It's Time To Come Back Home

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  Pov Stephen

Estavam todos lá pra se despedir de mim: Ben (o tio de Liam, com quem a gente veio até a estação), Lucille, a tia adorável dele, Liam, juntamente de Zayn e seus amigos Louis e Harry, os quais eu fui apresentado a pouco tempo. Harry me pareceu charmoso, e até simpático, mas Louis, ah, esse parecia muito, muito sexy, além de bem-humorado. Seria o cara perfeito para se encontrar em uma rua deserta após uma noitada, e levá-lo para casa após um gole de whisky em bar qualquer.

Estava perdido em pensamentos, apenas assistindio Louis sendo beijado por Harry em uma janela da sala de espera. Ambos escorados em uma árvore, distribuindo beijos calorosos, e por um instante fiz uma enquete para mim mesmo, com a seguinte pergunte: Como seria uma orgia com os dois? Resposta: Melhor orgia de todas! Foi então que ouvi passos rangerem a madeira velha do piso da estação. Os passos pareciam estar destinados minha direção, e realmente foram, mas não me virei, pois sabia quem era.

Frank estava ali, eu podia reconhecer pelo seu perfume másculo e inebriante, e isso me fez lembrar do que tivemos há uma semana atrás. Sim, faz uma semana desde que a casa esteve só e eu pude" conhecer Frank melhor". E eu continuei por ali, pelo simples fato de ainda ter Frank ali. E pela primeira vez em minha vida, eu senti uma sensação estranha, como se, caso eu fosse, eu deixaria uma parte de mim naquele lugar. Naquele lugar simplório, fora de todos os prazeres de Londres, e praticamente sem esperança. Ali foi o mais próximo que eu consegui de acreditar, pela primeira vez, no mito do amor.

Não foi só o sexo. Foi tudo depois dele...

Flashback ON

Depois que tomamos um banho cheio de fogo, Frank foi até aonde um esconderijo, onde o pai, que era alcoólatra, ocultava suas bebidas. De lá, ele tirou uma garrafa de vinho, e começamos a degustá-lo no quintal, admirando o céu estrelado que havia ali. Sem taças ou copos, bebíamos diretamente do gargalo, e a cada gole era como se minha sanidade fosse embora. Lentamente, iniciamos uma conversa totalmente sem sentido, até que eu me deitei sobre seu ombro, enquanto ele começou um afago carinhoso em meus cabelos. Eu poderia dormir ali, se a posição não fosse meio desconfortável.

- Vem cá. - chamou Frank de maneira imperativa, e eu o obedeci, indo me aconchegar entre suas pernas, e tendo de volta o carinho de volta em meus cabelos.
- Você. Você age como uma garota. É tão sensível ao meu toque. Olha como você você está arrepiado! - disse ele, apontando para meus braços repletos de pelos eriçados. - Eu sou gay. É óbvio que eu me arrepio com o toque de um homem. Acontece com todos, não se sinta tão especial por isso. - revidei.
- Não fale dos outros, não me interessa. Não quero que você fale deles enquanto estivermos juntos.
- Então, estamos...juntos? - perguntei, a esperança contida em meus olhos. Mas ele apenas me puxou para seu peito, e continuamos observando as estrelas em um silêncio constrangedor.

Flashback OFF

E ficou nisso...palavras não vieram, o tempo ficou contra nós e, depois daquele dia, nunca mais ficamos à sós, e então chegou o dia que eu tinha que ir embora. Mas confesso que agora, além de Liam, estou deixando uma parte de mim com outro alguém: Frank Payne.
- Então, você vai mesmo né? - ouvi-o dizer, um notável desapontamento em sua voz. - Sim. Eu preciso. - respondi, me virando para encará-lo.

Ficamos em um certo silêncio, até que ele resolveu quebrá-lo, dizendo: - Você vai ficar bem? Nada de drogas dessa vez, apenas álcool, valeu? - lembro-me que uma vez contei a ele que eu usava drogas constantemente, e ele me alertou, como se cuidasse de uma pessoa especial, e eu não pude deixar de rir com isso.
- Nem cigarro?
- Nem cigarro.
- Okay, eu vou me esforçar e não vou fumar.
- Tente imaginar eu te batendo caso você faça desista, isso vai ajudar bastante. - disse ele, o sorriso humorado Payne fazia presença entre seus lábios.

- Okay, papai. E então, amigos? - perguntei, estendendo minha mão para ele. Ele a encarou, e depois olhou em meus olhos, e apertou minha mão, mais antes que eu pudesse recuar, ele me beijou, com sua mão ainda colada na minha. Foi um beijo lento, calmo e foi um agradecimento mútuo, tanto meu quanto dele. - Amigos. - respondeu Frank, abrindo os olhos e rindo novamente.

- Stephen. - ouvi a voz de Liam, e olhei até a porta, não havia ninguém além de nós, todos correram assim que ouviram o apito do trem. Ele parecia estar ali há algum tempo, e acho que viu Frank me beijar, mas ele não parecia reprovar, já que ria terno em nossa direção. Não aguentei vê-lo assim, e corri até ele, abraçando-o forte e o levantando do chão.
- Anãozinho, você vai fazer falta. - disse, abraçando ele sufocantemente.
- Não mais do que você.
- Promete escrever todo dia?
- Agora que aprendi a enviar cartas, com certeza.
- Ótimo, e quanto ao que eu sei que você viu... - disse, sussurrando em seu ouvido, mas ele me interrompeu com um "Shh, não precisa, eu vi tudo, tá tudo bem", acompanhado de um sorriso apaixonado, e eu olhei até o motivo daquela felicidade instantânea, e Zayn estava parado a poucos metros dali, e ergueu a cabeça assim que percebeu que eu olhava para ele, e eu acenei como resposta.

Finalmente havia chegado o dia de partir. As partes de minha que pertencia a Londres gritavam de excitação, mas as partes que eu havia deixado aqui choravam junto com a tia amorosa de Liam, que alegou odiar despedidas.

Resumindo: a cada abraço e cumprimento que recebia, eu percebi, cada vez mais, que eu estava quebrado. Mas isso vai passar, com um porre de whisky bastante forte. Porém, sem drogas dessa vez.

Ah Frank, você foi o perfeito amor de verão. Mas eu volto um dia. E nesse dia, quem sabe, a gente revê a nossa "amizade".   


Dear Werewolf || Ziam Mayne FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora