III. Perto de você

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Olhei para Liam e ele parecia totalmente absorto em seus pensamentos. Mexia na barra da camiseta azul marinho que usava e continuava corando cada vez mais. Cutuquei seu braço com meu dedo mindinho. Ele me olhou assustado, mas sua expressão logo se suavizou assim que me viu.

− Está tudo bem? – Perguntei preocupado e ele acenou com a cabeça.

− Uhum. É só que...

− O que foi? - Incentivei que continuasse. Liam se aproximou e sussurrou em meu ouvido.

− Quer trocar de lugar comigo? Por favor. – Me olhou suplicante e deu uma rápida olhada para Zayn para me mostrar o motivo de seu pedido. O moreno estava sentado na carteira ao lado. Se eu não socorresse Liam, Zayn provavelmente secaria a água do corpo do meu amigo de tanto olhá-lo.

Concordei com a cabeça rapidamente. Peguei meu material e trocamos de mesa. Zayn nos olhava confuso e vi com o canto dos olhos seu rosto murchar. Ele abaixou a cabeça e olhou para as próprias mãos. Senti dó dele e olhei para Liam, mas ele não me olhou de volta. Estava concentrado no que o professor falava sobre o Quasímodo. Era notável como a cor de seu rosto se encontrava mais suave agora.

Eu, no entanto, corei no mesmo instante em que percebi apenas duas carteiras me separando de Harry. Apertei a capa do livro forte contra minhas mãos ao vê-lo jogar seus cachos para trás e rir baixinho de algo que Niall havia comentado.

Oh Deus como eu queria ser Niall neste momento!

Os dois pararam de cochichar assim que o professor lançou um olhar repreensivo. Harry prendeu o lápis entre seus lábios. Lábios tão rosados e macios. E eu achando que não tinha como ser mais perfeito. Suas sobrancelhas se juntaram e ele parecia concentrado na explicação do professor. Eu, pelo contrário, estava concentrado em suas feições e nos traços delicados de seu rosto.

− Alguém poderia dizer suas impressões de Quasímodo? – O professor pediu e me surpreendi ao ver que, ao invés de Beatrice levantar a mão prontamente para responder a pergunta, Harry ergueu o polegar e o Sr. Button o mandou prosseguir.

− Hm... – Ele coçou a testa e desviou os olhos para o livro, pensando um pouco antes de responder. – Eu acho que Quasímodo é um homem sofrido e simples. A sua aparência provoca repulsa em quem o cerca. E ele é julgado por todos como se a culpa fosse dele pelo seu aspecto físico. Por essa razão, se vê obrigado a viver recluso na catedral de Notre Dame. Quasímodo ainda se apaixona, de forma platônica, pela cigana Esmeralda. Mas conforme você for lendo a obra, percebe-se que o Quasímodo não é o personagem principal, mas sim a Catedral de Notre Dame, pois é o que mais recebe destaque na obra inteira.

Virei para Liam que me olhava boquiaberto. Eu tinha falado exatamente isso para ele ontem à noite enquanto revisávamos o livro e fazíamos anotações. Nem sequer prestei atenção ao que professor dizia, elogiando Harry por sua análise precisa da obra.

− Isso foi estranho. – Liam cochichou para mim. Apenas concordei com a cabeça, ainda com os olhos arregalados, e voltei minha concentração para a explicação do Sr. Button sobre Esmeralda que Harry havia citado.

Zayn me encarava como se fosse me fuzilar com os olhos. Eu até estaria chateado, mas o fato de que eu e Harry pensamos da mesma maneira fez meu coração se aquecer e um sorriso tímido aparecer em meu rosto.

Se ele ao menos notasse que existo.

− E qual a frase mais marcante do livro? Alguém? – O professor perguntou, olhando esperançoso o rosto de cada aluno à espera da resposta. – Essa é fácil, pessoal. Vamos lá!

Eu sabia a resposta, mas a coragem de responder fugiu pela porta e nunca mais foi vista.

"É que o amor é como uma árvore: cresce por si mesmo, lança profundamente suas raízes em todo o nosso ser, e continua sempre a verdejar num coração em ruínas."

Shy Soul (Larry Stylinson)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ