Can't escape

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" Você se detona todo para entreter como eu?
As pessoas sussurram sobre você em trens como eu?
Dizendo que não deve desperdiçar seu rosto bonito como eu
E todas as pessoas dizem

'Você não pode acordar, isto não é um sonho
Você é parte de uma máquina, não é um ser humano
Com seu rosto todo maquiado, vivendo numa tela
Com a auto-estima baixa, então você funciona a gasolina' "

-Gasoline (Halsey)

Boa leitura!

Acordo com o barulho ensurdecedor do sino, avisando que o café da manhã estava pronto. Mais uma vez me atrasei. Depois que a Amy, minha colega de quarto e única amiga, se foi, acordo todos os dias quando todos já estão à mesa.

Me levanto rapidamente e vou ao banheiro, lavando o rosto e escovando os dente. Visto uma calça jeans e uma blusa preta. Hoje era uma sexta-feira, mais um dia entediante em um orfanato idiota.

Quando já estava pronta, caminho em passos apressados para o grande refeitório e para o meu azar, já estavam todos a mesa. Me sento em uma das pontas da enorme mesa e vejo todos os olhares postos em mim.

"Está atrasada, Emily!" Vejo a velha Morgan dizer e tenho que respirar fundo para não revirar os olhos.

A senhora de já seus 50 anos, hoje usava uma blusa branca e uma saia um pouco abaixo do joelho preta. Seu cabelo estava preso em um coque e ela estava em pé ao lado da mesa nos observando, como sempre.

"Me desculpe!" digo enquanto pego um pouco de café.

"Seus atrasos já estão virando rotina e eu não vou aceitar nem mais um se quer!" ela avisa e sei muito bem o que ela pode fazer caso eu me atrase outra vez.

"Não vai mais acontecer." afirmo e vejo-a dizer um "Acho bom mesmo" em seu tom satisfeito e autoritário de sempre.

O café da manhã foi normal e assim que terminei, acabei voltando para o quarto, simplesmente ignorando todas as atividades que temos para fazer hoje. Comecei a ler um livro e acabei dormindo. Só acordei com algumas batidas na porta, porque é óbvio que eu havia trancado a mesma.

"Oi, senhora Morgan" comprimento a coordenadora deste inferno assim que abro a porta.

"Que cara de sono é essa?" ela diz e empurra a porta, em seguida entra e olha todo o quarto, principalmente a cama bagunçada. "Por que não foi as aulas? Natação?" ela pergunta claramente irritada.

"Eu não estava me sentindo muito bem, achei melhor ficar e acabei dormindo." Explico tentando parecer o mais sincera possível e encaro a sua expressão arrogante de sempre.

"Já melhorou?" ela pergunta e eu assinto. "Então, vá falar com a diretora. Ela mandou te chamar." ela diz tentando me deixar assustada, mas eu não me importo.

Eu sou a garota que está aqui a mais tempo, sou a órfã mais velha e que nunca ninguém quis adotar. Isso aqui sempre foi a minha casa, eu conheço tudo aqui e cada pessoa. E não são as ameaças da Morgan que vão me assustar, não mais.

"Ta" balanço os ombros e saio do quarto, deixando a Morgan sozinha.

Caminho até a sala da diretora e por onde eu passo todos os órfãos me olham. Todos me conhecem e é como se me achassem louca por não fazer tudo o que os coordenadores mandam. Eles não sabem nada da vida ainda. São só crianças abandonadas por quem mais devia os dar amor e que ainda não perceberam que são fracos e que nunca vão conseguir ser perfeitos como todos exigem deles. Um dia vão aprender que as pessoas só querem que sejamos seus robôs, suas máquinas e que façamos tudo o que eles mandam.

Fallen Angels {Z.M.}Where stories live. Discover now