Taylor ama Drake. Louis ama Taylor. Dave ama Cat, que também o ama. Ama? Adam ama Cat. Hanna ama Dave. Stephanie ama Adam. Vic não ama ninguém. James ama Vic. Megan e Matt amam a todos, ou amam um ao outro?
Ficou confuso? É, a vida social e amorosa...
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Taylor Springs definitivamente não estava animada para descer daquele carro. O avião havia pousado em Nashville antes do meio dia, mas eles só conseguiram sair do aeroporto depois das três horas da tarde. Toda a confusão para a retirada da bagagem e o aluguel do carro haviam piorado a dor de cabeça que sentia desde o fatídico dia em que seu pai anunciara que fora transferido para o fim do mundo.
Primeiro ela entrou em negação. Recusou-se a falar sobre o assunto com a mãe, com a irmã, com o pai, com os amigos e até com Drake. A ideia toda era inconcebível. Taylor era nova-iorquina , nascida e criada na Big Apple. Não trocaria o glamour da ilha de Manhattan sequer por Paris, como o pai poderia querer que ela abandonasse sua amada metrópole por uma cidadezinha no interior do Tennesse?! Ela não estava irritada, estava possessa. Tentou de tudo para permanecer em NY, mas nada feito. Ela teria que cursar o último ano do ensino médio no estado da música country, com um bando de caipiras e longe de todos seus amigos. Sua mãe argumentara que era por pouco tempo, afinal, ela era boa aluna e poderia muito bem ser aceita na NYU ou em Columbia.
Mas sua mãe não entendia, era óbvio que não. Ela estava prestes a completar 18 anos e aquele deveria ser o ano mais incrível de sua vida. Finalmente ela estava no último ano do high school e queria aproveitá-lo com seus amigos de infância. Queria assistir às aulas de História Americana ao lado de Izzie, divertindo-se com as perguntas sem pé nem cabeça da amiga. Queria matar as aulas de francês para fumar maconha com Drake nos fundos do colégio e beijá-lo entre um cigarro e outro. Queria terminar seus dias correndo pelo Central Park e começar suas manhãs de domingo tomando café em alguma das infinitas Starbucks da Times Square. Queria discutir as obras do Guggenhein com Laurel e assistir a ensaios de bandas underground no Brooklyn. Queria passar os dias com Simon fazendo compras no SoHo. Queria que nada mudasse e que tudo saísse como ela tinha planejado. Inclusive a formatura. Mas não, seu pai tinha que estragar tudo.
Joe Springs era gerente de um importante banco multinacional há anos. Formado em Stanford, foi contratado assim que saiu da faculdade. Abandonou a Califórnia e foi viver em Nova York, onde conheceu o grande amor de sua vida, Denise Hahn. A mãe de Taylor era artista plástica, e mesmo depois de casada, com três filhos, nunca abandonara a carreira. Até aquele momento. Tratava-se de uma proposta irrecusável, mas Taylor tinha dificuldades de entender aquilo. Um banco daquele porte resolvera abrir uma filial em uma cidade com pouco mais de cem mil habitantes no interior do Tennesse, a centenas de quilômetros da capital do estado e queriam seu pai para tocar o novo empreendimento... Era muito estranho e ela não conseguia entender. Talvez estivessem passando por dificuldades financeiras e o banco ameaçara demitir seu pai caso ele não aceitasse o emprego, talvez. Eles nunca foram ricos, mas sempre levaram uma vida boa.
Suspirando, Taylor afastou os pensamentos, tentando aceitar que pouco importava os motivos pelos quais sua vida estava virando um inferno. O fato é que estava, e ela teria que aprender a lidar com aquilo.
