A noite foi como previsto, Arthur acordou a todos as duas da madrugada, Anahí o acalmou e amamentou, Afonso olhava os dois deslumbrando. Era inacreditável reviver aquela cena depois de tudo que haviam passado, em pensar que estava próximo de um ano que os dois já estavam juntos novamente. Assim que ela terminou entregou o pequeno ao pai que o colocou para arrotar, Anahí deitou olhando Alfonso andar pelo quarto com o bebê nos braços, os olhos brilhando, era como se a felicidade saísse por esse brilho.

Alfonso: Ei moleque agora é hora de dormir - brincou com o filho que tinha os olhos arregalados, não havia nenhum vestígio de sono naquele pequeno rostinho.

Anahí: Eu acho que ele não vai dormir tão cedo - sorriu ao ver a cara de Alfonso ao escutar isso. Dito e feito, Arthur só voltou a dormir pouco depois das seis da manhã.

*****

Dulce acordou disposta e resolvida, era o dia, seguiu para o banheiro pensando em como iniciaria a conversa com Ucker, estava estranhando o fato de não conseguir falar com ele a uma semana, isso estava a deixando depressiva, no fundo ainda doía a traição, mas a distancia aumentava essa dor, estava decidida, assim que tomasse café ligaria para ele o encurralando. O banho demorado foi uma mistura de duvidas e muito medo, o choro foi inevitável. A barriga de quatro meses estava visível e ela acariciava a todo tempo, em pensar que havia dito a ele que teria medico na próxima semana, que provavelmente saberia o sexo e depois disso Ucker simplesmente havia desaparecido. Respirou fundo, deixou o box e pôs o roupão após se secar e passar o hidratante, assim que abriu a porta que dava acesso ao quarto paralisou, um sorriso surgiu em seu rosto ao notar o quarto diferente, passou o olho por todo ele, aquele carinho não estava ali, as malas, o celular sobre a cama.

Dulce: Ucker? - gritou deixando o quarto, passou pela sala disparada e o encontrou de costas para ela a frente da geladeira bebendo agua na garrafa como ela odiava que ele fizesse. - Quantas vezes eu disse para usar o copo? - perguntou sorrindo, que se dane o copo, ele estava ali, ele havia voltado. Ucker se virou e sorriu ao vê-la sorrindo para ele, largou o copo na mesa, a geladeira aberta, foi até ela a erguendo, Dulce passou as pernas ao redor dele o beijando desesperada. Ucker fechou os olhos sentindo aquele cheiro que ele tanto sentiu falta, ela estava mais bonita aos olhos dele, a barriga já crescida foi sentida por ele.

Ucker: Eu estava morrendo de saudades de você - sussurrou mordendo a orelha dela.

Dulce: Eu também - respondeu em meio as lagrimas, era uma explosão de sentimentos que a deixava confusa.

Ucker: Eu te amo, me perdoa meu amor? - pediu chegando as lagrimas também - Eu fui .... idiota por beber, porque se não fosse pela bebida eu nunca havia feito o que fiz, eu juro - confessou e ela assentiu o apertando em seu abraço.

Dulce: Eu senti tanto a sua falta - contou ainda chorando. Ele a colocou no chão, selou a boca dela e a puxou para um novo abraço.

Ucker: Nunca mais eu deixo você, nunca mais - afirmou de olhos fechados a sentindo em seus braços.

Xxx: Será que já posso interromper? - Dulce se virou assustada e encontrou a cunhada a olhando com um sorriso nos lábios.

Ucker: Dul, você lembra-se da Victoria? - perguntou por perguntar, sabia que Dulce lembrava, sabia que Dulce não gostava de Victoria.

Victoria: Como vai Dulce? - perguntou se aproximando e a beijando no rosto - Eu só estou de passagem, só vim ver como está, mas ficarei com meus pais, não precisa se preocupar - revelou rindo, pela cara de Dulce, não havia duvidas que a surpresa não a agradava.

Dulce recuperada do susto se trocou e foi servir o café, Ucker não conseguia parar de sorrir, não conseguia desviar os olhos da barriga dela, Dulce conseguia perceber o quanto ele estava feliz por ver a barriga dela já aparecendo.

Queria Muito Te Odiar - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora