Capítulo 35

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O mais novo Wisentheiner

— Dixon — sussurrei. Sentia tanta saudade que estava imaginando Dixon na porta. Seus olhos estavam sobre mim com uma intensidade avassaladora. Estendi a mão para tocar a sua, então percebi que aquilo não era um sonho de dez minutos. — Dix! — Gritei agarrando-me a ele.

— Senti a sua falta. — Dixon quebrou o silêncio. Olhei para cima encarando a intensidade de seus olhos. — Por que já está no quarto? Não está se sentindo bem?

Eu não queria responder suas perguntas, apenas ficar observando seu rosto. Dixon era tão lindo.

— Ally, está tudo bem? — Voltou a perguntar.

— Hoje o dia foi bem intenso. Brincar com James e Karl é maravilhoso, mas já estou acabada, detonada.

Ele riu, abraçando-me mais forte.

— Tem um tempinho pra mim agora? — Seu tom de voz era calmo, mas ao mesmo tempo esperançoso. — Eu lhe devo desculpas por ontem. Fui um...

— Insensível?

Dixon sorriu, e antes que eu terminasse de falar, sua boca estava na minha. E quando se afastou tornei a falar:

— Fiquei chateada, admito, embora não ache que esse seja um motivo para eu ficar com raiva.

— Acha que um dia pode ficar com raiva de mim para sempre?

Senti medo em sua voz.

— Não sei qual é o nosso futuro. Não posso lhe dar uma resposta nesse momento e depois fazer o contrário. Não de novo.

— O que quer dizer com "não de novo"?

— No dia em que fui sequestrada, Mandy me fez uma pergunta e eu respondi. No entanto, meus atos foram completamente diferentes da resposta que dei a ela. Por isso estou aqui.

— Esse ato é a razão da minha felicidade — declarou, repentinamente.

— É... Onde estão os outros? Preciso me desculpar por não ter me despedido.

— Não precisa se desculpar, foi minha culpa e Steve jogou isso na minha cara. Acompanhe-me.

Dixon sorriu.

— Dix? — Ele caminhava ao meu lado com uma das mãos em minha cintura, enquanto eu agarrava seu corpo musculoso. Ele abaixou a cabeça para me encarar. — Mais tarde podemos comer torta?

Ele riu.

— Teremos tempo para fazer muitas coisas.

Ignorei o duplo sentido de suas palavras quando cruzamos o corredor e vi que os rapazes estavam em volta de Greice levemente agachada e seus filhos eufóricos.

— Parece que eles estavam com muitas saudades dela.

— Com certeza estávamos de todos vocês, meu bem. Rapazes...

Eu olhei para cada um deles e sorri me aproximando de Steve, mas estanquei ao ver um bebê enrolado no fino cobertor no colo de Greice.

— Temos visita? Onde estão os pais dele? Quem é ele? — Disparei. No fundo eu sentia que aquela criança já esteve em meu colo.

Dixon passou por mim indo em direção à Greice, tomando a criança em seus braços. Depois se aproximou enquanto os outros sentaram nos sofás. Karl e James soltavam risinhos cúmplices.

— Ally, — Dixon sorriu para os sobrinhos, e aproximou-se — esse é Noah nosso filho!

— O quê? — Minha voz saiu baixa e quase inaudível — N-Noah? Você realmente o adotou? Ele está registrado em meu nome? Ele é meu filho mesmo?

Verdadeiro Sequestro, uma história de AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora