Um Pedófilo...

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Branco, vamos ao igarapé? Choveu muito ontem à  noite. Hoje deve está legal. O Marcelo e o Augusto também vão...

Oba!.. vamos chamar também o Fernando...

Nunca eu tinha presenciado um momento tão bom em minha família. Uma igreja,  fora construída,  próximo a meu bairro. Eu estava gostando muito de participar, pois eu preferia conviver com pessoas do meu nível financeiro. Eu estava estudando à noite,  a quinta série,   já estava entrando em meus 13 anos de idade. Nessa igreja minha mãe e minha família não estavam sendo vítimas de intrigas e nem acusações falsas. As pessoas eram na maioria conhecidas de anos atrás.. meu pai não estava metido em nenhum caso de adultério. Ele  já estava até pregando na igreja.  Eu queria esquecer tudo que se passou e ser o melhor crente do mundo. Voltei ao meu interesse escolar, e,  novamente,  eu era o garoto  inteligente da  sala de aula. Comecei também a ver o novo momento de meus amiguinhos. Eles estavam crescendo do dia para noite. Suas pernas, barrigas e pubis estavam cada vez mais cabeludos. Isso ainda não estava acontecendo comigo. Minha puberdade foi muito retardada. Mas no igarapé percebi algo diferente: eu queria estrear minha sunga nova,  que peguei de nossa pequena loja. Sem meu pai perceber, é claro. Ele jamais me daria uma. Eu estava achando minhas pernas e meu bumbum muito lindo naquela sunga preta. Cada vez,  que eu subia na sapata de concreto,  que havia, no meio do igarapé, percebia que um homem me olhava. Cada vez que eu pulava também ele pulava na água, acompanhado de um lindo garotinho. Um garoto de minha idade. Super lindo. Alto, muito maior que eu. Branquinho. De rosto e cabelo de dar inveja. Como eu sonhava ser,  caso eu pudesse mudar meu biotipo. Esse homem,  não parava de correr seus olhos,  em todos os meus movimentos. Me olhava da cabeça aos pés.. parece que chegava a medir cada passo que eu dava. Ele conferia de pouquinho cada corrida para frente, cada volta, cada mergulho que eu dava na água. Comecei a ficar envergonhado. Não resistir aaquele homem me olhando e corri para fora do igarapé... vesti meu calção. Meu único pensamento: aquele homem percebeu que tenho jeito de menina quando ando. Nunca mais tomarei banho só de sunga na frente de ninguém. Aí que vergonha disso!
O homem pulou na água,  com o garoto e ficaram em movimentos estranhos dentro do igarapé. A água estava cobrindo até o pescoço deles. Meu irmão me falou: acho que aquele homem está comendo aquele menino. Eu respondi: é verdade... mas eu não quis comentar. Apenas fazia de conta que não via. Mas eles queriam mesmo era aproximação comigo. E ele não estava,  apenas olhando  meu corpo. Mas também meu comportamento. Ele percebeu que eu tinha um jeito bem educado. Diferente dos outros colegas...

Branco, vamos embora. Já está tarde. E tu ainda vai pra aula hoje...

É sim, Jesiel. Vamos...

Ei garoto.

Oi..

Como é seu nome..?

Meu nome é Gelson. Mas todos me chamam de Branco...

Ah! .. que prazer! ... eu sou jack.. tu estás vendo aquele meu amigo? Ele quer ser teu amigo também... faz o seguinte. Você vai até ele e  pergunta: O que faço pra ser seu amigo...?

O Que?  Eu .... eu não..!

Cara... essa é nossa senha de amizade... vai lá... enquanto teu irmão se afastou...

Éh... eu não vou, não, cara. Isso é pedir uma amizade. Eu nunca fiz isso....

Ele vai ficar triste. Ele quer mais do que tudo que sejamos amigos. Ele,  você e eu.. ele é um cara muito bacana, rapaz.. vai lá... vamos ser amigos...?

Os Anjos Também SofremWhere stories live. Discover now