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De manhã fui acordado pelo toque de chamada do meu telemóvel, era a Vanessa:

- Du, preciso falar contigo.

- Ok, falamos na escola. - digo.

- Não! É urgente, vem até a minha casa. - diz ela.

- Mas... - olho para o relógio e vejo que são 6h50 - ... é muito cedo e nessa hora não tem ninguém para me levar aí. - digo.

- Não sei como Marcos. Desenrasca-te! - diz ela.

- Ah Chata! Verei o que posso fazer. - digo.

- Despacha-te. - diz ela.

Ela termina a chamada.

Pelo amor de Deus, começo a pensar seriamente que se deve criar uma regra qualquer de " Não incomodar ", ou seja, deveria se estabelecer regra que impedisse as pessoas de ligarem para mim num período das 23h até às 9h e quem não respeitasse essa regra seria condenado à Prisão Perpétua. E até teria sorte já que a Pena de Morte não é permitida cá. Não entendo o gosto que muitas pessoas têm em acordar as outros a essa hora, a sério, eram 6h da manhã e para mim esse horário ainda representa a madrugada. Não me censure apenas acho que acordar alguém assim tão cedo deveria ser considerado no máximo um Crime Constitucional!

E que história é essa de "preciso conversar contigo"?! Sinceramente quem é que precisa conversar com alguém de madrugada? Até parece que o sol já não nasce. Todavia eu fiquei também um pouco curioso sobre a conversa então apressei-me e em uns 30 minutos já estava de saída e vi que o meu pai também estava de saída.

-  Que sorte!

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- Então Augusto o que fazemos agora? - pergunta o Zheng.

- Vamos pegar essa tal de Vanessa Mayor. - diz o Augusto.

- Agora? - pergunta o Zheng.

- Ainda não. É melhor dar um fim nesse corpo, esperar a poeira baixar enquanto elaboramos já um plano para capturar essa tal de Vanessa e depois agimos. - diz o Augusto.

- Uau! De génio. - diz o Zheng.

- Não é preciso agradecer. - diz o Augusto.

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No caminho fiquei pensando na reacção da Tessa quando disse que tinha os meus métodos para resolver o assunto do tráfico. Não era de estranhar, mas o ambiente naquela sala ficou tenso. Não sei o porquê. Só sei que eu precisava falar com a Tessa. Segundo sei ela não tinha conhecimento sobre o que aconteceu há 4 anos atrás. Mas aquela reacção deixou-me curioso.

Ao chegar à casa da Vanessa, vi que ela estava na fachada da casa a espera de mim. Algo se passa e eu tinha de saber o que era.

- Cá estou! Satisfeita? - digo.

- Bom dia também para ti. - diz ela.

- Espera aí. Não me digas que me acordaste tão cedo só para dar rodeios?! - digo.

- Bom dia. - diz ela.

Palhaçada.

- Bom dia. - digo só para que ela entrasse no assunto.

- Como foi o almoço ontem? - pergunta ela.

- Bom... - respondo - ... não houve nada de entusiasmante. - acrescento.

- Interessante. - diz ela.

- Então, o que tanto querias falar comigo urgentemente? - pergunto.

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