Bônus- Gabriel

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A exatamente um ano eu sai do Rio de Janeiro pra morar no Paraná. Mudei repentinamente, com desculpas de ir para uma escola melhor, mas na verdade, eu fui tomar conta de uma favela de um amigo que eu conheci pouco tempo atrás em um das minhas saídas secretas para os bailes no morro do Alemão.

Deixei outra pessoa sobre o comando, e agora estou aqui, pisando em terras cariocas novamente. Não voltei só por sentir falta do Rio, mas também pra ir atrás da mulher que eu nunca esqueci, Fernanda Baleroni.

Ela foi e ainda e ainda é, a mulher que me faz perder todo o controle sobre mim, que me deixa louco e ao mesmo tempo apaixonado. Terminamos porque uma "amiga" dela armou para nois dois. Mas quando eu descobri a verdade, era tarde demais. E foi ai que eu resolvi ir embora. Ela não queria voltar e eu achei melhor da um tempo pra nois dois. As únicas cosias que eu fiquei sabendo sobre ela nesses meses que estive fora do Rio, é que os pais dela morreram e agora ela está sozinha. Pedi um dos meus aliados pra me passar informações, mas não consegui o que queria. Também fiquei sabendo que ela tá namorando, mais seja lá quem for, eu acabo com esse namoro em dois tempos.

Agora que eu voltei, estou disposto a fazer de tudo para te-la de volta e nada vai me impedir.

Fui direto pra casa dos meus pais, já que fazia tempo que não nos víamos. E tô chegando de surpresa, não avisei pra ninguém que estava voltando.

Peguei o táxi e observei a casa do lado de fora. Pouca coisa havia mudado. Toquei a campainha e minha mãe abriu ficando boquiaberta quando me viu.

Rebeca: Meu filho, que saudades - disse e me abraçou, correspondi da melhor maneira possível. Não gosto muito desses grude da minha mãe. Sempre fui muito rebelde, mas apesar de tudo também estava sentindo falta da minha coroa.

Gabriel: E ai coroa

Rebeca: Não muda mesmo né, Gabriel. Porque não me falou que vinha?

Gabriel: Foi de última hora - menti- cadê o coroa?

Rebeca: Tá na empresa. Alguém tem que trabalhar aqui né?!

Gabriel: Tá certo. E cadê a Vitória?

Rebeca: Ainda está na faculdade

Gabriel: Vou subindo então pra tomar um banho. Arruma alguma coisa pra mim comer ai que tô na larica - disse saindo pro meu quarto

Rebeca: Tá o que? - perguntou confusa e eu ri

Gabriel: Tô com fome mãe

Bem, Vitória é minha irmã e eu preciso muito bater um lero com ela, já que ela sabe dos meus esquemas. Ela é um pouco mais nova que eu, porém é muito esperta. Ainda não sei como ela descobriu, mas ela me ameaça as vezes a contar pros meus pais.

Eu não devia ter esse medo deles saberem, mas minha família é rígida sobre esses conceitos. Eu nunca precisei entrar nessa vida, mais como eu gosto muito de aventura, na primeira oportunidade não pensei duas vezes. E se caso eles souberem, eu tenho certeza que nunca mais vão olhar na minha cara. Um dia eles vão saber, mais eu prefiro adiar enquanto for possível.

Deixei minhas coisas encima da cama mesmo e tomei um banho rápido. Vesti uma bermuda jeans claro, uma camisa polo com um tênis preto. Desci e comi um sanduba com suco que tava encima da mesa e fui no quarto da minha mãe onde ela provavelmente deve está.

Cheguei na porta e ela estava deitado lendo alguma coisa.

Gabriel: Tô saindo. Vou pegar seu carro e mais tarde eu tô aí - disse fazendo ela se assustar e tirando sua concentração.

Rebeca: Já vai sair? Mal chegou.

Gabriel: Já mãe. Não mecha nas minhas malas. Quando eu chegar eu arrumo - falei por fim e sai. Peguei a chave do carro dela no lugar de sempre onde ela costuma deixar e sai em rumo ao Alemão. Tenho que conversar com o patrão e passar as informações pra ele.

Entre o bem e o malOnde as histórias ganham vida. Descobre agora