Idas e Vindas do Amor (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo II

Voltei com mais um capítulo...

Espero que vocês gostem, e não se esqueçam de comentar... Adoro cada feedback que recebo.. Obrigada!

Beijos ♥

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Podemos viver mais de dez anos sobre o olhos inoportunos dos paparazzi's, que nunca vamos nos acostumar com suas tamanhas inconveniências, a falta de educação, respeito, ou algum tipo de dor. A muito eu deixei de me importar, para falar a verdade eu parei mesmo quando eu descobri que por mais que eu escondesse meu "relacionamento" com Ben, debaixo do tapete, esses malditos urubus sempre iriam achar uma carniça para jogar no ventilador.

Eu me lembro como se fosse ontem quando a merda toda estourou. Tinha acabado de sair de casa, como havia sido um costume adquirido, eu estava de óculos escuros, e foi só eu pisar do lado de fora da portaria do prédio aonde eu morava, que fui bombardeada com perguntas, indiscrições da minha vida que só eu deveria saber, mas eles não entendiam, ou não queriam entender. Não importa, para mim as pessoas que se fingem de sonsas, são as piores. Lembro-me que passei por esse trágico episódio durante uma semana, e depois disso, eu tomei duas lições para vida toda, primeira: Nunca andar nas ruas de NY sem seguranças. Tem gente que não sabe que meu espaço começa quando termina o seu, e a coisa que mais detesto é alguém me tocando sem a minha devida permissão. Eu não sou chata, mas é que depois de todo esse contato, começamos a ficar completamente saturados. E a segunda lição: Faça com que eles tenham o que falar, e o que eles falem, seja o que você quer.

Desde então eu sempre jogo algumas informações em suas mãos de bandeja, eles não precisam de trabalho para conseguir, e muito menos ficar invadindo o meu espaço para fazer perguntas indiscretas. Não importa o que eu falaria, eles sempre iriam aumentar. Essa foi uma terceira lição, mas ela eu só aprendi quando eu comecei a soltar informações sobre mim.

A vida nos faz ficar esperta, e hoje eu posso dizer, só sabe da minha vida quem eu quero. No meio aonde eu vivo é uma raridade existir uma amizade verdadeira. É uma merda, eu sei, mas com o tempo aprendemos a não confiar demais nas pessoas, quase todas são compradas por alguma coisa que vale muito menos do que você faria por ela. O dinheiro, status são coisas que pessoas lutam dia a dia para ter. Portanto eu aprendi a me tornar mais reservada, não contar para amigas que eu saio com alguns carinhas, ou que o mesmo brochou na noite passada. Não escondo que não me apego e não me apaixono, está escrito na minha testa, ou no noticiário que saiu logo após eu voltei para o Brasil.

"Honey do muso mais cobiçado de Nova York - Benjamim Cavaliere - embarca de volta para casa, sem passagem de volta. É isso aí meus amigos, o encanto parece ter acabado. Fontes seguras dizem que o término do contrato com a Victória Secret foi amigável e dentro do prazo. E que a mesma delicinha que roubou o coração de todos os homens dessa grande cidade de luz, não quis renova-lo. O que será que esse muso de Nova York fez para a nossa pequena Mel? Algo me diz que isso foi pelo coração."

Eu tinha ficado abismada com a tamanha desconsideração em realmente perguntar alguma coisa, poucos foram os que ligaram para Fatinha, minha assessora, ou o de Ben. E os que fizeram, ganharam um bônus a mais, dizendo que eu seguiria minha carreira um pouco mais amena do que eu estava acostumada, mas ficaria no Brasil. Mesmo assim, eles não tinham ficado satisfeitos, e alguns soltaram que uma amiga íntima disse que não estávamos mais juntos, pois eu não aguentava mais as traições de Ben.

O que era engraçado disso tudo, era que primeiro eu não tinha uma amiga íntima assim em NY, para ela ficar falando da minha vida para o primeiro que aparecesse. Segundo era que se eu tivesse realmente essa amiga, e ela tivesse realmente contato para esses repórteres, a pessoa em questão - Que não existe - saberia mais que meu relacionamento com Ben, não era fundado com base na exclusividade. Porém, eles não sabem disso e nunca procuram realmente saber a verdade.