Guess Who's Dating A Werewolf

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- Sim. Sim, sim e sim. Porra, eu estou quase sem palavras, Zayn! Por que você fez isso assim, do nada? - respondi, totalmente sem graça, enquanto ele riu, harmonioso.

- Nem eu sei como consegui fazer isso - disse ele, ainda rindo - Mas agora que fiz, será que posso beijar meu namorado?
- Nunca mais se atreva a pedir isso. - eu disse, e ele me olhou com uma expressão confusa, até que eu continuei: - Não peça, faça. Sempre que quiser.

Ele riu e puxou os meus lábios, simultaneamente, até que eu perdesse o fôlego e o lençol caísse outra vez. Hoje não poderia estar sendo mais perfeito, e sim, aquilo poderia ser um passo maior do que nossas pernas, um tiro no escuro, mas quando o amor parecia mútuo, nenhuma regra importava mais.

E quanto à Zayn, tudo que vinha em minha mente era: Ele é um monstro, uma criatura mal compreendida por
todos. Um ser que tira vida de inocentes quase que diariamente. Mas eu tenho ele, e ele tem a mim, isso é o
que realmente importava. E não importa a quantidade de litros de sangue que é necessário pra satisfazer suas necessidades, eu estarei com ele por toda a eternidade, e além. Eu sempre pertencerei a ele.

Pov Josh

Já eram três da tarde e eu continuava apreensivo, afinal, Zayn ainda não tinha trago Liam com vida e eu já estava pensando se o mataria com faca ou arma. Aquela teria de ser a noite perfeita pra Liam, caso contrário, Zayn teria que se ver comigo e o meu elfo, que por falar nele estava do outro lado do quarto de Liam, se distraindo com a vista da janela.

Mas não estávamos lá sozinhos: Louis, Harry, Frank e um Stephen abandonado e totalmente emburrado estavam espalhados pelo pequeno quarto. Louis e Harry se pegando na cama, Frank se distraindo com seu Nintendo DS, e Stephen de "vela" para o casal irriquieto, que se pegava com tanta intensidade que poderiam transar na nossa frente, a qualquer momento. Eu não duvidaria.

O motivo da raiva de Stephen? Bem, parece que o nosso pegador foi fisgado pela notícia de que Frank estava à esperando de uma garota, Cher, que ele conheceu no colégio durante o tempo em que Liam estava desaparecido. Talvez Stephen nem estivesse com ciúmes, e sim com o ego perfurado, já que ele pensava que os heterossexuais que ele "convertia" sempre iriam preferir à ele, e a ideia de que Frank mal o cumprimentou durante sua estadia não o agradou muito. Enfim, a garota disse que chegaria em instantes e Josh estava tentando ocupar sua mente com joguinhos.

- Dá pra parar com isso? Hey, vocês dois! - disse eu, tentando intervir a voracidade sexual do "casal-lobisomem" - Tem héteros aqui dentro, será que vocês não se intimidam nem com isso?!
- Não tão hétero quanto parece, de fato... - soltou Stephen, mas Frank não pareceu dar à mínima, e só depois de alguns segundos, indagou: - Hein? Alguém falou comigo?
- Não, Frank, ninguém falou com você. Continue aí, no seu jogo. - respondi, tentando evitar uma confusão, e me dirigindo à janela, aonde um loiro de olhos azuis encarava o horizonte de maneira distraída, com uma expressão relaxada. Seria fofo, se ele já não fosse perfeito.

- Hey, anjo. - chamei sua atenção, abraçando-o por trás e me juntando a ele na sua observação. O sol brilhava fraco, mas ainda se podia ver a estrada de ferro do expresso, a estrada pela qual Stephen veio e que ligava Londres à nossa cidadezinha. - Posso saber no que está pensando ou é algo particular?

A pergunta que fiz pareceu ter acordado Niall de um transe, e ele me olhou por cima dos ombros, onde encontrou meus olhos fitando os seus. Um sorriso involuntário estampou-se nos meus lábios, e ele fez o mesmo ao rir da mesma maneira.

- É, eu tenho que te contar logo mesmo. É sobre o meu avô. Ele está mal, Josh. E eu sei que você deve estar surpreso, pois você gosta muito dele, eu sei disso.

Niall disse, e eu gelei. Durante o mês inteiro eu e Charlie viramos grandes amigos, e muitas vezes eu fiquei no hospital com ele, mesmo sem Niall. "Baby Charlie" era como eu o chamava, e pus esse apelido nele por achá-lo tão fofo quanto um bebê (E também por ambos usarem fraldas, foi isso que disse à ele quando expliquei o motivo de chamá-lo, e lembro que ele riu bastante). Charlie jamais seria um daqueles velhos ranzinzas, e por isso eu me afeiçoei bastante por ele, além de que Niall, Greg e Charlie eram minha família agora. Ambos me tratavam como nunca ninguém antes, e por sermos homens, nos entendiamos muito bem, e muitas vezes recebíamos advertências do hospital por fazermos bagunça no quarto de Charlie.

- Niall, mas...é Charlie...não tem como, sei lá, você tentar curá-lo com o seu dom? - perguntei, ainda aflito, enquanto ouvia os estalos na cama que Louis e Harry, por jamais conseguirem se conter, faziam.
- Sim, Josh, eu posso fazer isso. Mas, ele...ele me disse que quer estar perto da minha vó o quanto antes. Ele sente tanta falta dela. E eu, o que devo fazer? Devo curá-lo ou devo deixá-lo ir?

Nossa conversa foi interrompida pelo ronco de uma moto e a parada de um carro, na frente da casa dos tios de Liam. Uma garota, que talvez fosse a tal Cher, desceu do carro e deu um beijo no motorista (que provavelmente fosse o pai dela) que acelerou assim que ela adentrou na casa. Enquanto isso Zayn e Liam, que vinheram na moto, desceram e surpreendentemente entrelaçaram as mãos e entraram pela porta dessa maneira, encarando um ao outro.

- Baby, olha: iremos pensar nisso com calma, tá bem? A gente vai achar a melhor solução pro seu avô, e ele vai ficar bem. Mas agora, temos de ir até lá embaixo, ms. Lucille já deve ter preparado o jantar e Frank disse que tem um comunicado pra dar, além de que todos já desceram assim que ouviram os outros chegando lá fora. Então, vamos pensar nisso assim que tudo por aqui acabar, está bem? - respondi, encontrando uma tranquilidade em mim que nem mesmo eu sabia que tinha.

- Você está certo. Aliás, você está sempre certo. Obrigado, eu te amo. - respondeu Niall, e sua tensão parece ter se esvaído quando dei-lhe um selinho, lento e carinhoso.
- Gostou? - perguntei.
- Muito, mas acho que quero negociar mais uns desses quando chegarmos em casa.
- Haha, tudo bem. Agora, vamos descer!

Niall assentiu, e fomos pelo corredor até chegarmos as escadas, onde descemos e encontramos todos na sala em volta de Frank e da garota.
- ...E eu quero anunciar aqui, esta noite, que eu quero pedir algo para Cher: - foi o que conseguirmos acompanhar assim que chegamos na sala: - Cher Lloyd, você aceitar comigo?

O alvoroço foi grande por toda a sala, e junto com todos os outros presentes na sala - mrs. e ms. Payne, Liam e Zayn e Harry e Louis, exceto por Stephen, que estava isolado em um canto, bufante - aplaudimos enquanto assistíamos a garota, visivelmente emocionada, dizer que sim.

Todos fomos cumprimentar o casal, mas antes que ms. Lucille pudesse pôr o jantar na mesa, Liam interveio, chamando a atenção de todos. Ele parecia bem mais encorajado do que antes mas, talvez por se tratar de seus familiares, ainda estava meio acanhado.

- Er, bem...primeiro eu gostaria de parabenizar Frank pela namorada, e desejar felicidades pra vocês. Seja bem-vinda, Cher! - disse ele, e o casal assentiu agradecido. - E eu, eu também tenho um comunicado a fazer, aqui, na frente de todos. Zayn, pode se levantar, por favor?

Zayn estava tão recluso que nem parecia aquele monstro terrível, que certa vez pude presenciar a sua transformação. Ele parecia exatamente o que ele era: um homem, nervoso por estar conhecendo os parentes da mulher. A única coisa que mudava ali era que ele estava conhecendo os parentes de um outro homem que, diferente dele, era um humano. Mas, mesmo com toda a timidez, Zayn não hesitou em pôr as mãos na cintura de Liam e encará-lo, e ambos assentiram como se estivessem entrado em um consentimento entre eles.

- Tio Ben, tia Lucille. Este é o Zayn, meu namorado. - o formato de "O" na boca de todos os presentes era inevitável, pois apesar de nós já estarmos acostumados com aquilo, ali eram Zayn e Liam...namorando? Oficialmente? Depois de uma noite de sexo? E os tios de Liam, Frank e sua namorada? Como reagiriam à aquilo?

Dear Werewolf || Ziam Mayne FanfictionWhere stories live. Discover now