam beijou a bochecha da mãe, que murmurou um "Deus te abençoe", e deixou o apartamento. Assim que entrou no elevador, deixou que algumas lágrimas escapassem, mas logo se controlou. Zayn não iria gostar de vê-lo triste daquela forma. Não no dia em que finalmente iriam morar juntos. Chegou a frente do prédio, encontrando Zayn recostado na lataria do carro, os braços cruzados em frente ao peito e um sorriso no canto dos lábios.

Apressou-se em ir até Liam e tomar as caixas de seus braços, levando-as para o porta-malas. Voltou a se aproximar do namorado, abraçando pela cintura e o acomodando entre suas pernas. Liam escondeu o rosto no pescoço do garoto, aspirando o cheiro local. Aquele cheiro o acalmava bastante. Zayn acariciou suas costas e seus cabelos, notando que havia algo errado. Ele sempre sabia, palavras eram dispensáveis quase sempre.

The Good Kind » ziamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora