Bilbo Bolseiro, o Breeder

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– Bilbo! Bilbo! – Um jovem hobbit de cabelos negros encaracolados e olhos azulados gritava, chamando seu primo. Já o tinha procurado por toda a casa, na verdade tinha vasculhado os quartos duas vezes e a biblioteca três vezes, não sabia mais o que fazer! O conselho tinha mandado que Bilbo estivesse lá no final da tarde para receber a comitiva de anões vindos de Erebor, que iriam julgar o jovem Breeder como apto e fazer com que ele assinasse o contrato matrimonial. Estava quase na hora da reunião e o jovem Bolseiro ainda não tinha sido encontrado!

– O que eu vou fazer...? – Perguntou o garoto, sentando-se aos pés de uma árvore no quintal. Estava cansado de toda aquela correria, já sentia uma dor de cabeça se formando... Na verdade, nos últimos dias, tinha sentido que estava ficando doente...

"Deve ser devido a todo esse estresse causado por essa maldita cerimônia..." Pensou.

THUND!

Algo caiu sobre a sua cabeça, o hobbit olhou para o chão e viu que um livro jazia ao seu lado. Logo, olhou para cima, assustado com o fato de que livros estavam caindo do céu ou das árvores, mas não era essa a verdadeira causa... Um jovem hobbit dormia sobre os galhos da velha árvore, com um livro aberto em seu colo, enquanto outros se encontravam em outros galhos...

– Bilbo... – O garoto suspirou aliviado ao encontrar o primo. – Bilbo! Acorda! Tens uma cerimônia para ir! – Choramingou o menor, usando um galho para cutucar o pé descalço do mais velho.

– Hum... Drogo... Vai embora... – Resmungou Bilbo, ainda de olhos fechados. – Por que não vais amolar outro hobbit?

– Porque minha responsabilidade é te amolar! – Cutucou com mais força o pé.

– Por Yavanna... Como és teimoso! – Rosnou Bilbo, tentando retirar o pé daquele flagelo.

– Aprendi isso contigo! – Sorriu o garoto. Bilbo suspirou cansado, sabia que Drogo não desistiria de importuná-lo.

– O que queres afinal? Que eu me arrume para essa cerimônia idiota? Pois eu não dou muita importância a ela... Que aqueles velhos resolvam seus problemas sozinhos e não me forcem a resolvê-los!

– Bilbo...

– Não me olhes assim, Drogo, sabes que é verdade! O que o conselho fez por nós? Nossos pais morreram e eles não nos ajudaram nem mesmo no enterro! Eu reconstruí o Bolsão com as minhas próprias mãos! E agora, eles querem que eu abandone tudo o que construí para me casar com um anão! Pois eu digo não!

–Reconsiderar? E quem é você? – perguntou Bilbo, um tanto rude. Normalmente, ele era muito educado, mas naquele dia não estava inspirado a ser cortês – Como entrou na minha propriedade?

–Pela porta da frente, ela estava aberta... – respondeu o velho. Bilbo olhou imediatamente para seu primo, que engoliu em seco e sorriu nervosamente, revelando sua culpa.

–De qualquer forma... Você não respondeu minhas outras perguntas! – observou o mais velho dos Bolseiros.

–Meu nome é Gandalf. Não sei se você se lembra de mim... Sua mãe costumava falar muito de você para mim...

–Oh... Gand... Gandalf? – Bilbo parecia estar pensando naquele nome. Drogo, ansioso, esperava pela resposta, curioso para saber quem era aquele estranho – Oh! Lembrei-me! Você é aquele senhor que fazia fogos de artifício! Veio para a comemoração... Suponho? É uma pena que eu não vá participar, seus fogos de artifício são fenomenais... Se bem me lembro!

–Fico feliz que você tenha se lembrado de mim... Mesmo que seja apenas por causa dos fogos de artifício... Essa é apenas uma das minhas atividades, minha verdadeira profissão é ser um mago...

Os dois reis sob a MontanhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora