Deu bulgue no capítulo anterior.
Ele só ficou como "capítulo" e era pra ser "Capítulo 27".
Megan narrando:
-- Você tem sorte por ser assim. - escuto Megalyn falando. Ela está na sala de jogos(SIM! AQUI TEM UMA SALA DE JOGOS!).
-- Oi. - falo entrando na sala de jogos e fico um pouco boquiaberta quando vejo Megalyn.
Ela está com os olhos e lábios inchados. Os olhos dela estão vermelhos. Ela está jogada de qualquer jeito em um puff, enquanto encara Boung.
-- Está tudo bem? - pergunto e ela tenta se recompor.
-- Por que não estaria? - ela pergunta com sarcasmo e ergue uma das sobrancelhas.
-- Me diga você! - falo tentando usar o mesmo tom de voz que ela usou comigo.
-- Sei que a casa é sua e daquele grudento... - ela fala e eu já sei que está se referindo ao Jheyson. -- Mas eu agradeceria se me deixasse sozinha.
-- Você não parece que quer ficar sozinha. - falo e me sento ao lado dela.
-- Eu não pareço ser muita coisa... Mas sou! -ela fala dando de ombros.
-- O que te chateia? - pergunto ohando pra ela. -- Qual é o problema de contar? Pelo que eu sei... Você não parece se preocupar com nada.
-- Por que não se preocupa com outra pessoa? - ela pergunta olhando pra mim. -- Tem várias pessoas querendo alguém assim.
-- Pelo visto você não é uma delas. - falo e ela suspira fundo.
-- Talvez eu seja. - ela da de ombros e olha pro pé dela. -- No fim todos são. Todos esperam por alguém que pergunte como está... Mas há uma diferença entre "perguntar e se importar".
-- E se eu te falasse que queria saber o que passa por essa sua cabecinha! - falo colocando minha mão no ombro dela.
-- Existe uma diferença entre curiosidade e preocupação. - ela fala se levantando. -- Procura em um dicionário. Vai que um dia você aprende o significado!
-- Você está sangrando? - pergunto arregalando os olhos quando vejo o braço dela melado de sangue.
-- Hã...
-- Qual é o teu problema??? - pergunto me levantando. -- Pra que se cortar?
-- Voc...
-- Por algum acaso seus problemas vão sumir? - pergunto. -- Ou está tentando se matar?
-- Suicida não tenta matar a sí mesmo, e sim a dor que sente!
-- E qual seria sua dor o momento!?
-- Me deixa em paz. - ela fala colocando a mão na testa e suspirando fundo.
-- Por que você me odeia tanto?
-- POR EU TER TE PEDIDO AJUDA E VOCÊ SIMPLISMENTE SAÍU CORRENDO! ME DEIXANDO SOZINHA, QUANDO EU MAIS PRECISAVA! - ela grita e saí em seguida.
* * *
-- Eu queria poder estar contigo... - Jheyson cantarola enquanto eu arrumo a mesa. Megalyn não saí do quarto dela deste que gritou comigo e saíu correndo da sala de jogos. -- Noite e dia. Ter você comigo e nada mas. Eu só queria... Queria dizer, que eu realmente me importo. Você me faz bem. Ter você comigo. É tão difícil dizer o que sente?
-- Gostei dessa música. - eu falo sorrindo. Nunca ouvir essa música, mas é bonita.
-- Eu também. - ele fala e eu coloco os pratos na pia. -- Gabriel tem mais talentos do que você possa imaginar.
-- Ele que fez essa música? - pergunto sorrindo.
-- Sim. - Jheyson fala dando de ombros. -- Quem diria que um garoto com sentimentos tão vazios poderia fazer uma música dessa, certo?
-- Sentimentos vazios? - pergunto e ajeito os pratos na pia. -- Todos temos sentimentos. Os piores que possam ser, mas temos!
-- Eu só não entendo... - ele fala pensativo. -- Pra ele fazer uma música como a qual ele fez deveria estar pensando em alguém, certo?
-- Talvez. - falo e começo a lavar os pratos. -- Todos temos alguém. Um crush. Talvez ele goste de alguém esnobe, ou ele tenha problemas pra tentar chegar até ela.
-- Gabriel? - Jheyson rir. -- Gabriel consegue pegar seis mulheres em menos de duas horas!
-- Exato! Ele consegue pegar seis mulheres, "menos uma". A qual ele tem medo de chegar perto, de poder estragar o começo de algo que nem começou.
-- Faz sentido. Mas é só uma hipótese. Não acredito muito nisso.
-- Todos se apaixonam, Jheyson. - falo e seco minhas mãos.
-- Eu sei, Bruthy. E como eu sei! - Ele fala e coloca as mãos na minha cintura.
-- É e... - a campanhia toca e Jheyson suspira fundo com raiva e frustado.
-- A vida não é fácil. - falo rindo enquanto ele vai em direção à porta.
-- P-Pai? - Jheyson gagueja quando abre a porta e eu olho na direção dele(s).
-- Posso falar contigo? - escuto uma voz um pouco rouca. Eu vou até o sofá e tento ver o pai dele, mas Jheyson está de costas pra mim, me impedindo de ver.
-- Vá embora! - Jheyson fala friamente e eu franzo a testa.
Merda! Eu quero ver o pai dele!!!
-- Jh...
-- Vá embora. - Jheyson repete.
-- Pode ser menos infantil? - o pai dele pergunta e vejo Jheyson abaixando a cabeça. Eu sei o que ele está fazendo... Ele está tentando se acalmar.
-- Eu quero que você vá embora da minha casa, agora! - Jheyson fala com raiva.
-- ME DESCULPA! - o pai dele grita. -- Okay? - ele pergunta com a voz bargada.
Argh! Do que estão falando? E... Por que ele nunca me falou NADA sobre o pai dele?
Cheguei até pensar que o pai dele estava morto(já que Jheyson nunca falava nada).
-- Vá embora. - Jheyson fala por fim. Eu respiro fundo e me levanto do sofá. Caminho até Jheyson e tento ficar do lado dele.
-- Boa noite. - falo em um tom de voz amigável e por um tempo fico meio paralisada quando vejo o pai de Jheyson.
Ele é tão... Gato!
Ele é a cópia exata de Jheyson(no caso Jheyson que é a cópia) em alguns anos mais velhos.
O cabelo dele é do mesmo tamanho que o de Jheyson, os olhos são iguais ao de Jheyson. Ele é branquinho e malhado(bem malhado!!!).
Acho que fez cirugia plástica! Ele simplismente é perfeito, perfect! Uou! Aparenta ter uns trinta e nove anos(que nem o homem gato de cinquenta tons de cinza), Tá... Parei!
Foco!
-- Oi. - o pai de Jheyson fala dando um sorriso meio que largo e malicioso. -- Vocês fazem um casal bonito. - o pai dele fala com um sorriso sincero. Jheyson fecha à porta na cara dele com raiva e eu mordo meu lábio inferior.
-- Por que voc...
-- Só não volte a ficar perto dele! - Jheyson fala me interrompendo. -- Okay?
