Capítulo 29

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Greg
Seriamente ainda não caiu a ficha de que a Luana estava de volta. Foi um baque muito grande. Já passaram tantos anos, e o pior é que eu não consigo simplesmente esquecer o fato de que ela estava aqui. Poxa vida, parece que virou mania pensar nela o tempo todo, e o pior é que a Clarisse estava meia que sem jeito com isso.
No dia seguinte quando eu fui conversar com ela, ela já estava mais suave nas palavras ao falar comigo.
Minha mãe gostou muito, do fato da Luana estar de volta, e eu percebi que a Luana tratava minha mãe com muito carinho, e eu não sabia o que fazer quando minha mãe tagarela falava da Luana la em casa perto da Clarisse. E de todas as situações as mais ruins foram quando a Luísa soube que a Luana havia chegado, e no almoço de sábado.
Eu cheguei em casa com a minha mãe, e a Luísa já estava nos esperando.

-Mãe como a senhora está? -ela pergunta assim que chegamos.

-Bem melhor querida. -diz minha mãe.

-Não passa um susto assim na gente de novo heim. -Luísa a abraça e senta no sofá.
Conversa vai, conversa vêm, minha mãe lembra do assunto, no qual eu quero esquecer.

-Você não acredita, quem agora é uma das médicas do hospital Luísa. -minha mãe diz.

-Quem mãe? -Luísa pergunta curiosa.

-A Luana e a Karem filhas. -minha mãe diz, e eu logo penso merda.

-Luana Karem, minhas amigas? -pergunta.

-Não acredito! Elas estão Greg? -Luísa me pergunta.

-É estão... -digo.

-Mas isso é ótimo! Lembro que perdi contato com elas, e faz tempo que não converso com elas. Isso é uma maravilha! -Luísa diz empolgada.

-Também achei querida, mas agora licença que eu preciso descansar um pouco. -diz mamãe indo para o quarto.

Luísa
Mal acreditei nas palavras de mamãe, não podia acreditar que elas estavam aqui de volta. Mal posso esperar para encontra las para conversar, botar o papo em dia.

-Greg, você tem noção do que está acontecendo? Aliás do que aconteceu. -perguntei sorrindo.

-Não tenho noção e nem quero ter, to saindo e manda um beijo para a mãe. -ele disse fugindo do assunto.

Saí correndo e fui até a porta onde ele estava e gritei:

-Pode negar o quanto quiser, mas eu sei que a vinda da Luana mexeu muito com você! -disse sorrindo e entrei para dentro de casa novamente.

Dias depois.
Resolvi aceitar que a verdade dói, e que poderia ser pior o meu encontro com o Greg.
Deixar o orgulho de lado, e conversar com ele, como amigos de velhos tempos não iria cavar na minha ferida. E se ele, não descobrir nada sobre o Joaquim pra mim está ótimo. Mas acho que se eu agir com agressividade com ele, pode vir a ser pior. Seriamente estou pensando em não ficar aqui por muito tempo. O que eu quero mesmo, é começar com uma meta, refazer a minha vida. Mas para isso eu quero trabalhar, para mais tarde sair daqui. Daqui a pouco é 24 e eu ainda era nova. Mas eu já tinha que tomar um rumo.
Meu medo de o Greg descobrir ainda era pouco, eu apenas o vi duas vezes, e dou graças por não estar me esbarrando com ele por aí. É muito menos com sua namorada, sinceramente pra mim cada vez que o via me sentia mal, insegura, com medo. Medo de não conseguir me conter, medo de que qualquer deslize possa estragar tudo.
Era sábado, estava em casa apenas com Joaquim, minha mãe e meu pai viajaram. Semana que vem, eu iria me mudar e era isso o que importa no momento. Preparei o café não demorou muito e o Joaquim chegou na cozinha se arrastando de sono.

-Bom dia bebê. -disse o pegando no colo.

-Bom dia mamãe. -ele disse encostando no meu ombro.

-Bora escovar os dentes? -perguntei sorrindo.

-Bora. -ele disse sonolento.

Então nós dois subimos para o banheiro e eu dei uma escovinha nos dentes pequenos dele.

-Sabe que eu estou pensando de agente sair hoje para passear? -perguntei sentada a mesa de café.

-Eba! -ele bate as mãos.

-Lembra daquele parque que eu disse que costumava ir? -perguntei.

-Lembro! -ele disse empolgado.

-Que tal darmos uma volta por lá? -pergunto.

-Sim, sim, sim! -ele gritou.

-Então você vai me ajudar com o almoço, para mais tarde nós irmos certo? -pergunto.

-Certo! -ele sorri.

Greg
Era sábado e eu iria almoçar na casa da minha mãe, a Clarisse estava lá comigo, Gui e Luísa também, estávamos comendo na mesa.

-Então Greg, como a Luana está? -pergunta Luísa e eu sei que ela queria fazer intriga.

-Normal. -disse apenas, eu não queria render assunto, ainda mais ali.

-Ela está linda Luísa, só está um pouco magrinha. Mas continua um anjo, uma doçura imensa sobre o que ela faz. -minha mãe elogia e eu vejo Clarisse ficar sem jeito.

Clarisse sabia de toda história, afinal ela foi minha melhor amiga quando eu deixei a Luana ir embora.

-Nossa mãe eu imagino, ela sempre foi um doce, amanhã mesmo eu vou chamar as meninas para visita-la. -diz Luísa rindo até no canto.

-Aproveita e chama à chama para vir almoçar com agente. -minha mãe diz.

Eu imagino onde vai o desconforto da Clarisse nessa altura, será que elas não perceberam que estão falando da minha ex-namorada...
Percebi que Clarisse comeu o mais rápido possível, e em seguida me pediu para levá-la para casa. E foi o que eu fiz, não conversei muito com ela. Eu também estava sem jeito com ela depois desse almoço.

Enquanto eu ia para o meu apartamento, minha cabeça parecia não funcionar direito, e em todos os outdoors que via pelo caminho, eu enxergava a Luana. Eu não queria pensar nela, mas quanto mais eu lutava para não pensar nela, acabava pensando.
Ouvi carros atrás de mim buzinar, o sinal estava aberto e eu estava ali parado, pensando na Luana. Eu tinha que pensar na Clarisse e não na Luana. Minha cabeça estava muito quente, decide estacionar e ir até o parque no qual eu costumava a ir com a Luana.

Luana
E e o Joaquim brincávamos na grama do parque, o tempo estava bom para brincadeiras, no parque não haviam muitas pessoas, o sol não estava muito quente, mas estava bem abafado o dia, fazendo um calor. Joaquim estava de bermuda branca, tênis e uma camisa azul. Eu vestia uma camiseta branca, uma bermuda estampada acima dos joelhos, e uma sandália de dedo preta. Depois que brincamos muito, e corremos por todo o parque nós deitamos na grama e ficamos olhando o céu. E que desenhos formavam no céu com as nuvens.
E no meio da nossa brincadeira alguém me chama:
-Luana?

Quando olho para trás, encontro com a pessoa na qual eu luto para tirar da cabeça.

-Greg... -digo baixo.

-Quem é ele mamãe? -pergunta Joaquim, e eu sinto meu corpo passar por um transe e soar frio ao mesmo tempo.


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