A viagem toda estive chorando.
Não cochilei por nenhum segundo, só fiquei pensando como eu fui idiota.
Nunca mais iria ver ele, nem o número dele tenho. Ele foi ridículo por não se importa por eu estar indo embora, ele foi frio, calculista, egoísta.
Tudo que eu quero agora é desabar debaixo do chuveiro, deixar ele lavar minha dor.~ meia hora depois ~
Finalmente cheguei, vejo meus pais lá embaixo pelo vidro, sai em disparada e abracei eles e segurei o choro.
- Mamãe, papai. Eu estava morrendo de saudade. - comecei a chorar, não era so pela alegria em telos perto de mim, mais pela ferida exposta no meu coração.
- O meu amor. O que aconteceu com você? - minha mãe beijou minha testa preocupada com os hematomas no meu rosto.
- É uma longa história, te conto em casa. - falei tentando acalmar ela.
- vamos filha?- meu pai pegou minha mala e fomos pro carro.
Meu quarto, sempre arrumadinho e cheio de livros.
Aquela era minha vida.
Aqui é o meu lugar, onde posso comer com colher, posso usar vestido com tênis e não vou ser julgada por isso.
Aqui eu sou livre.- Filha, comida está pronta amor. - minha mãe gritou.
Pulei da cama e senti o cheiro do rango, que saudade da comida da minha mãe.
Estávamos todos sentados na mesa e comemos a vontade. Contei toda história pra minha mãe, ela ficou assustada, me deu uma longa bronca, mas entendeu a minha dor.
Terminamos de comer e tirei os pratos.
- Vai descansar amor, eu e seu pai cuidamos daqui. - minha mãe falou olhando pra mim.
- Obrigada mãe. - dei um beijo nela e no meu pai.
Corri e me deitei na cama exausta.
Nem precisa ser vidente pra saber em quem eu estava pensado.- Filha, acorda. - minha mãe me sacudiu.
- O que aconteceu? - acordei atordoada, mais me acalmei quando vi seu sorriso.
- O cursinho me ligou. - Meu coração bateu forte. Foi tão difícil fazer a prova, dei o melhor de mim, não posso acreditar que..
- Você passou amor, as aulas vão começar semana que vêm. - ela me abraçou.
Sim, eu chorei muito de felicidade.
Eu ia voltar pra lá e iria realizar meu sonho.
Sem nada pra me pertubar, sem Janaína nem Guilherme.
Nova vida. Nova Anna.¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤
Quatro meses se passaram.
Quem diria que passaria tão rápido...
Eu passei no cursinho, e estou muito feliz, foi difícil deixar minha casa, meus pais, mais estou fazendo isso por eles.Aqui está sendo muito legal, estou dividindo quarto com Taíla, Amanda e uma menina chamada Cristiane.
Já nos tornamos grandes parceiras e amigas, estive em depressão no primeiro mês, justo no mês do meu aniversário. Chorava por tudo e foram elas que me ajudaram a me reerguer.
Elas são perfeitamente companheiras e não nos desgrudamos mais pra nada.Aqui no cursinho, a única coisa desagradável são as pessoas exibidas (todo mundo praticamente), que tem se esnobado demais por terem dinheiro para pagar o curso e nós termos que mendigar bolsa.
No terceiro dia de aula foi o pior de todos.
Estava eu com meu grupinho andando pelos corredores, "babando" com o capricho e a beleza do lugar.
- Meninas, isso tá parecendo aqueles colégios de filmes. - Amanda disse encantada.
- Tomara que tenha aqueles Boys maravilhosos que participam de um time de futebol. - Taíla disse cutucando Cristiane.
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O Rico E A Plebeia
Ficção Adolescente(História escrita em 2015, pausada para reformulação EM BREVE) Uma garota simples, repleta de sonhos. Tem uma vida difícil, mais corre atrás do que quer. Estudiosa e bastante focada, consegue ganhar uma bolsa de estudos em um cursinho universitário...