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Suas pálpebras pesavam ao tentar abrí-las. Piscou os olhos, e cerrou as mãos no lençol de seda que repousavam.

— Aonde...?

Sua memória lhe deu uma insesata dor-de-cabeça. Ela havia se entregado, e então, após isso não se lembrava. Entreabriu os lábios, necessitava de água, estavam secos. Levantou a mão, e passou nas costas, ela não estava mais com equipamentos que precisava, estava desarmada.

Levantou os olhos verdes ao local, parecia um quarto qualquer, mas não era. Muito mais sofisticado que o de Sasuke e seu quarto. Sentia o cheiro feminino próprio, e também a mistura do perfume de Sasuke, isso a deixou de coração apertado.

— Tudo bem — sussurrou a si mesma. Levantou o corpo da cama macia e aconchegante, olhou a roupa que usava. Ainda usava seu vestido qipao vermelho curto, com o short, mas estava descalça.

Sentou-se na cama, quando ela ainda estava acostumada a dormir ao lado de Sasuke. Ver aquele corpo másculo, definido ao seu lado, com a respiração serena, os cabelos negros caírem no travesseiro.

Balançou a cabeça, tinha que se concentrar no plano, não na saudade que Sasuke lhe fazia.

Levantou da cama, pé ante pé, fora até a porta que estava fechada. Madeira tratada, de alto custo em qualquer lugar em Konoha. “Ao menos lá”, pensou.

Por incrível que pareça, não estava trancada, estava aberta. Ela hesitou em abrí-la, se estava onde nukenins viviam poderia ter um de guarda em seu quarto.

Deixou a porta entreaberta, o olho verde tentava procurar algum corpo na fresta da porta, mas não encontrara nada. Com um suspiro abriu a porta, vendo alguém sequer no corredor iluminado.

Caminhou lentamente, olhando para os lados com a mão no pescoço, sentindo um leve torcicolo. Desceu a escada com insegurança, ela mal sabia o que poderia encontrar.

— Ohayou — disse aquela voz, a mesma voz da floresta. Ela piscou, o olhando.

— Você... — murmurou. Tinha os cabelos negros como de Sasuke porém comprido, os olhos negros, uma vestimenta de classe, sentado no sofá com um pergaminho nas mãos. — Aonde está Ayumi?

— Num lugar muito seguro, aproxime-se — respondeu.

Ela arqueou a sobrancelha.

— Não vou me aproximar de você — disse Sakura, cerrando os punhos, pronto para socá-lo, mas sentiu que seu chakra estava no limite. — Mas eu nem usei tanto... chakra.

— Ele está selado — respondeu o homem sentado no local. — Você não poderá usar chakra neste lugar.

Sakura passou a mão no pescoço, sentindo a textura do Selo. O mesmo Selo usado em Teruo, sentiu a leve ardência no local marcado.

— Que tipo de Selo é esse?

— Fazem com que não libere o chakra com tanta facilidade — respondeu com um sorriso torto no rosto. — Ainda mais você, que possue uma grande reserva de chakra por causa do Byakugou.

Sakura não deixou de olhar o lado, sabia que não era qualquer inimigo.

— Muito bem, chega de enrolação — disse ele. — Diga-me, minha flor, seu nome.

— Haruno Sakura.

— Impossível não saber o seu nome, é tão belo — sorriu o homem. — Não só o nome, você é atraente, se me permite dizer. Que belas pernas você possue.

Ela arregalou os olhos, e corou. Mas não deixou de ser levada aquela conversa.

— Já que sabe ou sabia o meu nome, qual é o seu? — indagou Sakura.

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