VIII

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Louis acordou na manhã seguinte com a cabeça que parecia estar tendo uma combustão espontânea.

— Ah, Deus — ele arfou, cegamente pegando água em seu criado-mudo. Mas porra, não havia nada ali e onde exatamente estava Niall? Ele não devia estar verificando ele e pegando-lhe um pouco de água?

Quando Louis finalmente tropeçou em seu caminho através da porta na noite anterior, o menino estava longe de ser encontrado, restando apenas uns restos de um ensopado irlandês na pia, indicando que ele tinha estado lá desde que Louis o vira pela última vez.

Ele não estava irritado nem nada do gênero. Não era como se tivesse planejado mentalmente seu discurso sobre a festa e Harry Styles no caminho de casa. Ele realmente desfrutou de sua paz e solidão. Se Niall estivesse lá, ele provavelmente estaria se acabando de tocar a porra do piano ou peidando.

Mas agora Louis estava acordado (falando no sentido mais generoso do termo) e estava fracamente agarrando o ar, com o travesseiro sob seu rosto enquanto ele calmamente sofria com sua existência.

— Niall — ele chamou fracamente, a voz sobrecarregada de sono e desidratação.

Champanhe era do mal. Era ótimo, divertido, te amava, mas era do mal.

— Niall — ele tentou novamente, mas a porta estava fechada e ele sabia que Niall estava longe o suficiente para ouvir os apelos fracos de Louis.

Felizmente, aquele era o século XXI.

Sentindo-se como tivesse sido arrastado para fora da bunda do diabo, Louis se atrapalhou com seu telefone, encontrando o nome de Niall (ele não estava dizendo nada sobre o fato de seu nome estar na lista de favoritos, que foi feita por conveniência e nada mais) e pressionando o botão com toda sua mísera energia de ressaca e pena que conseguia reunir.

Ele tocou uma vez.

— Tommo! — Niall respondeu de forma rápida logo que atendeu — Onde você está? Eu estava prestes a pedir Rory para comprar um pouco de comida.

— Você parece muito animado para estar acordado tão cedo — Louis grunhiu.

— É quase meio-dia.

— Meio-dia é cedo. Qualquer hora do dia envolvendo o sol é cedo.

— Não posso dizer que discordo com você, mas, mesmo assim, eu tinha aula. Acabei de voltar, na verdade.

Aula.

Era segunda-feira.

Porra.

PORRA.

— Porra — Louis repetiu e era quase um grito de desespero — Eu dormi mais do que deveria! Vou acabar sendo expulso da escola desse jeito.

— Não seja dramático. Então, o que você me diz? Quer algo em particular? Salmão? Um sanduíche? Lasanha?

— Eu vou precisar de gasolina. E um isqueiro. Tente achar um pouco de pólvora enquanto estiver fora.

— ... Será que isso tem a ver com Harry?

— Não. Bem... Quer dizer, poderia, mas não, Niall, eu acho que estou morrendo.

— Onde você está?

— No meu quarto.

— Você me chamou do seu quarto?

— Sim.

— Você está nele agora?

— Sim.

Houve uma pausa na outra linha e, em seguida, o som de passos pesados. A porta se abriu e lá estava Niall vestindo shorts pretos, uma camisa creme de mangas comprida e um boné, com o celular pressionado em seu ouvido. Ele parecia cansado, com sombras profundas sob os olhos, mas o brilho de seu sorriso afastava qualquer sinal de infelicidade para longe.

young & beautiful ➸ portuguese versionWhere stories live. Discover now