13. Stop fucking around with my emotions

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Kennedy's POV

Eu não deveria surtar. Eu sabia disso. Não me leve a mal. Não estou muito acostumado com uma vida amorosa.

Minha vida se resume à música e fazer o máximo pra entrar na universidade. Meus pais se importam bastante com isso, acredito que a maior parte deles se preocupa, mas na minha família as coisas eram um pouco mais relaxadas. Ou pelo menos pareciam.

O sinal que indicava que deveríamos voltar às salas tocou e eu tinha passado o intervalo inteiro andando atrás do John, ou fugindo dele. Coloquei meus fones de ouvido e estava ouvindo Night Drive, The All American Rejects, de alguma forma era exatamente o que eu queria fazer. Pegar um carro e dirigir o mais longe possível.

- Keeeenneeedy!!!! Eiiiii! – Annie estava parada na minha frente, praticamente gritando, e acenando rápido de mais bem na frente do meu rosto.

- Oi, Annie. – Ela era histérica e divertida e eu era calado e na minha. Éramos bons opostos, mas não dava pra acreditar que éramos irmãos.

- Você tá se sentindo bem? Parece com uma carinha meio... hm... não sei. Pálida? – Apesar de tudo ela era carinhosa e se importava com os outros. Era perceptiva também, tornava muito difícil esconder as coisas dela.

- Eu to bem irmãzinha, só um pouco cansado. Ontem você me deu muito trabalho.

- Ah, para. Não te dei trabalho nenhum. Shiiu. – E saiu, tagarelando alguma música. – Te vejo mais tarde. – Disse alto o suficiente pra que eu pudesse ouvir, mesmo com ela a algumas salas a frente.

- Não sei se te vejo mais tarde. – Respondi. Mas não era pra ela ouvir.

Mona's POV

Sim, eu sumi o dia todo. Só não queria passar pela situação constrangedora de olhar pros rosto da minha melhor amiga sabendo que tinha ficado com o seu irmão. E o pior, não contar. Mas nós tínhamos aula de artes juntas no próximo horário e eu não tinha mais como me esconder.

O pior de tudo era que ela sabia, exatamente, como eu agia, e, principalmente, quando alguma coisa estava errada.

Lola estava acostumada a me ver andando de um lado pro outro com caras diferentes, sempre enrolando cada um deles. Nunca fiz nada com os caras que davam em cima de mim, além de passar horas provando pra que eles nunca conseguiriam nada comigo. Agora, era diferente quando era o cara era irmão dela e já tinha conseguido alguma coisa.

Entrei no estúdio de artes e sentei na nossa bancada de costume. Lola ainda não tinha chegado na sala, mas já tinha visto que nós duas gostaríamos da aula de hoje. Talvez isso fosse um sinal de que tudo ocorreria bem. Pintura, de alguma forma, ajudava a expressar as coisas, assim como a música, assim como o teatro, mas era uma expressão diferente. Era necessariamente visual, e por isso trazia tantas sensações diferentes.

Quando a Lola entrou na sala, quase todo mundo já havia chegado. Ela parecia meio chocada e chateada com alguma coisa, muito tinha acontecido desde ontem, inclusive aquela dor de cabeça que ela estava sentindo, mas isso já deveria ter passado.

- Oi Loli. – Disse quando ela se sentou do meu lado. – Tá tudo bem?

- Oi Mon, me dá um abraço e diz que vai ficar tudo bem? – Quando ela olhou pra mim, dizendo isso, seu rosto demonstrava algo além de chateação. Algo como desespero. Eu abracei ela o mais forte que pude. E acabei decidindo que aquele não era o melhor momento pra contar o que eu tinha pra contar.

- Vai ficar tudo bem, ok? Mas você precisa me dizer o que aconteceu pra eu poder te ajudar. – Ela levantou os olhinhos pra mim como se fosse uma criança que perdeu o brinquedo e quase choramingou:

- O Alex aconteceu, Mon. Ele me disse que é apaixonado por mim, e pior, que aquilo que aconteceu no bar não foi culpa dele. Fui eu quem beijou ele Mon! E eu não faço ideia do porque. Quer noticia mais terrível ainda? Eu fiquei tão mal pela cara que ele fez quando disse que gostava de mim e eu nem nunca tinha pensado nisso que acabei beijando ele. De novo! E agora ele acha que eu gosto dele. – Sei que pra muitas pessoas, saber que alguém gosta de você é gratificante, mas não é assim com a Lola, ela é uma onda que está quase sempre se quebrando, em desespero e compaixão. – Ele me trouxe até a fucking porta da sala, como se a gente tivesse alguma coisa. Ah meu Deus, o que eu vou fazer, Mona?

Waiting For My Sun To ShineWhere stories live. Discover now