Luana.

Senhor Ross

" Olha Otávio, eu estar aqui cuidando de você não significa que está tudo bem entre a gente, que tudo se resolveu. Eu nunca abri meu coração para um homem, na verdade acho que nenhum queria entrar por eu ser uma ridícula feiosa, mas com você foi diferente, foi como um vírus que invadiu minha vida, se alastrou direto para o meu coração. E não pude controlar os sintomas, são mais fortes do que eu, mas forte do que minhas convicções. Vai me doer como o diabo, mas vou me afastar de você, vou preservar o pouco que restou do meu coração."

Suas palavras foram como mil armas apontandas para mim e disparados ao mesmo tempo, acabou comigo. O pior foi seu olhar sofrido, me pedindo algo que não entendi. Eu quis dizer que a amava, me declarar em vez de ficar pateticamente paralisado, mas fiz alguma coisa? Nãooo. Idiota é, eu sei.
Preciso resolver essa situação, droga, e rápido. Luana podia se tornar uma bomba relógio quando se tratava de raiva, e eu não quero ser o alvo dela.
Ainda bem.
Já sei, como um ser como eu não pensei nisso antes? Pego meu celular e ligo para algumas pessoas, seria minha última cartada e espero ficar com o prêmio, no caso minha Ana.
Senão perna pra quem tem e ouvido pra quem quer ouvir. O que no caso eu não quero.
Mas não quero ser como um cachorro que coloca o rabo entre as pernas e foge feito um covarde, e ainda tem aqueles que dizem que o amor deixa a pessoa boba, pura mentira de quem não tem o que fazer.

Tomo um banho rápido e saio para concretizar meu plano, meu quase perfeito plano que só tinha uma falha: LUANA.