Capítulo 8

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Victoria Narrando:

Minhas costas estavam dormentes, eu não estava sentindo nenhuma parte do meu corpo. E eu iria matar o Ricardo!

Quando me dei conta e sai dos meus pensamentos, tinha uma sobra cobrindo meu rosto e parada na minha frente, me olhando.

- Você gosta de ficar no meio do mato é? - Falou a voz.

Aquele ser humano, esculpido por Deus não me era estranho.

- Ér..é..

Falei com a voz falha, para amenizar a dor.

- Ah gata! Se quisesse ir pro mato, tem uma trilha aqui pertinho. Porque seu velhote não te levou? - Perguntou a voz com tom de deboche.

Foi com aquelas palavras, que eu lentamente me lembrei dele.

FLASHBACK ON:

Sinto alguém esbarrar fortemente no meu braço. Eu me viro e vejo um cara bonito, gostoso, mordendo os finíssimos lábios.

DEUS ME AJUDA!

- Desculpa gracinha, não foi minha intenção. - Falou o cara.

- T-tudo bem..

Falei me confundindo.

- Ela tá ótima. - Disse Ricardo me puxando pela mão.

Ele pegou totalmente na minha mãe, entrelaçou nossos dedos e não soltou.

- Você tá com esse Vovozão aí? - Disse o cara ironicamente.

Eu quase ri, mas ao ver a expressão de ódio nos olhos do Ricardo, me mantive séria.

- Você me chamou do que? - Falou Ricardo que meteu na minha frente. E ficou de frente com o tal "cara".

- Vovozão... - O cara falou debochadamente.

- Oh vovozão aqui, tem uma empresa, milhões no banco, várias casas nas regiões dos lagos, casa em Copacabana, uma aparência melhor que a sua para um cara da minha idade e uma moçinha de 19. Quem tá melhor aqui? - Ricardo o encarou sério.
E o cara saiu totalmente sem graça e humilhado.

FLASHBACK OF:

Ah.. Foi ele que o Ricardo humilhou. Eu apenas segurei meu riso, não dava pra fazer o cara sair dali, eu precisa de ajuda.

- Vai me levantar ou não?

Perguntei franzino a sobrancelha e ele estendeu a mão imediatamente.

Suas mãos eram firmes, grossas, eu me arrepiei e infelizmente, ele percebeu.

- Hm, se arrepia fácil? - Ele Perguntou, eu sorri totalmente sem graça.

- É! Isso é com qualquer pessoa, não vá se achando.

Falei e ele riu.

- Ok! Mas enfim, qual é seu nome? - Ele Perguntou me encarando.

- Victoria e o seu?

Perguntei mirando o chão.

- Eduardo, mas me chame de Edu! - Disse Edu todo sorridente.

- Tá ok edu!

Falei e saímos de debaixo da varanda do Ricardo. Eu apenas precisa me vingar e esquecer o que ali aconteceu.

[...]

- Quer que eu te leve? - Perguntou Edu.

- Eu não posso recusar, preciso de carona.

Falei e fiz uma cara de pobre coitada.

O Pai do Meu Melhor Amigo  [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora