O sujeito

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Na vida a erros que cometemos e verdades que desconhecemos, por vezes nos deparamos com as manchetes do destino e nem ligamos, preferimos fechar os olhos de medo do que abri-los e encarar com impavidez, digo sempre que não tenho medo do presente omitido mas sim do futuro desconhecido.

A Emmily e eu acabamos de ter um acidente, meu corpo todo doi e acho que torci o ombro direito, não sei se ela tem algum ferimento grave e para melhorar a situação chegou um sujeito de 1,80 metros, com um olhar suspeito, moreno, tinha barba por fazer e vestia um casaco azul, com o ziper aberto mostrava uma t-shirt preta, usava calças largas e umas botas de couro claro.
Após ele ter ficado alguns minutos parado a minha frente deu as costas e foi ao poste e retirou a corrente que estava lá presa, voltou-se para nós com um sorriso tenebroso

- Que bela pescaria – disse ele enquanto ajeitava o queixo com a mão direita
Eu queria interroga-lo se tinha sido ele que colocou aquela corrente, Mas acho que é óbvio porque ele não parava de sorrir, então retirei o capacete, levantei-me lentamente com dificuldade e o encarei Eu queria libertar algumas palavras mas ele interrompeu-me dizendo:
  – Rapaz faz um favor a ti próprio, deixa tudo e vaza…

- O quê que você esta para aí dizendo? – A Principio eu não entendia os seus motivos, reparei que ele estava segurando firme a corrente então preparei-me para o que estava por vir.
- É Para você dar um fora otário! – falou enfurecido

- Você não sabe que podes ir preso? Nos podemos falar e…

- Preso? – Soltou uma gargalhada – agora neste mundo já não existe leis!

- Só por uma situação que os oficiais estão tendo dificultares em lidar?

- Ingénuo, O próprio presidente acabou de fugir, e 50% do pais esta infectado, isso agora tornou-se um jogo de sobrevivência, eu fiz essa armadilha para pescar suprimentos mas acabou vindo com bónus – fez um sorriso peculiar olhando para Emmily.

Parecia que o meu coração tinha sido atropelado após ouvir aquelas ultimas palavras, um sentimento de fúria foi crescendo dentro mim, vou ter que defender aquilo que me pertence. Eu nunca fui de lutar, tenho um porte físico bem fraco para brigas, ao contrario daquele homem que parecia ser forte pelo estado fisico que aparentava, mas para proteger a Emmily eu tinha que dar tudo de mim e fazer o impossível acontecer.

Fechei os punhos e olhei-o bem no fundo dos olhos tentando-o intimidar - Você hoje não ira levar nada – falei determinado a não ceder.

Ele começou a balançar corrente dando as voltas que com o tempo foi ganhando velocidade.

- Eu te avisei ,e agora eu vou te ensinar a obedecer! – Começou dando alguns passos afrente angariando rapidez, com a mão direita fez um ataque repentino com a corrente e eu esquivei-me com facilidade rebolando para sua esquerda, ele fez um segundo ataque a minha direita me apercebi antes e consegui esquivar mas a ponta da corrente tocou no meu lábio inferior fazendo um corte.

Antes que ele tomasse a posição para fazer outro ataque eu decido atacar e acabo por dar um soco no estômago do desgraçado, Após o feito Tentei me afastar um pouco mas ele pegou me pela gola do casaco e deu me uma cabeçada fazendo com que eu perdesse o equilíbrio.

Sem perder tempo Levantei-me e manti a distancia e ele já estava posicionado para fazer outro ataque com a corrente, então parei para pensar numa forma de contra-atacar e acabei tendo uma ideia. Ele gritou de raiva e começou correr em minha direcção balançando a corrente apostando tudo em um ultimo ataque, eu fiquei parado sem mover um único músculo foi então que ele lançou a corrente tentando chicotear-me pela 3 vez, em um acto rápido curvei o braço direito a frente do meu rosto em forma defensiva fazendo a corrente entrelaçar no meu antebraço, senti uma dor aguda no braço mas decidi ignorar e sem exitar eu puxo o indivíduo até mim preparando o meu punho esquerdo para socar aquela cara nojenta. Foi ai que me apercebi da presença da Emmily atras do sugeito.

RE/viverOnde as histórias ganham vida. Descobre agora