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ATUALMENTE..
faculdade no México. cidade: Puebla. horário: 10:30
Lalisa Monabal
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— Hey, Lilie? — meus olhos subiram até seu rosto, buscando dar a devida atenção. — Vamos entrar de férias, por que não saímos pra algum lugar? Um acampamento, talvez? — Jennie perguntou animada, tirando o livro das minhas mãos.
— Eu até queria, amor... mas não posso. — O suspiro escapou quase que imediato. Vi seu olhar entristecer, a animação sumindo aos poucos. — Minha mãe morreu. Preciso vender a casa.
— Eu sei, mas você disse que não se importava com a casa. — respondeu desapontada.
— Não me importo. — dei de ombros. — Mas também não quero, nem preciso de nada que ainda me ligue àquela casa.
— Poxa, amor... quer saber? Vou com você. — sorriu, tentando aliviar o peso da conversa. — Nem deve ser tudo isso que você está contando.
— Jennie, o que você acha que isso é? Uma brincadeira?
— Talvez uma história que sua mãe te contava e agora não sai da sua cabeça! — disse impaciente, me puxando para o colo dela. Suas mãos firmes seguraram minha cintura, depois desceram com aquele cuidado que só ela tinha. — Podemos foder nos quatro cantos daquela casa... se isso te deixar mais calma. Hm? O que acha?
Você poderia dizer o quanto minha mãe brincou com a Jade, Mia, Lucie e Mikaela... ela se divertiu bastante, pensei, sentindo um nó subir pela garganta.
— Não sei, Ninie... — murmurei, sentindo seus lábios tocarem meu pescoço, a mordida leve arrancando um gemido baixo de mim. Rebolei sobre seu colo, sentindo seu corpo reagir, rígido, a cada movimento. — Aqui não é lugar pra isso~
— Você que é muito certinha. — provocou, sorrindo ao colocar a mão na minha cintura. — Se te deixar mais calma, eu sigo as regras.
— Você promete?
— Prometo, amor.
— Tudo bem. — respirei fundo. — Vou te mandar as regras por mensagem. Vamos amanhã.
— Está bem.
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Vamos começar pelo fato de que... não, não é drama. E sim, eu estou indo pra quele inferno por pura espontânea pressão.
Não é como se, depois de presenciar quatro mortes e sair de lá praticamente correndo assim que fiz dezoito anos, isso fosse uma simples brincadeira.
Não é algo que se inventa.
Não é algo que se esquece.
Não é algo que se sobrevive sem ouvir os gritos.
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4 anos antes — Lonrailand, interior de Port Angeles
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O tempo estava quebrado.
Chuvoso demais.
Quase um impedimento pra sair de casa.
Mas a vontade de sobreviver era maior do que qualquer tempestade.
E foi essa vontade que me empurrou porta afora.
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𝓲𝓷𝓯â𝓷𝓬𝓲𝓪
TerrorO que você lembra da sua infância? O cheirinho de biscoito saindo do forno? O bolo caseiro da tarde? As gargalhadas, as brincadeiras inocentes no quintal? Pois é... essa é uma infância comum. Mas eu não sei o que é ser comum. A minha infância foi um...
