— Tudo o que eu preciso está aqui nesse momento.

— Você não acha que estamos indo rápido demais?

— Não, eu não acho. Demoramos muito até chegar aqui. Agora me recuso ficar longe.

Victor volta a beijar, e sinto sua mão afastando o lençol que me cobre. Eu puxo de volta e vejo um sorriso tomar conta dos seus lábios.

— Está com vergonha depois do que fizemos ontem à noite.

— Não é vergonha, é que... Davi está a um quarto daqui e se ele resolve vir nos procurar? – falo sem graça.

— Ele não vai vir, mas posso me controlar até estarmos sozinhos.

Victor me beija novamente e se afasta para que eu me levante.

— Quer ajuda?

— Acho que consigo me vestir sozinha.

— Não vou me importar em ajudá-la nessa tarefa – ergueu sua sobrancelha de uma maneira que estava sugerindo algo.

— Aposto que sim – eu ri – mas faço isso sozinha.

— Pelo jeito não sei ser muito persuasivo.

Victor riu e foi para o guarda-roupa procurar uma roupa.

— Acredite, você sabe ser muito persuasivo quando quer.

Quando chegamos à cozinha, Davi estava sentado à mesa, comendo alguma coisa que Beth havia preparado.

— Bom dia – falei entrando na cozinha andando a passos lentos.

Davi arregala os olhos assim que me vê.

— Tia Eduarda!!! A senhora está andando!!! – diz saltando da cadeira e abraçando minhas pernas.

— É, parece que estou – ri com seu carinho.

— E está grande, maior do que eu.

— É por que ela é grande, filho. Agora por que não deixa a Eduarda se sentar, e aí poderá conversar com ela?

Davi obedece sem questionar e volta a sentar. Victor puxa a cadeira para que eu possa sentar e depois senta entre nós dois.

— Você dormiu aqui?

Olho para Victor antes responder. Ele sorrir e confirma.

— Sim.

— Agora vai morar aqui comigo e o papai?

Fico sem saber o que responder e peço ajuda ao Victor.

— Por que está perguntando isso Davi? – Victor quer saber.

— A Beth falou que sim.

Nesse momento olhamos para Beth e vejo seu rosto ficar pálido como uma folha de papel.

— Eu não falei isso senhor Victor... Apenas disse que...

— Está tudo bem Beth – Victor não reclama e volta a olhar para Davi – você gostaria que Eduarda morasse aqui?

— Muito. Seria legal, eu poderia jogar vídeo game com ela enquanto o senhor estiver trabalhando.

— Só por causa dos jogos que você iria querer Eduarda morando aqui? – pergunta olhando com curiosidade para Davi.

— Não. Ela poderia cuidar do senhor e de mim. A tia Elisa me disse que o senhor sorriria mais se ficasse com a tia Eduarda. Não entendi direito o que ela quis dizer...

Davi voltou a comer o que identifiquei com banana amassada com aveia.

Eu e Victor trocamos outro olhar e ele segurou minha, apertando levemente.

Quando encontrei você - Livro 4Where stories live. Discover now