Capítulo 11

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Olá a todos!

Estava a pensar em deixar aqui uma mensagem a cada dez capítulos, portanto é a altura certa.

Como já devem ter reparado, existe mais que um ponto de vista na história. Isto acontece porque mais à frente todos terão um papel importante na missão de Pietro para destruir a Sociedade.

Para além do POV da Natália e do Pietro, existirão mais dois, um deles da Maria, a irmã dele, e de uma outra personagem que ninguém imagina por enquanto. 

Espero que estejam a gostar, e continuação de boa leitura!

Pietro POV

Não me importava de ficar mais um pouco com a Natália, mas já é tarde e amanhã tenho que acordar cedo para levar a Sabrina às compras no centro da capital.

Tenho essa obrigação enquanto bom namorado que sou, por mais que deteste ter que a acompanhar às centenas de lojas que vai fazer questão de entrar e ainda acabar por levar a maior parte dos sacos.

Despeço-me da Natália com um boa noite e subo até ao quarto da minha irmã na mansão principal.

Por sermos os únicos filhos, sempre nos demos bem. As únicas discussões que costumamos ter são as habituais entre irmãos, como por quem tem direito a mais mesada ou a ficar com a maior fatia do bolo, o que me leva a crer que o nosso nível de riqueza não é capaz de mudar as coisas mais simples. Para além disso, ela é muito parecida fisicamente com o meu pai, algo que eu não sou.

O que a Natália me disse deixou-me muito pensativo e com ainda mais pena dela. O facto de ter tido que fazer aquela escolha com apenas dezasseis anos, a idade da minha irmã, leva-me a crer que nunca aproveitou a sua adolescência.

Imagino-a deitada na cama de um dos seus quartos temporários a pensar se havia tomado a decisão certa. No fundo, talvez nem seja uma decisão, já que caso não tivesse dado uma resposta positiva poderia sofrer com consequências desumanas.

Como sempre, a minha irmã tem a porta trancada, porém nem me dou ao trabalho de bater.

— Ei! — grita ao ver-me entrar no quarto enquanto está deitada na cama a mexer no portátil.

— Posso saber o que foi aquilo? — pergunto.

— Não sei do que falas.

— Sua pestinha, achas mesmo que acredito nisso?

— Foi desta que deixaste aquela loira oxigenada com cara de cavalo?

— Maria!

— O que foi?! É verdade!

— Não voltes a falar assim da Sabrina. Já te pedi isso mais que uma vez, não me obrigues a repetir.

— Ainda não percebeste que ela só está contigo por fama?

— Que fama?!

— Dinheiro ela já tem. Achas mesmo que está contigo por quê? Amor? O que ela quer é ser conhecida e ter revistas atrás dela, tal como tu tens.

— Maria, por favor, já chega. Não vim aqui para falar sobre a Sabrina.

— Então diz-me uma coisa, quem era aquela com quem estavas a jantar?

— Era um jantar de negócios.

— Claro! Como se isso fizesse muito sentido dadas as circunstâncias! As empregadas até já se perguntam entre si sobre quem ela é e o que faz aqui!

— Maria, não te metes no que não te compete.

— Agora vens com essa conversa!

— Promete-me só que não vais te meter entre nós.

— Maninho, eu não tenho nada contra a mulher com quem estavas a jantar e até espero que fiques com ela e te esqueças daquela Sabrina.

— Prometes?

— Prometo — diz ao cruzar os braços.

— Muito bem.

— Espero que essa não tenha nome de sapato também.

— Maria!

— Pronto, pronto, não te precisas de ficar assim.

Saio do quarto dela e vou para o meu, que fica no corredor oposto. Quando chego, perco vontade de ir dormir só de me imaginar a acordar cedíssimo amanhã.

De qualquer forma também prometi ao Lorenzo que ia ter com ele durante a tarde.

O Lorenzo é o meu melhor amigo desde que entrei na faculdade. Durante os primeiros meses estudou enfermagem comigo, mas acabou por sair a meio do primeiro semestre para ir se licenciar em Artes Visuais, algo que sempre gostou.

A verdade é que uma festa sem ele não é a mesma coisa. Para além de ser conhecido por toda a gente, também é um ótimo jogador de póquer e especialista em todas as bebidas alcoólicas existentes.

Há uns dias ele prometeu-me que me levaria a um casino fechado ao público que o tio dele gere. Apesar de não fazer ideia na altura de que ele tinha família nesse ramo, aceitei de imediato pela garantia que ele me deu de que só os homens mais poderosos de Itália e vários outros países lá poderiam entrar.

E, afinal, sendo eu parte de uma família extremamente influente, também pensei na quantidade de novos contactos que poderia arranjar para mim e para os negócios do meu pai.



Implacável: A Assassina InocenteWhere stories live. Discover now