Conhecendo os amigos de Victor

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— Combinado.

Já estava desligando quando ouvi o chamado de Victor.

— Eduarda...

— Oi amor.

— Eu te amo.

— Mais que chocolate? – perguntei sorrindo.

— Mais do que um caminhão de barras de chocolate.

— Bem, levando em conta que deve ser uma carreta, vou acreditar na sua palavra.

Foi a vez de ele rir alto.

— Preciso ir agora. Mais uma reunião chata. Beijos amor.

— Beijos... E Victor... Também te amo.

— Mais que chocolate?

— Mais que chocolate.

Sua risada foi à última coisa que ouvi quando desliguei o telefone. Encerrei meu trabalho e voltei para o meu quarto para tomar um banho e me livrar das manchas de tintas.

Estava saindo com uma toalha enrolada no meu corpo e outra em meus cabelos, quando Nanda entrou no quarto.

— Ei, visita surpresa? – perguntei.

— Pode-se dizer que sim. Estava sozinha no hotel.

— E Nick?

— Está com o produtor no estúdio que alugaram. Estão vendo quando vamos começar a trabalhar no novo CD.

— E por que você não foi com ele?

— Enjoos. Juro que não sei como vou aguentar isso por mais tempo. Hoje acordei e corri para o banheiro. O cheiro do quarto me deixou enjoada.

— Eu não sei por que insistiram ficar no hotel quando tem o quarto do Nick vazio aqui.

— Eu sei. Mas o hotel fica perto da gravadora e para o superprotetor Nick, ficava perto de mim, se caso eu precisasse de ajuda. Até parece que estou doente.

Nós rimos.

— E sua mãe, como tem agido com a notícia?

— Primeiro o choque, tipo: ai meu Deus, minha filha está grávida e ainda não casou. Agora está até curtindo. Está louca para contar para as amigas que vai ser avó, mas como isso não pode acontecer agora, você sabe bem o porquê, ela fica falando das roupinhas que vai comprar quando souber o sexo.

— Você quer que seja menina ou menino?

— Quando criança, eu queria uma menina, que fosse a minha cópia... Agora, depois de conhecer o Nick, acho que um menino seria legal.

— Pode ser que venha um casal.

— Ficou maluca? Gêmeos? Acho que já tive a minha cota.

Gargalhamos alto.

— Mas falando sério agora... O que vier, estando com saúde, vai ser muito amado.

— Disso, eu não tenho dúvida. Terá o amor dos pais, avós, tios e amigos. Não haverá criança mais amada do que ela ou ele.

Vou até meu guarda-roupa e abro minha gaveta de roupas íntimas. Pego uma boxer feminina e visto. Quando estou em casa, gosto de me sentir confortável. Depois pego um short jeans e um top com estampa de onça.

— E você Eduarda, pensa em ter filhos?

— Pensei nisso quando criança, até fiz planos. Mas quando cheguei à fase adulta, acabei deixando de lado.

Quando encontrei você - Livro 4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora