Idas e Vindas do Amor (DEGUSTAÇÃO)

Capitulo I

É real?? Eu mal posso acreditar que já estamos lançando no Wattpad "Idas e Vindas do Amor". Parece que foi ontem mesmo que me despedi de #LizDrew. Queria agradecer a todos que já estão ansiosos - como eu - por #MelEdu, e dizer que eu espero que vocês possam curtir tanto quanto eu estou fazendo em criar esses dois...

Então é isso.. Vejo vocês na sexta.. Grande beijo!

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Janeiro de 2009

Caio com tudo que tenho no sofá atrás de mim, sinto meus pés reclamarem com o trabalho árduo dessa manhã. Mexo meus calcanhares, em movimentos circulares, com a cabeça longe. Minha cabeça encostada no sofá, eu fito e teto e suspiro; tudo que sempre sonhei finalmente está acontecendo, agora será a minha realidade. Eu morava no interior de Divinópolis, em Ermida, numa pequena casa com apenas um vizinho. Estava feliz e assustada ao mesmo tempo, a vida era muito mais agitada, corrida do que eu estava acostumada aqui em Belo Horizonte.

- Não acredito Dinha, já sentou? - Levanto do sofá em um pulo, ouvindo a voz da minha amiga.

- Estou cansada demais Fat. - Coloco minhas mãos na cabeça, imito um bocejo e vejo se cola.

- Nada disso. - Quase corre em minha direção, fica na ponta dos pés e passa uma mão pelos meus ombros. - Somos novas aqui Dinha, não podemos deixar bagunça na sala.

- Eu sei, é que... - Olhei para os lados e desanimei de falar qualquer coisa, as malas ainda estavam ali, elas não sumiram como eu queria que tivesse sido, em um passe de mágicas. Não podemos contar com a ajuda dos nossos pais, a viagem e a mudança por si só tinha ficado cara demais. - Essas meninas que vivem aqui não nos ajudam em nada. - Resmunguei descontente.

Da onde vim as pessoas eram bem mais receptivas, comunicativas e simpáticas. Era a segunda vez que tínhamos vindo no apartamento, na verdade tivemos sorte de encontrar duas vagas para um quarto apenas; era tudo que precisamos em um só lugar. Ta certo, ficou parecendo propaganda de casa de eletrônicos. Janaína e Daniela não eram nada receptivas, e isso por que vimos a cara das garotas apenas uma vez. A dona do lugar, uma mocinha - Débora - um pouco mais velha que Fat e eu, herdou a casa de sua vó assim que ela morreu, e como tinha três quartos, ela resolveu alugar os outros dois. Ela trabalhava, por isso não estava aqui, mas foi super simpática em nos apresentar os cômodos e quando assinamos o contrato e lamentou não poder ajudar. Eu apenas não posso dizer que as duas nos estenderam a mesma cortesia.

- Eu sei, é chato isso. Pensei que seríamos amigas, mas vamos que acabamos mais rápido do que imaginamos. - Se desvincilhou de mim antes de me dar um tapa na bunda e seguir rumo as suas malas. Revirei meus olhos com o pé latejando, e segui resignada a acompanhando.

Antes que eu pudesse me agachar para pegar as benditas toneladas, pensando no porque eu trouxe meu guarda-roupa em apenas uma viagem, a campainha tocou. Subi minha cabeça e encontrei Fat subindo o segundo degrau da escada que leva para os quartos. Ela fez uma careta e balançou a cabeça.

- Você está mais perto, Dinha. - Apontou para a porta com a cabeça, seus braços e mãos todos ocupados com malas. - Vai lá e faça o papel da boa vizinhança.

Ótimo! Eu já estava mesmo muito animada, teria que forçar simpatia para vizinhos. Por que só poderia ser isso, o carinha lá de baixo não tinha nem nos ligado avisando que tínhamos visitante, só poderia ser algum morador do prédio.

Abri a porta e ela fez um som de madeira estralando, fiz uma careta e pensei em colocar algum grafite nas suas dobradiças. Olhei para cima e encontrei uma senhora com uma idade pouco avançada, e logo atrás dela... Pai de misericórdia; o que era aquilo? Eu nunca tinha visto nada tão bonito na minha vida.