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" Você é apenas uma pequena saliência.
Em quatro meses, ganhará vida,
Você pode até nascer com o meu cabelo, mas terá os olhos de sua mãe.
Segurarei seu corpo em minhas mãos, serei o mais gentil que puder.
Mas, agora, você é apenas a imagem dos planos que não fiz.
Uma pequena saliência, que em quatro meses, abrirá os olhos" - Small Bumb - "Ed Sheeran."

Mas não era possível que Rodrigo estivesse tão paciente!

Ele não havia perguntado nada, NADA! Como? Eu estava quase explodindo vendo seu semblante tão "normal", -  pois estava tão tenso quanto eu em relação a cirurgia - , eu estava enlouquecendo aos poucos,  a única coisa referida a minha gravidez foi um " Conversaremos depois. " mas esse depois parecia que demorava dois séculos para chegar.

Assistíamos qualquer coisa que passava na TV, ele assistia , era difícil eu prestar atenção em algo, mas ele parecia bem interessado.
  Era difícil tê - lo ali, ao meu lado, parecia que eu acordaria de um sonho e tudo estaria do mesmo jeito, queria tanto toca - lo, mas era tão errado, ele parecia tão distante para mim, eu havia feito uma muralha entre eu e ele, mas a realidade era que eu as sentia desmoronar pouco a pouco com a sua preocupação e cuidado comigo.

Me ajeitei na cama, sentia frio e uma queimação, o médico disse que seria normal eu sentir algo assim, o cisto não havia parado de sangrar desde da última cena de dor, porém, isso não havia mal aos bebês, mas eu também não podia fazer nenhum esforço, Dr. Júlio foi bem claro quando disse isso, minha situação já estava mais que ruim e eu não gostaria que piorasse.

- Cuidado. - Rodrigo deu um pulo da poltrona assim que fiz menção de levantar - me.

- Eu estou bem. - Disse a ele um pouco assustada, isso já estava ficando estranho demais.

- Hm. Ótimo. - Ele voltou a sua poltrona um pouco sem jeito.

- Você falou com alguém? Tipo a Lira...- Perguntei.

- Não sabia se queria, então eu não disse nada, mas ela mandou mensagem e eu escrevi por você dizendo que estava tudo bem. - Disse sem olhar pra mim.  - Assenti.

- E a Jéssica? Disse que estava comigo? Quer dizer...não comigo sabe? Assim, aqui no hospital. - Eu estava tentando, mas não estava dando certo, era ridículo! Ele me encarou com o cenho franzido.

- Não. - Disse ele mais soando uma pergunta do que uma afirmação.

Os cinco minutos mais demorados da
minha vida haviam se passado, eu sentia os olhares de Rodrigo em mim, e acho que ele via os meus também. Puxa como eu queria pedir desculpas por tudo, e contar toda a merda da verdade, mas ele foi tão...

- Cacete! - Disse ele me assustando, ele pulou de sua poltrona e veio até mim, eu sabia o que ele faria, me Levantei também, eu precisava disso tanto quanto ele, como eu precisava!

Não havia mais espaço entre nós quando me levantei, com precisão Rodrigo agarrou minha boca, eu o correspondi da mesma forma, foi louco, insano e gostoso! Não, não era um erro eu beija - lo, por que não parecia um erro, estava mais certa do que nunca, meus hormônios de grávida se agitaram, eu tentei continuar o beijando sem querer arrancar sua roupa, porém o desejo estava  forte, resolvi me afastar, ou pelo menos somente meus labios, suas mãos não deixaram que eu me afastasse de seu corpo.

- O que estamos fazendo Amélia? - Ele Sussurrou.

- Te faço a mesma pergunta. - Eu disse no mesmo tom que ele. Rodrigo suspirou em meus labios, o que eu mais queria ali, era mais um beijo seu, talvez por um estante eu pensei em esquecer tudo e me entregar a ele, só por um breve estante.

Consequentemente InevitávelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora