Capitulo 13

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Ricardo Narrando:

Eu apenas vi Victoria pegar sua bolsa e sair do estabelecimento pálida e totalmente descontrolada. A preocupação bateu e eu então corri atrás dela para entender oque houve.

- Victoria! - Gritei e ela parou.

Quando ela se virou para me olhar, percebi seu rosto vermelho de choro. Ela estava mal, e isso me atingiu de uma forma surreal.

- Ele morreu.. - Sussurrou no meu ouvido com a voz fraca.

- Quem Victoria?

- Meu pai.. - Ela falou e caiu nos meus braços.

Eu a segurei. Não sabia o que fazer, eu estava arrasado vendo o estado dela.

- Em que hospital sua mãe está? - Perguntei a encarando.

Ela sacudiu a cabeça. - Eu não sei, eu encerrei a ligação antes que ela terminasse.

Quando eu ia dizer, o "Eduardo" chegou e abraçou Victoria.

- Vic, você está bem? - Perguntou ele.

- Ela está sorrindo, para estar bem? - Falei sarcástico e grosso.

- Eu tô perguntando para ela. - Retrucou.

- E daí? - Murmurrei.

- Gente, chega! - Exclamou Victoria. - Meu pai está morto e eu não estou afim de discussões.

Ela caiu no choro, meu peito doía em vê-lo a abraçando, mas não era de ter ciúmes. É, eu estava com ciúmes.

- Tá desculpa. - Falei com o tom baixo e ela me olhou.

- Ok.. e..eu preciso ir pro hospital. Alguém tem que ir... co..comigo. - Sua voz saiu falha.

- O Ricardo vai. - Pronunciou Eduardo.

Eu estranhei a atitude do moleque, mas me senti no controle da situação. E seria melhor também, pois eu conheço a família Montenegro, há anos.

- VICTORIA! O que aconteceu? - Guilherme chegou aforado no meio da gente.

- Olha só Guilherme, pegue a chave lá de casa e leve todos para lá. O Eduardo te explica. - Falei e ele assentiu sem perguntar.

Fui andando com Victoria até o carro, que se mantinha calada e perplexa. Ela parecia estar vendo o fim do mundo em sua frente e eu a entendia.

- Calma. Eu tô com você. - Falei pegando em suas mãos e ela me abraçou forte. Eu retribuir o abraço em dobro.

- Eu preciso de você, agora e sempre Ricardo... sem meu pai as coisas não vão ir bem.. Eu preciso de você. - Ela sussurrava no meu ouvido e cada palavra me matava mais.

- Eu vou ficar.

Foi a última coisa que falei até chegarmos no hospital.

[...]

3 ANOS DEPOIS...

O Pai do Meu Melhor Amigo  [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora