Chapter 6 ⋆ Thomas

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Superior. Esse com certeza sou eu.

Aposto que se eu mandasse, todas as pessoas do mundo se ajoelhariam e beijariam meus pés. Quem não faria isso?

Como único homem na vida da minha mãe, eu mando e desmando em casa. E ela sempre faz minhas vontades, sem nem pensar duas vezes.

Minha mãe tem um costume incomum: gosta de estudar sobre a cultura nórdica de um modo quase que obsessivo. É muito bizarro quando ela fala:

"Pelas barbas de Odin!"

Ou então:

"Pelo martelo de Thor!"

Desconfio sutilmente que é por causa desses dois que meu nome é Thomas Foster Thorson. Quando pergunto isso para ela, a resposta é sempre a mesma:

"Seu pai queria que você herdasse algo dele além da aparência e personalidade. Só isso. Nada mais."

Apesar toda obsessão doentia por mitologia, ela é enfermeira e trabalha no mesmo hospital desde o dia em que conheceu meu pai. E tudo o que ela sabe dele, é o seu nome: Odinson. O que eu acho que nem é o nome verdadeiro dele. Sinceramente, quem tem um nome desses?

Não que eu me importe com isso, claro. Eu estou nem aí para aquele babaca! Se eu sobrevivi até hoje sem ele, posso muito bem continuar!

Mas embora eu não admita, às vezes tenho curiosidade de descobrir quem ele é. Só às vezes. Por outro lado, minha mãe ainda morre de amores pelo meu pai, dizendo que ele ainda vai voltar.

Se um dia isso acontecer, espero que ele esteja com calma, porque eu tenho poucas e boas para dizer.

Atualmente, não estou indo a escola, porque eu percebi que todos lá não passam de um bando de perdedores inúteis, e nada daquilo me interessava, então eu saí. Minha mãe não se importou, eu acho. Na verdade, ela nem sabe, porque arrumou outro trabalho além de enfermeira: construir uma maquete de Asgard.

E como não tenho ocupação nenhuma ultimamente, resolvi ajudá-la com esse projeto.

E bem quando eu estava terminando essa maquete, a campainha tocou.

"Já vai!" Gritei largando o mini Mjolnir do Thor na mesa e subindo as escadas do porão em direção ao andar de cima.

Mais batidas na porta.

"Já vai!" falei alto com um toque de irritação na voz. Custava esperar?

Acho que custava porque eles arrombaram a porta e logo vieram para cima de mim.

"Que isso tiozão? Tá ficando louco?"

"Cala a boca e vem com a gente."

"E quem vai me o..." meu pescoço doeu e instantâneamente senti meu corpo pesar, minhas vistas escureceram e eu fui de encontro ao chão.

Young Heroes - Nova York (HIATUS)Where stories live. Discover now