Chapter Forty-Four || Seven Thousands

En başından başla
                                    

Nós três saímos daquela casa quase que correndo. Uma parte minha se sente tranquila por ter conseguido esse favor sem ele dar em cima de mim, outra parte se sente desconfiada por ele não ter cobrado mais nada além daquela quantia absurda por apenas uma informação.

A questão é: Como vou conseguir 7.000 reais até amanhã?

Eu não quero pedir dinheiro aos meus pais, até porque a minha mãe já não concordava muito com o fato de eu cuidar do Miguel. Pedir ao Robert, nem pensar. Eu não trabalho, embora devesse trabalhar para poder sobreviver. Pedir dinheiro a Thayla está fora de questão, até porque ela não está mais no Brasil... Só tem uma pessoa que pode me ajudar e eu vou ter que pedir ajuda a ela.

- Como vamos fazer? - Lari perguntou.

- Meninas, vocês não precisam se preocupar. Eu vou dar o meu jeito.

- Até parece! - Day resmungou. - Estamos nessa com você, então sim, vamos nos preocupar e te ajudar também.

- Alguém já disse que vocês são as melhores amigas do mundo?

- Sabemos disso! - responderam em uníssono.

- Bom, agora nós vamos pensar em um jeito de arranjar esse dinheiro. - suspirei pesadamente enquanto andávamos até o ponto de táxi.

- Por que não pede dinheiro aos seus pais ? - Day perguntou e eu revirei os olhos.

- Já disse que vou resolver isso sozinha. Sem o dinheiro de ninguém. E agora eu vou ver o Matt, se vocês quiserem podem ir para casa. - logo chegou o táxi e nós entramos.

Dei o endereço do hospital e logo o motorista deu a partida. As meninas conversavam sobre coisas aleatórias e eu apenas observava as pessoas andando pela rua. Um estrondo alto fez meu corpo estremecer e logo me dei conta de que iria começar a chover. Faz tanto tempo que não chove por aqui que eu realmente estou feliz por ameaçar chover, mas espero que chova bastante porque eu amo o tempo frio e amo as gotas de água que caem do céu. Principalmente quando estou confusa, a chuva me ajuda a pensar e refletir melhor sobre minhas ações e atitudes.

(...)

- Sabe, se você pudesse por um momento imaginar o que está acontecendo por aqui. Estão prestes a tirar o Miguelzinho de mim e eu me sinto de mãos atadas, me sugeriram algo para recuperá-lo mas não sei se vai dar certo e sinceramente, não estou colocando muita fé nisso. As vezes eu tenho vontade de te acordar nem que seja a tapas, porque eu realmente preciso de você agora. - suspirei e peguei em sua mão. - Eu sempre estive ao seu lado, sempre te apoiei e te ajudei apesar de tudo o que houve entre nós dois. Eu achei que iria perder o homem que eu amo e por sua culpa, eu chorei dias e dias também por sua culpa e eu agora só peço que por uma vez na sua vida, você pense em mim. Eu sei que bem no fundo você pode me ouvir, então me ajuda, Matt. Eu não posso recuperar o Miguel sozinha e você sabe disso, então por favor, me ajuda.

- Maya, podemos conversar? - olho para o lado e vejo o doutor parado na porta. Assinto e me levanto da poltrona, saindo do quarto em seguida.

- O que houve, doutor? - perguntei ao reparar que ele está um pouco nervoso.

- Bom, eu lamento não ter uma maneira melhor de dizer isso mas... O hospital não quer cobrir os gastos do Matheus. - o encarei incrédula.

- Como assim? O que quer dizer com isso? Vão transferir o Matt?

- O Matheus é praticamente um morto-vivo. Mesmo se ele acordar desse coma, não durará mais que dois meses e o hospital não quer mais cobrir com os gastos. - o olhei desacreditada e ele continuou a falar. - Você tem duas opções, Maya. - ele respirou fundo e voltou a dizer. - Você pode transferi-lo para um hospital particular ou...

- Ou? Ou o que? - o incentivei a continuar.

- Ou pode autorizar o hospital a desligar os aparelhos. - balancei a cabeça negativamente como se tivesse acabado de ouvir a pior loucura do mundo.

- Está louco. - murmurei. - É, isso. Enlouqueceu! - concluí - Acha mesmo que eu iria permitir que desligassem os aparelhos? Que droga! Ele vai voltar. - senti meus olhos arderem e respirei fundo afim de não deixar nenhuma lágrima descer. - Ele vai voltar. - murmurei mais para mim do que para ele.

- Maya, eu só estou dizendo que o Matt está em coma e pode ficar assim durante anos... Bom, não ficará por tanto tempo e você sabe porque. Então eu acho que...

- Prepare a transferência dele. Vou tratar de levá-lo a um hospital particular. - o cortei. - E não quero que ousem tocar naqueles aparelhos. Se são eles que mantém o Matt vivo, então eles continuarão ligados. - ele assentiu e saiu. Eu respirei fundo e me encostei a porta.

Deus! Eu estou precisando de dinheiro. Preciso pagar o Rafa e preciso arranjar dinheiro para pagar um hospital particular, eu não queria mas vou ter que pedir ajuda aos meus pais. Pelo menos para pagar o hospital, porque em relação ao Rafa, eu vou cuidar disso. Vou dar o meu jeito e arranjar esse dinheiro absurdo que ele está me pedindo. Eu tenho que dar um jeito.
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Nota: Eu sei, eu demorei mais do que normal. Mas vejamos pelo lado bom, vou postar hoje, amanhã e depois de amanhã seguidamente... Eu tive uns contratempos mas gente, eu estou tão feliz. O ano mal começou e eu estou recebendo novos leitores, aliás, aos novos leitores, sejam bem vindos... E aos antigos, eu amo vocês seus lindos. Por estarem comigo desde o começo!!! Vocês são demais.

Enfim, beijos e até amanhã!!!

Uma Patricinha DiferenteHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin