O Prazer do Desespero

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Sábado, 30 de outubro de 1995. Uma data importante para a nossa cidade, onde adultos e crianças tem a possibilidade de virarem aquilo que não são visualmente mostradas. Escondendo-se uma máscara na outra. Embora tenha pessoas ingênuas no meio do feriado, sempre foi assim, se tornavam diferentes pessoas do que já eram.

Durante a noite, enquanto as crianças entretêm a vizinhança povoada com barracas e doces suculentos e maravilhosamente deliciosos, há um caso entre a transição do final do Halloween para o outro dia do mês, um caso de pedofilia junto com um estupro coletivo. Não importando como aumentam a segurança ou fazem rondas como descrevem nos jornais, jamais o jornal foi sincero por si só para a região de seus leitores. Uns podem até discordar mas eu tenho a prova, e ele esta no meu hímen e na ficha hospitalar que eu dei entrada dia 1 de Novembro. Nesse dia que eu dei entrada, foi o mesmo dia que fiz a Himenoplastia. Ninguém soube do meu caso, a não ser o Dr.Lion e minha mãe. Minha mãe levou para o hospital quando me viu sangrar pela vagina e pelo fato que eu estava a mostra com edemas em quase todo corpo. Embora ela achou que fosse uma briga que eu tivesse entrado, eu apenas abri a boca quando o doutor me perguntou.

No consultório, com uma voz perto de ser um miado, com o corpo tremulo de frio pelo ar condicionado, friccionalmente ele me examinava em todo corpo vendo que se tinha algo mais grave. Apesar que ele falou que era comum, minha mãe só entrava em estado de lágrimas todos os momentos e vinha-me a abraçar com cuidado para que eu não sentisse dor.

Mesmo atualmente com todo tratamento e carinho que me deram, tenho uma cicatriz desde aquilo que esta no meio seio esquerdo em forma de "V" direcionando para meu umbigo.

Lembrar de todos os momentos que três garotos de aproximadamente me segurando num beco sem saída, colocando uma meia suja em minha boca enquanto me despem totalmente apenas deixando meus sapatos de fada rosa. A única coisa que eu mais odeio nisso, foi a sensação horrível da língua passando do meu pescoço e na minha partes íntimas e a parte que me penetram em seco, uma dor insuportável. Eu gritava de dor porém o som era abafado com a meia. Quando eles notavam a minha tentativa de chamar socorro, eles mais ficavam pirados e mais violentos. Cada vez piorando a sensação, e eles aproveitando o show do meu desespero para realizar seus fetiches. Queria que eles fossem punido na época, mas um guarda inútil jamais acreditara nos olhos de uma criança por acharem inofensivas.

Embora me recomendaram acompanhamento psicológico, jamais fui para resolver. Eu mesma não sei o porquê não vou.

"Enquanto eu lembrava disso, ele estava rindo da minha cara nesse momento, olhando diretamente com seus olhos amarelos com um fundo preto de sua alma aos meus. Seu sorriso largo e irônico se assemelham a de um palhaço me desejando boa noite".


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