Infiltração

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Arrumou o vestido, mesmo que o selo de sua pele ardesse, ainda sentia o jeito que Sasuke beijou a sua pele, aquela mordida... a deixou tão excitada. O rubor de suas bochechas ainda permaneciam por lembrar daquele toque.

Arrumou os fios róseos, que estavam bagunçados por ter deitado na cama com ele. Passou água no rosto para tirar o rubor deste, e o calor que sentia.

E por que ele a encantava ainda mais?

Visitarei você amanhã.

Sakura suspirou, pegou os grampos de cabelo que pegara de Miho e de Kaori que guardara no jaleco. Pé ante pé, silenciosa, fora até a porta, olhando na fechadura, o corredor parecia escuro.

Ouviu a respiração de um homem. Era o guarda, estava no meio do corredor. O que ela notou foi, ele estava roncando!, então era por isso que ele não ouvira Sasuke no quarto.

Sakura se amaldiçoou por não ter pegado uma kunai com o Uchiha, em vez de beijá-lo na visita toda. Mas, tais sacrifícios valem a pena.

Pegou o grampo, tinha seis dele. Poderia usar um a cada dia que ficar, se sua missão não desse certo. Mexeu na tranca com o pequeno pedaço de ferro, manuseando-o, para escutar aquele clic.

Difícil era abrir, o grampo não era comprido o bastante para abrí-lo, não alcançava. Sakura o trouxe de volta para si, e deslocou sua forma, deixando-o mais comprida. Sua animação apenas começou quando escutou a tranca sendo aberta.

Silenciosamente, como um gato, ela abriu a porta, e a fechou sem o maior barulho. Vendo a silhueta masculina no meio do corredor. Ela foi em sua direção, e tocou no braço do homem, um nervo, fazendo-o desmaiar por um longo tempo. Mesmo estando inconsciente, poderia acordar a qualquer hora.

Como o chakra estava baixo, muitos não sentiriam sua presença. Ela andou no corredor escuro, e foi para entrada da escada para o segundo andar. Contraiu as sobrancelhas.

“Aonde está o guarda?”, pensou Sakura com a respiração rápida.

Subiu a escada que era coberta um por carpete vermelho, abafando o som de seus pés. Sua respiração fechou, sabendo se seria um erro subir ou não. Dane-se, subiria, se sofresse as consequências ou não, o problema seria dela. Ela queria ver apenas Ayumi.

Subiu os degraus da escada, viu o corredor escuro. E saiu andando delicadamente sobre o chão, olhando os lados, tentando sentir o chakra de Ayumi.

Sentiu um chakra oscilar, seu coração acelerou.

— Alguém aí? — escutou na entrada da escada. Sakura sentiu seu corpo inquietar, era a voz do Líder.

“Merda!”, pensou a rosada.

— O que está fazendo aqui, Sakura? — indagou o homem em seu ouvido, sentindo o bafo de vinho exalar dos lábios dele.

Por um momento, ela teve ânsia de vômito. Ele tocava levemente seu braço com a mão, algo gelado espetava sua pele nua.

— Hum... me perdi — respondeu em tom de desafio ao homem, já não tinha paciência a responder ele educadamente.

— Só eu posso subir aqui, aonde está o guarda? — rosnou apertando o braço da rosada com os dedos.

— Hunf, eu não sei, se você não sabe, imagina eu — disse Sakura dando de ombros. E tirou os dedos finos e ásperos de seu braço. — Não toque em mim.

— Como saiu do seu quarto? — indagou ele olhando-a nos olhos.

— Isso não é problema seu — respondeu ela, soltando faíscas dos olhos verdes.

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