What Is Your Name?

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Os dois congelaram. Um arrepio passou por seus corpos e seus corações começaram a disparar de um modo que nunca havia acontecido na vida. O peito doía por causa daquelas batidas e parecia que o órgão fosse transpassar os músculos, a pele e sair. O som a volta deles não existia mais. Só o barulho dos batimentos cardíacos, e a respiração deles. Seus olhos estavam conectados. Quantas horas haviam se passado? Cinco? Dez? Um ano? Não sabiam dizer. Era como se estivessem hipnotizados. Um pelo outro. Por mais que tentassem pensar, desviar olhares ou se mexerem, nada conseguiam. Era como se o tempo parasse e só deixasse o coração e respiração deles em movimento.

-Voltei amor! – Yang-Mi sentou-se na frente do namorado sorrindo fazendo o homem se assustar e sair do transe em que se encontrava. – O que houve? Se assustou comigo?

-N-não... É que... – Ele falava enquanto se inclinava para os lados na tentativa de olhar para trás da garota, e encontrar novamente o dono dos olhos que havia acabado de ver. Ao conseguir um bom ângulo, se decepcionou. O homem não estava mais lá. Havia ninguém, só uma bandeja com um prato e copo vazios.

-Er... Você está bem amor? – A garota perguntou estranhando o namorado. – Está procurando alguém? – Continuou e se virou para tentar achar alguém.

-N-Não é nada. Esquece isso. Vamos continuar comendo. – O homem falou estranhando sua tristeza. Ele estava triste por que perdera aquele homem de vista? Não podia acreditar nisso. Mas tudo aquilo que havia sentido só com aquele olhar... Quem será aquela pessoa? E por que aquilo havia acontecido? Novamente, ia se afundando em seus pensamentos enquanto a namorada falava.

Estava encostado atrás da porta de um dos banheiros ofegante e assustado. O que havia acabado de acontecer ali no refeitório? Seu peito ainda doía. Seu coração não diminuía os batimentos e sua respiração muito menos. Havia corrido para ali quando uma garota sentou na frente daquele homem. Quem era ele? Por que seu coração estava daquele jeito por causa dessa pessoa? Por que sentia necessidade de ir até ele? Eram perguntas que passavam por sua mente.

-Será que eu... NÃO! Eu não posso. Não quero e não posso. – Ele pensou negando com a cabeça. – Aish! Não é isso. Tenho certeza que não é isso. Não pode ser... – Mordeu seu lábio inferior nervoso. – Deve ser só mais uma crise minha. É... É isso. – Continuou pensando.

Quando sua respiração voltou ao normal, saiu do banheiro e foi para sua sala. Quando sentou-se o sinal tocou. Olhou para seu caderno, tentando cantar alguma musica em sua mente, e esqueceu que na sua frente, aquele homem estava sentado. A aula começou e então, percebeu quem estava a sua frente. Novamente seu coração voltou a disparar. Só de lembrar daquele rosto que estava o encarando ali na lanchonete, o deixava assim. O desespero de sair da sala bateu, mas não podia sair assim dali. A aula foi passando e ele não conseguia prestar atenção. Isso o estava deixando mais desesperado. Assim que o sinal bateu, começou a guardar suas coisas e se levantou ouvindo uma voz grossa e rouca, e maravilhosa para seus ouvidos, falar "hey". Olhou para onde veio a voz e novamente seus olhares se encontraram.

-É você que estava sozinho na lanchonete né?! - O homem perguntou colocando a mochila nas costas.

-N-Não sei do que está falando. – O desespero tomou conta de seu corpo e então saiu da sala deixando o homem sozinho.

-Hey! – Ouviu a voz longe o chamando. – Espera ai!

-Ai amor! – Uma voz fina surgiu e olhou para trás vendo o homem vindo em sua direção e a garota da lanchonete o olhando inconformada. A única coisa que passou por sua mente foi: Corra. E seu corpo obedeceu. Assim que acelerou seus passos, ouviu outros passos rápidos atrás dele. Estava sendo perseguido. Seu coração continuava batendo rápido, o desespero aumentava a cada segundo. Não podia deixar-se ser pego. O que poderia acontecer com ele se deixasse isso acontecer?

Corria pela cidade, atrás daquele homem. Não podia perdê-lo. Não sabia porquê, mas precisava entender porque ele havia corrido. Precisava saber quem era ele. Também queria saber porque estava assim, com essa louca vontade de conhecê-lo... De... Protegê-lo. Sim. Estava com essa sensação. Desde que o vira na faculdade, sentira essa necessidade. Enquanto pensava percebeu que aquele homem tinha um problema e que precisava de ajuda. Essa vontade de ajudá-lo o dominou. Sentia que conhecia aquele homem, e que precisava ajudá-lo.

Estava muito confuso. Não entendia direito seus pensamentos, então deixou-se levar por seu coração. E naquele momento, ele o mandava correr atrás daquela pessoa.

Olhou para trás percebendo que aquele homem não estava mais atrás dele. Um alivio lhe dominou e uma tristeza também. Não entendia o porquê desse segundo sentimento. Por que estaria triste? Parou tentando recuperar sua respiração normal. Quando conseguiu amenizá-la, voltou a andar preso em seus pensamentos confusos. Não percebera que o sinal estava verde e foi atravessar a rua.

Tudo passou rápido. Assim que pisou na faixa branca, uma buzina dominou sua mente e um grito daquela voz maravilhosa, o avisando: "Cuidado", sentiu uma mão agarrando seu pulso e ser puxado até trombar com um corpo. Ouviu o barulho do carro passando por onde estava a segundos atrás. O susto fê-lo fechar os olhos, tremer e ter a respiração novamente descompassada. Logo em seguida, sentiu um calor acolhedor envolta de si e abriu os olhos. Quando viu que estava sendo abraçado, seu corpo se arrepiou, um medo caiu sobre si, o desespero tomou conta de si enquanto lembranças surgiam.

-ME SOLTA! – Gritou desesperado empurrando quem o abraçava. No desespero, acabou empurrando demais, e se desequilibrou caindo de bunda no chão.

-Hey! Calma! - Aquela voz... Pela terceira vez, a ouvia naquele dia. Olhou para cima encontrando aquele rosto que tanto o deixava inquieto. – Você está bem? Se machucou? – O homem perguntava preocupado.

-T-To...

-Aish! Que bom! Você me assustou sabia? Quase que você foi atropelado. Não pode atravessar assim, sem ver o sinal. – O rapaz falou. Por que? Por que ele estava preocupado com ele? Eles nem se conheciam. Na realidade, algo lhe dizia que se conheciam sim, mas ignorava isso. Será que ele estava se fingindo de bom? – Por que correu de mim?

-... – Ficou quieto. Não sabia o que responder. O homem suspirou.

-Me desculpe. Acho que te assustei né?! Venha, vamos tomar café juntos. É um bom jeito de começarmos do zero. – O homem falou estendendo a mão e abrindo um sorriso enorme a ponto de mostrar até as gengivas, fazendo o coração dele bater mais rápido. Naquele momento, imaginava que aquele sorriso, era o mais lindo que já vira. E parecia ser muito sincero. Desviou o olhar e se levantou, ignorando a mão estendida. – Bem... Você gosta de café né?!

-S-Sim.

-Que bom. Então tem uma cafeteria aqui muito boa, a

-Coffee Shop?! – Perguntou para o homem que o olhou surpreso.

-Exatamente.

-É a minha favorita... – Comentou e o homem mostrou aquele sorriso novamente.

-Que coincidência. É a minha também. Vem. Eu pago pra você.

Olhava para aquele homem, levemente assustado. Por que estava fazendo tudo aquilo? Por que? E por que uma parte dele estava gostando?

-Qual é o seu nome? – Perguntou e o homem parou, fazendo-o parar.

-Verdade! Que falta de respeito a minha. Me chamo Bang YongGuk. Prazer em conhecê-lo. – YongGuk falou fazendo reverencia.

-K-Kim HimChan. – Respondeu e fez o mesmo movimento.

-É um belo nome e um belo significado. "Cheio de Força". Correto? – Bang perguntou e HimChan afirmou com a cabeça, e Guk sorriu mais ainda. – Então, vamos?

-S-Sim. – Respondeu e seguiram em direção a cafeteria que havia ali perto.

Ambos tinham a mente lotada de perguntas. Não estavam entendendo o que estava acontecendo ali. E não imaginavam, que suas vidas mudariam.

SoulmateWhere stories live. Discover now