A beginning?

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Sua perna não parava de balançar. Mesmo se prendesse ela, continuava a se mexer. Não conseguia parar quieto. Estava nervoso, com medo e com vergonha. Por que teve que aceitar o acordo? Não queria conversar com a mulher. Não queria contar seu segredo para uma mulher estranha. E se ela o expulsasse dali por ser uma pessoa suja? E se ela contasse pra todo mundo? Sem perceber, agarrou a mão de Bang que estava a seu lado. Ignorou o choque que passou do encontro das mãos, e passou pelo corpo. Estava com medo e a única pessoa que parecia conseguir algum efeito sobre si, era o moreno. E não percebeu a cara de surpresa de Bang quando pegou a mão. Sentiu o moreno apertar de leve sua mão, mostrando que estava ali para protegê-lo, que tinha nada a temer. Por incrível que parecesse, uma calma começou a passar por seu corpo.

-Não se preocupe Channie. Vai dar tudo certo. Ela é uma das melhores psicólogas daqui. Se você não estiver gostando, pode sair. A gente paga e vamos embora. Podemos ir tentando até conseguir.

-M-Mas vai gastar dinheiro à toa.

-Não tem problema. Se for pra te ajudar, não tem problema. E eu tenho dinheiro do trabalho. – Bang comentou. Olhou para ele admirado. Como ele podia ser assim? Tão bom? Principalmente com alguém que ele conhece em menos de um ano? Ainda não entendia porque Bang ainda estava com ele. Por que insistia tanto em ajudá-lo. Sabia que eram amigos... Mas por que ele queria tanto ser seu amigo?

-O-Obrigado... BBang. – Sussurrou e pode perceber um sorrisinho surgir no rosto de Bang.

-Kim HimChan. – A secretária falou e seu coração congelou. Por reflexo acabou apertando um pouco mais a mão do moreno.

-Acalme-se. Você consegue Channie. Confia em mim. Você consegue. – Bang falou e HimChan olhou para ele. Se a secretária não tivesse chamado-o de novo, teria se perdido totalmente naqueles olhos. Se levantou. Seu coração batia mil vezes por segundo. Quando soltou a mão de Bang, só piorou. E quanto mais se aproximava da porta do consultório, mais medo sentia. Por que o mais velho não podia entrar com ele? Tudo seria mais fácil. Deu mais uma olhada para Guk, que abriu um sorriso enquanto fazia sim com a cabeça, incentivando-o a entrar, e foi o que fez.



HimChan saiu do consultório com os olhos levemente vermelhos, mas parecia estar aliviado. Seu coração ao vê-lo se acalmou. Percebera que ele estava melhor do que antes de entrar lá. Então ele havia contado para a psicóloga.

-BBang... Ela quer conversar com você. Na realidade... Eu pedi pra ela conversar com você...

-Comigo? – Perguntou curioso. Por que ela queria isso?

-É. Tem problema?

-Não. Mas... Você está bem?

-Sim, Estou. – HimChan respondeu convicto e sorriu levemente fazendo Bang abrir um sorriso maior.

-Então eu já volto. – Falou e entrou no consultório.

Ficou conversando com a pscicóloga. Ela deu algumas instruções para Bang. Não chegou a contar o que HimChan havia contado a ela, porque é anti-ético. Mas explicou que para o caso do garoto, era preciso de pelo menos uma pessoa que o incentivasse a sair mais de casa, a conhecer novas pessoas, a trabalhar também. Claro que teriam que ir com calma, no tempo de HimChan, mas ele precisava de alguém como apoio. Após agradecer, Bang saiu da sala encontrando o moreno sentado o esperando.

-Vamos? – Perguntou e ele respondeu com a cabeça um "sim".

-O que acha de almoçarmos fora? – Sugeriu.

-Não.

-Não?

-Não. Vamos para casa. Eu vou cozinhar hoje. – HimChan falou e Bang sorriu.

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