Young Heroes - Nova York (HIATUS)

Chapter 12 ⋆ Thomas

Drogas. Não usem drogas. Elas podem causar efeitos muito loucos dos quais vocês talvez jamais se recuperem.

Quem disse isso foi o palestrante que foi falar com a galera do Instituto SHIELD no último semestre, pouco antes da minha desistência estudantil. Ele era um cientista ou farmacêutico ou médico, não lembro, um tal de Dr. Brice se não me engano.

Na verdade, ele não disse nessas palavras, mas achei melhor colocar assim.

Bom, eu com certeza ignorei completamente esse conselho pois já fui enquadrado por causa da Marijuana. Minha sorte era que eu só tinha o cigarro que tava aceso na minha mão.

Eu não sei o que aconteceu, mas quando eu acordei, isso era só o que eu conseguia pensar enquanto encarava o teto escuro.

"Nunca mais dropo um doce quando estiver azul, puta merda, que viajem."

"Realmente, senhor Thorson, usar drogas não é bom para a saúde!"

"Caralho tio! Ainda não passou‽"

"Desculpe senhor Thorson, mas o que quer dizer com 'ainda não passou'?"

"Espera aí, eu nunca ouvi vozes antes... Quem é que tá falando hein?"

"Eu sou S.I.A. ao seu dispor!"

"Puta merda, fui preso! Olha só, eu não tenho problema nenhum em contar onde estão os traficantes e o horário que podem ser encontrados. Inclusive os que vêm da Califórnia são os mais fáceis de encontrar! É só ir na rua principal, virar a primeira rua à esquerda depois da lojinha de donuts e entrar no beco depois da caçamba de entulho. Por volta das 6:00am e mais ou menos umas 21:00pm eles sempre estão ali. É só falar que foi o Foxxt que indicou."

"Senhor Thorson, o senhor não está preso. Mas com certeza essas informações irão ajudar muito a polícia, porque o senhor não faz uma denúncia?"

Eu não fazia ideia de onde tava vindo aquela voz. Eu nem sabia se era uma pessoa mesmo, parecia meio robótica as vezes.

"Quê? Como assim? Entraram na minha casa, me doparam e eu acordei aqui. Isso foi um sequestro? Quem fez isso? Se tiver sido a galera da avenida de cima, fiquem sabendo que eu vou perseguir um por um até morrer! Nem que eu vá até o inferno, mas eu pego vocês seus desgraçados!"

"Calma senhor Thorson, não sei de quem o senhor está falando, mas ao que parece o senhor tem um pequeno probleminha com gangues, espero que Fury possa ajudá-lo com isso."

"Quê? Que porra é Fury? Eu não preciso de ajuda nenhuma, não tenho problema com gangue nenhuma, eu estou cem por cento suave. Agora, eu por acaso, posso saber com quem eu estou falando?"

"Eu sou S.I.A. ao seu dispor!"

"Hoje meu pai... Então eu fui preso pela agência central de inteligência, é isso? Porque se for, podem ter certeza que eu não sou quem vocês querem."

"Senhor Thorson, lhe garanto que, embora o senhor tenha se entregado no susto, não somos da agência central de inteligência, bom, pelo menos alguns de nós não. Mas fique tranquilo, o senhor não está preso ainda."

"Se eu não tô preso, nem fui sequestrado pela turminha do Rich, que porra de lugar é esse?"

"Seu novo lar."

"PUTA QUE SUSTO TIO!"

Mano, o cara apareceu do nada com uma porta aberta atrás dele e um monte de luzinha piscando no corredor igualzinho sirene da polícia.

É, oficialmente eu estou na delegacia. Provavelmente vou ficar aqui um tempo. Caralho, eu chamei o delegado de tio e gritei com ele, será que isso vai contar na pena? Ai meu Odin, espero que não. Odin? Porra, minha mãe conseguiu me viciar nessa merda.

"Desculpa pelo susto Thomas. Está sóbrio?"

"Bom, eu acho que sim. Tenho quase certeza que sim. Eu não lembro de ter usado nada ontem, porque eu tava ajudando minha mãe na maquete, tá ligado? Na verdade, ela tava no hospital, eu tava mexendo na maquete sozinho e eu não fumo dentro de casa, muito menos no porão. A menos que os cara que invadiram minha casa me drogaram, fora isso eu tô limpo."

"Está sóbrio. Meus homens não fariam isso."

"ENTÃO FOI VOCÊ QUE MANDOU ME SEQUESTRAR?"

"Calma Thomas, isso é apenas um convite, não um sequestro. Venha, vamos conversar direito e num lugar apropriado."

"Eu vou ser preso?"

Não me julgue, eu tava assustado, vai saber se ele tava falando a verdade mesmo...

"Não Thomas. Apenas conversar." Ele me respondeu bem sério e parecia meio sem paciência comigo, como se ele já tivesse ouvido aquela pergunta muitas vezes.

"Então eu vou."

Então eu fui.