Capítulo 11.

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~~ Anna Narrando ~~~

Estava machucada, as lágrimas que escorriam pelo meu rosto fazia um corte na minha boca arder. Mais aquele meu estado nem se comparava ao do meu coração.

É melhor eu me levantar e inventar alguma coisa, não posso ficar aqui desde jeito.

Me levantei sentindo muita dor na barriga e em outras partes do meu corpo...

Me apoei na pia e lavei meu rosto. Terminei, e respirei fundo. Eu amo Guilherme, não posso deixar ele. Eu sei que ele me ama, juntos vamos vencer isso e mostrar pra Janaína que somos um casal unido de alma.

- Eu vou ser forte. - Abri a porta e me deparei com uma cena que fez meus olhos transbordarem novamente, eu perdi meu chão.

Lá estava Janaína e Guilherme se beijando, ela se esfregava no corpo de Guilherme, que logo a empurrou.
Os dois olhavam pra mim.

- Fofa, eu disse que ele não dava a mínima pra você. Tá vendo? Isso é a prova. - Janaina riu vitoriosa.

- Janaina eu juro que se você não calar a droga dessa boca eu vou esquecer que existe a lei Maria da Penha. - ele gritou com ódio. - Amor...o que ela fez com você?. - Guilherme chegou com os olhos cheio de lágrimas.

- Não encosta em mim. - disse baixinho mais expressava raiva em minha voz.

Estava mal, o mundo girava e eu estava arrasada... meus sentimentos me sufocavam, de repente tudo ficou escuro e só escutei Guilherme pedindo perdão.

~~~~ horas depois. ~~~~

Senti um beijo em minha mão e um cheiro de hospital.

Estava no Hospital ?

- Amor, você acordou. - Guilherme abriu um sorriso, ele estava com uma cara de alguém abatido e cabelo bagunçado.

- Eu... Estou sentindo muita dor. - comecei a chorar.

- Amor. - ele também começou a lacrimejar. - Eu sei que os machucados estão doloridos mais vai passar. - ele disse engolindo o choro.

- Não são os machucados- segurei sua mão. - É aqui. - coloquei a mão dele em meu peito. Foi o suficiente para ele liberar a lágrimas que segurava.

- Amor, me perdoa... ela... - alguém entrou no quarto.

Janaina e a mãe de Guilherme.

- Oh meu Deus, você está bem minha querida? Me perdoe pelo ato infantil da minha sobrinha,  vamos tomar devidas providências, por falar nisso ela veio te pedir desculpas - ela falou alisando meus cabelos.

Desculpas? Fala sério!
Janaína encostou e começou a tentar chorar.

- Posso conversar com Anna a sós? - ela disse.

Eu estava com medo, mais também estava disposta a falar certas coisas pra ela.

Todos saíram, só estava eu, Janaina e a falsidade dela.

- Olha gata, me arrependi de não ter ter causado mais danos.

Não acredito que ela disse isso.

- Janaina, fique saben...- ela me interrompeu.

- Cala a Boca!  Quem vai falar aqui sou eu. - ela virou disfarçadamente para trás e viu que ninguém estava lá e continuou.
- Você é muito idiota Anninha, porque você não volta pra sua cidade e nos deixa em paz? Você não se tocou?  Olha pra você e olha pra nós. Você deve estar acostumada a comer arroz com ovo, vestir roupa usada, você é mal trapida, deve usar perfume da Avon... - ela começou a rir.

O Rico E A PlebeiaWhere stories live. Discover now