Cap 9

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Vou continuar postando...

Acordei com um sol tímido passado pelas cortinas da janela à minha frente. Que sensação boa. Me virei dando de cara com o relógio digital em cima do criado mudo. Marcava 10 horas e exatamente 8°c. Me levantei contra a minha vontade, tomar banho essa hora é uma tortura. Primeiro que ficar pelada nesse frio parece que você está numa rave. Tuchi Tuchi Tuchi.

Estar tremendo agora é pouco. Segundo que pra cobrir o corpo todo precisa de um chuveiro enorme pra não deixar nenhuma parte de fora. O que não acontece nesse momento.

Me sinto o the flash. O banho é em alta velocidade. Sai correndo pra vestir alguma coisa quente antes que eu congelasse. E veja só... Atrasada só 10 minutos, a Itália já operando milagres.

Ao entrar no elevador não pude deixar de lembrar daqueles olhos. Agora não é só os olhos dos meninos que me deixam embasbacada. De alguma forma eu me senti ligada à aqueles olhos e a postura confiante do tal desconhecido. Nunca me senti assim com ninguém, nem mesmo antes de ter medo.

Encontro os meninos em uma mesa próximo a janela.

-- bom dia meu amores. -- falei dando um beijo em cada um e me sentando de frente pra janela.

-- bom dia minha cerejinha. Dormiu bem? -- Dam perguntou sorrindo.

-- maravilhosamente bem apesar do frio.

-- acostume-se, Belluno é um pouco pior. E obrigada por me perguntar se eu dormir bem Adam. -- jack falou lançando um sorriso divertido pro Dam e pra mim.

-- tô nem nem ai pra você.

-- aí... Essa machucou irmãozinho. -- jack força uma expressão sofrida.

O garçom me salva de mais uma das implicâncias desses dois. Nois fazemos o pedido e numa velocidade sônica ele já está de volta com o vinho que o Dam pediu.

--vocês querem acabar comigo. -- falei em protesto mas não adiantou.

-- a gente sabe muito bem ruiva. É só uma taça pra comemorar o primeiro dia. Não vamos deixar você dá uma de louca e subir na mesa de novo.

E assim nois brindamos e almoçamos na maior felicidade possível.

****************

Ja estávamos no carro indo pra Belluno. A cada km parecia que a temperatura diminuía. Chegamos por volta das 6 horas da tarde e já não estava mais tão frio, Marcava 11°c.
Saí do carro extremamente feliz, aquelas pesquisas não chegam aos pés do que eu estou vendo agora.

Dam passa por mim e entra primeiro nas portas de vidro que parece ser uma portaria.
Logo um senhor se levanta de sua mesa e se aproxima com um sorriso gentil no rosto.

-- olá vocês devem ser os Pine. -- sorri e aperta a mão de nois três. -- me chamo Júlio. O que vocês precisarem e só me chamar pelo interfone.

-- obrigada Júlio. -- digo já o abraçando. Acho que gostei da forma como ele me incluiu nesse os Pine ou então o frio congelou algum neurônio.

Ele se assusta e não retribui o meu abraço. Quando me afasto ele ainda mantém o sorriso gentil. Estranho. Ou ele ficou sem graça com minha demonstração de carinho e euforia, ou ele é um robô programado só pra atitudes formais. É, dei uma de louca de novo. Acho melhor comprar um cachorro. Amo cachorros, são sempre tão divertidos e leais.

A única que não me tratou como se eu fosse maluca, foi a senhora do aeroporto. Se me lembro bem ela falou comigo em português... Será que ela não é italiana?

Nas Suas Asas  Where stories live. Discover now