Cap 11

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Senti ser tirada do balcão. Ele entrelaçou a mão na minha e me puxou até o estacionamento. E eu nem hesitei, eu fui com prazer. Tremendo em expectativa. Eu queria beijar aquela boca que esteve nos meus sonhos.

Ele me encostou na janela de um carro. Que espero ser o dele, não quero ser presa por estar assediando o carro de alguém. Eu acho que eu tô muito bêbada.
Ele me olhou por um estande e no outro ele já estava atacando minha boca. Diferente do beijo dentro do bar, esse tinha pressa. Desejo. Como se ele também quisesse esse beijo a muito tempo, assim como eu.

--ei... Ian. O Fred tá passando dos limites. Ajuda aqui.

Um cara gritou se aproximando de nós. Merda ele acabou com o melhor beijo que já recebi.

--o que?-- falou o tal Ian

--o Fred cara, bebeu demais e tá provocando um cara no bar. Chamou ele de viadinho.

O que? Não pode ser o que estou pensando...

Sai do aperto dos braços dele da minha cintura e corri pra dentro do bar cega de raiva. Se esse desgraçado estiver falando do meu Dam ele tá fudido.

Quando entro vejo um aglomerado no meio do bar. Olhei pra todos os cantos procurando o Dam e nada. Olhei pro balcão e vi Jack pulando o mesmo e pegando o taco de baseball que fica em baixo da bancada.

--não Anne.

--foda se jack.

Passei por ele correndo e entrei na multidão. Vantagem de ser pequena.
Dam estava de costas pra mim e o desgraçado rindo e ainda zombando dele. Filho da puta.

Entrei com tudo e dei um soco direto no nariz, e ele já cambaleou. Franguinho. Avancei nele com um chute nas costelas, ele se abaixou. Me aproveitei, minha joelhada certeira no rosto o fez cair.

Eu fui pra cima de novo. Eu ia acabar com ele. Mas senti os braços do Dam me envolver e apoiar a cabeça no meu ombro . O que me fez desarmar. Ainda pude ver um cara e o cara que eu estava beijando levantar aquele trapo do chão. O tal Ian tinha um olhar de desculpas direcionado a mim, mas não liguei. Tinha coisas mais importantes.
Me virei pro Dam e não contive as lágrimas. Ele tinha o lábio cortado e o rosto bastante vermelho. Ele apanhou bastante.

-- vem cá minha cerejinha. --falou com os olhos vermelhos me levando pra parte de dentro do balcão e sentando comigo ali no chão mesmo.
--não era... Eu, eu não queria... Você se machucou?

-- isso é sério?? Eu queria matar aquele verme. Olha pra você, meu bonequinho todo machucado.

-- é só mais um babaca que vai aparecer. Mas eu queria enfrentar isso... Eu preciso. Não queria que você se metesse.

--desculpa. Eu fiquei cega eu só queria tentar te proteger.

--eu sei meu anjo e você faz isso todos os dias desde que a gente brincava no quintal da tia Dé.

Eu o abracei deixando sair toda aquela raiva. Deixando só o conforto que aquele abraço traz. Dam tem razão. Esse lixo não foi o primeiro e não será o último infelizmente. Não importa o lugar, sempre vai ter esse tipo de pessoas. Aceitar ou não, não te dá o direito de atacar o que você acha diferente ou errado. Se for pensar... Eu também tô errada em ter batido nele, além de perder minha graduação eu poderia nunca mais dar aulas.

Sai do abraço e toquei com carinho o seu rosto machucado e sorri.

--nem assim você consegue ficar feio.

--eu sei que você tem inveja.

-- vai a merda, tô sendo gentil.

-- VOCÊ É MALUCA?? --jack grita assustando nois dois. -- você poderia ter se machucado. E você Adam, o que você tem na cabeça?? Por que não falou comigo sobre o que estava acontecendo?

Puta merda ele tá furioso

--não sou mais criança Jack.

--mas continuo sendo seu irmão porra. -- ele bufa e senta na nossa frente. --você está bem?

-- to sim.

-- e você Annelise... Minha vontade era de te botar sobre os meus joelhos e te dar uns tapas.

--hum... Gostei. Pode ser agora??

-- não me provoca. -- jack puxou todo o ar e soltou devagar. -- vocês vão acabar me matando. Mas você mandou bem ruiva eu estava prestes a fazer o mesmo... Mas não faz mais isso.

-- ei... Por falar em provocar. Você se deu bem hoje que eu vi.

Eu sabia o que o Dam estava fazendo. Ele não queria mais falar da briga.

--dei é? -- dei uma de desentendida

-- você não sabe quem ele é né? --jack perguntou sorrindo.

--claro que eu sei. Ele é o Ian, gostoso desconhecido do elevador.

--ele é o cara do elevador?? --Dam pergunta espantado.

Só afirmei com a cabeça. Eu estava sorrindo lembrando do beijo no estacionamento.

-- ela realmente não sabe quem ele é. -- Jack mais uma vez fala sorrindo

Porra travou o disco?

--ele é o amigo do meu pai. Aquele arquiteto famoso que comprou uma das empresas lembra?

O que?

*******************

Estávamos no carro voltando pro apartamento. Tô pensando no tal do Ian desde que a gente saiu do bar. Eu não consigo descrever o que eu senti beijando ele. Foi novo, foi intenso. E saber que ele é um homem importante, além de ser bonito e solteiro. Bem provável que ele tenha várias mulheres perfeitas e elegantes por perto. Por que que ele iria querer uma toda as avessas.

Vou começar a trabalhar na segunda, não vou ter tempo de ir no bar. Não vai ter como eu esbarrar com ele. É isso esquece Annelise foi só coisa de momento, só atração né?
Não posso já ter cedido a ele....

O que eu faço, ainda sinto o beijo...


É isso aí galerinha...
Gostaram??

Falei que seria pequeno..
Mas agora o bagulho vai ficar tenso kkkkk.

Comentem não sejam tímidas RS
E não se esqueçam de votar...
Bjuui

M. Melllo

Nas Suas Asas  Where stories live. Discover now