Capítulo 2 - parte 2

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Leiam as notas finais por favor...


– Como pode sugerir uma coisa dessas? Depois do que aconteceu...– Sua voz falhou.

– Com Alexa? Eu falo, já que você não consegue. Alexa tomou uma decisão tola e pagou por isso. Camila é diferente; ela tem juízo. Mas isso não importa, se você concordar – acrescentou ela, repelindo outros protestos de Taylor. – O fato é que ela agora está fraca e precisa de sangue. Cuidarei para que o consiga, depois descobrirei quem fez isso com ela. Você pode vir ou não. Fique à vontade.
Ela se levantou, arrastando Camila.

–Vamos.

Camila a seguiu obedientemente, satisfeita em, enfim, se mover. O bosque era interessante à noite; nunca havia percebido isso. As corujas lançavam chamados desolados de caça pelas árvores e ratos-veadeiros fugiam de seus pés que deslizavam. O ar era mais gelado em certos trechos, como se esfriasse primeiro nas cavidades e declives da mata. Ela achou fácil se mover em silêncio ao lado de Lauren pelo leito de folhas; a questão era ter cuidado com onde pisava. Camila não olhou para trás para ver se Taylor as seguia.

Ao saírem do bosque, Camila reconheceu o lugar. Tinha estado ali naquele mesmo dia. Agora, porém, havia uma espécie de atividade frenética: luzes vermelhas e azuis piscando em carros, lanternas emoldurando as formas reunidas e escuras de pessoas. Camila os olhou com curiosidade. Várias eram conhecidas. Aquela mulher, por exemplo, com o rosto magro atormentado e os olhos angustiados – tia Patricia? E o homem alto ao lado dela – o noivo de tia Patricia, Jerry?

Devia haver mais alguém com eles, pensou Camila. Uma criança de cabelo tão claro quanto o de Camila. Mas, por mais que tentasse, não conseguia formar o nome em sua mente.

As duas meninas de braços dados, paradas diante de uma roda de policiais, daquelas duas ela se lembrava. A alta loira que chorava era Dinah. A de cabelos pretos, Normani.

– Mas ela não está na água – dizia Dinah a um homem de uniforme. A voz tremendo à feira da histeria. – Vimos Taylor retirá-la. Já falamos isso várias vezes.

– E você a deixou aqui com ela?

– Tivemos que deixar. A tempestade estava piorando e ainda havia algo que estava a caminho...

– Deixe isso pra lá – Normani interrompeu. Ela só parecia um pouco mais calma do que Dinah. – Taylor disse que se ela... tivesse de deixá-la, a colocaria deitada sob os salgueiros.

– E onde está Taylor agora? – perguntou outro homem uniformizado.

– Não sabemos. Voltamos para pedir ajuda. Ela deve ter nos seguido. Mas quanto ao que aconteceu com... com Camila... – Dinah se virou e enterrou a cara no ombro de Normani.

Elas estavam nervosas por minha causa, percebeu Camila. Mas que coisa boba. Posso esclarecer tudo. Ela partiu em direção à luz, mas Lauren a puxou de volta. Camila olhou para ela, magoada.

– Assim não. Escolha os que quiser e vamos atraí-los para fora – disse ela.

– Que eu quiser para quê?

– Para se alimentar, Camila. Agora você é uma caçadora. Aqueles ali são a sua presa.

Camila passou a língua no canino, em dúvida. Nada ali parecia com comida. Ainda assim, como Lauren falou, ela estava inclinada a dar a ela o benefício da dúvida.

– O que você achar melhor – disse ela, obediente.

Lauren inclinou a cabeça para trás, semicerrou os olhos, observando a cena como um especialista avaliando uma tela famosa.

The Fury - Vampire Diaries  (Camren adaptation)Where stories live. Discover now