Quantas vezes eu tenho que dissimular?
Esconder a realidade enquanto eu estou morrendo de vontade de ter você (Deixar de te amar)
Paola Duarte
Fiquei tensa durante o restante do jantar. Rezando mentalmente para que nada de grave tivesse acontecido com meu pai. Sei que não sou a melhor filha do mundo, mas amo os meus pais, da minha forma mais amo.
Pedi licença para ir ao toalete e lá procurei o numero de Marco na minha agenda, mas eu não tenho o número dele. Droga! Como vou fazer para ir até o hospital se não tenho o contato dele e não faço a menor ideia em qual hospital ele foi.
Voltei para a mesa me sentindo totalmente frustrada e culpada. Não posso contar a Henrique que meu pai está passando mal e o quanto estou abalada por isso, pois ele vai querer ir até o hospital e descobrirá que conheço Marco há muito tempo, e pior vai saber que ele era meu namorado. Marco perderia o trabalho e eu o marido!
O jantar acabou e respirei aliviada ao entrar na suíte. Henrique foi para o banheiro, peguei seu IPhone e anotei o número do celular de Marco. Saí do quarto antes que ele terminasse o banho, entrei no táxi e liguei para Marco. Se fosse preciso procuraria em todos os hospitais de San Diego, mas não voltaria para aquele hotel sem saber noticias do meu pai.
- Marco, em qual hospital vocês estão? – Pergunto desesperada assim que ele atende o celular.
- Você mandou seus pais irem embora, então, não é da sua conta. – Diz irritado.
- Por favor, Marco. Eu imploro, por favor... – Imploro com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. O desespero tomando conta de mim, a culpa e o remorso de tudo que fiz vindo à tona, fazendo meu corpo convulsionar... Um choro compulsivo saindo do meu ser. Assim que entrei no hospital, solicitei informações sobre Pedro Brito.
- A senhora é o quê do paciente? – A recepcionista pergunta.
- Filha, eu soa a filha de Pedro Brito. – Falo. Ela pega meus documentos e deixa-me entrar na sala de espera para receber notícias dele. Assim que entro na sala que foi reservada para minha mãe, encontro Marco abraçando-a. Meu coração despenca quando ouço minha mãe me mandar embora, dizendo que era a minha culpa. Corri para fora e me apoiei na parede, sentindo as minhas forças minar. A culpa é tão grande que a única coisa que consigo fazer é chorar, como se tivesse um rio de lágrimas dentro de mim, e agora eu só conseguisse lamentar pelas coisas que fiz.
- A minha vida tá uma droga! Eu não tenho meus pais, não tenho o homem que eu amo ao meu lado e meu marido não me ama. O que eu tenho nesta vida? Nada! Resmungo sozinha.
- Foram as suas escolhas, Paola. – Ouço a voz de Marco e tenho certeza que ele ouviu meu desabafo.
- Por favor, Marco. Preciso saber como ele está. – Sussurro.
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S.E.C.R.E.T
RomanceEste livro é da minha autoria. ;) Proibida para menores de 18 anos. Será que a mulher é o sexo frágil da relação, a mocinha dos contos de fadas! O homem pode ser a cabeça da relação, mas a mulher é o pescoço e é esta região do corpo que decide qual...