Ricardo Narrando:
Eu apenas vi Victoria pegar sua bolsa e sair do estabelecimento pálida e totalmente descontrolada. A preocupação bateu e eu então corri atrás dela para entender oque houve.
- Victoria! - Gritei e ela parou.
Quando ela se virou para me olhar, percebi seu rosto vermelho de choro. Ela estava mal, e isso me atingiu de uma forma surreal.
- Ele morreu.. - Sussurrou no meu ouvido com a voz fraca.
- Quem Victoria?
- Meu pai.. - Ela falou e caiu nos meus braços.
Eu a segurei. Não sabia o que fazer, eu estava arrasado vendo o estado dela.
- Em que hospital sua mãe está? - Perguntei a encarando.
Ela sacudiu a cabeça. - Eu não sei, eu encerrei a ligação antes que ela terminasse.
Quando eu ia dizer, o "Eduardo" chegou e abraçou Victoria.
- Vic, você está bem? - Perguntou ele.
- Ela está sorrindo, para estar bem? - Falei sarcástico e grosso.
- Eu tô perguntando para ela. - Retrucou.
- E daí? - Murmurrei.
- Gente, chega! - Exclamou Victoria. - Meu pai está morto e eu não estou afim de discussões.
Ela caiu no choro, meu peito doía em vê-lo a abraçando, mas não era de ter ciúmes. É, eu estava com ciúmes.
- Tá desculpa. - Falei com o tom baixo e ela me olhou.
- Ok.. e..eu preciso ir pro hospital. Alguém tem que ir... co..comigo. - Sua voz saiu falha.
- O Ricardo vai. - Pronunciou Eduardo.
Eu estranhei a atitude do moleque, mas me senti no controle da situação. E seria melhor também, pois eu conheço a família Montenegro, há anos.
- VICTORIA! O que aconteceu? - Guilherme chegou aforado no meio da gente.
- Olha só Guilherme, pegue a chave lá de casa e leve todos para lá. O Eduardo te explica. - Falei e ele assentiu sem perguntar.
Fui andando com Victoria até o carro, que se mantinha calada e perplexa. Ela parecia estar vendo o fim do mundo em sua frente e eu a entendia.
- Calma. Eu tô com você. - Falei pegando em suas mãos e ela me abraçou forte. Eu retribuir o abraço em dobro.
- Eu preciso de você, agora e sempre Ricardo... sem meu pai as coisas não vão ir bem.. Eu preciso de você. - Ela sussurrava no meu ouvido e cada palavra me matava mais.
- Eu vou ficar.
Foi a última coisa que falei até chegarmos no hospital.
[...]
3 ANOS DEPOIS...
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O Pai do Meu Melhor Amigo [EM REVISÃO]
RomanceVictoria nunca estava presente para o amor, uma garota que acabou de entrar na fase adulta. 19 anos, bonita, chamava atenção por onde passasse, mas tinha classe e modos para conseguir o que queria. Seu melhor amigo Guilherme já é mais paradão por ca...