+18| No Stray Kids, tudo sempre foi dividido em nove: nove vozes, nove corações, nove caminhos que se entrelaçaram desde o início.
Mas quando se é a única garota entre oito garotos, a divisão nunca é tão simples assim.
Ser a única garota no grupo...
"Faço tudo, não tem nada que eu não possa, simplesmente puxo o gatilho, deixa comigo." - StrayKids
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Um mês depois.
Yoo Mina.
O quarto estava mergulhado em meia-luz.
A cortina dançava suavemente com a brisa do início do dia, e os primeiros raios do sol pintavam a parede com tons dourados e avermelhados, como se o próprio tempo estivesse desacelerando dentro daquele espaço.
A respiração dele ainda era quente na minha nuca, quando o corpo dele estremeceu sobre o meu.
Não foi abrupto. Nem exagerado. Foi como uma onda que cresce aos poucos e, quando finalmente quebra, não faz alarde, só inunda. Senti a respiração dele falhar brevemente, bem ali, contra meu pescoço. Um som abafado escapou dos lábios dele, entrecortado, grave e quase contido, como se tentasse se manter no limite. Mas era impossível.
O calor que percorreu a pele dele me atingiu também.
A forma como ele me segurou naquele instante, os dedos cravados com doçura na minha cintura, enquanto se derramava em mim, como se eu fosse âncora e refúgio ao mesmo tempo, dizia tudo. Não havia mais espaço entre nós. Nem pressa. Nem mundo. Só nós dois. E aquele instante final, suspenso no ar.
Eu fechei os olhos e soltei um gemido baixo.
Não pelo cansaço, mas pra sentir mais. Pra guardar aquele segundo. O som da respiração dele desacelerando. O peito dele colado ao meu, ainda arfando. O coração dele, forte, tão próximo do meu que era difícil saber qual pulsava mais alto.
Ele deixou o rosto cair no meu ombro, colado à curva do meu pescoço, exalando com força como quem finalmente chega ao fim de um caminho longo demais.
— Merda... — murmurou com a voz abafada, entre um riso fraco e um suspiro de alívio.
— Tudo bem aí? — perguntei, com a voz mais baixa, um sorriso nas entrelinhas.
— Hm... — ele só murmurou, sem ter forças nem pra palavras completas. — Acho que meu cérebro parou de funcionar por uns segundos.
Senti ele relaxar devagar. O peso do corpo ficando mais leve. Os músculos cedendo. O mundo voltando ao ritmo normal.
Chan ficou alguns instantes imóvel. Só o som da nossa respiração compartilhada preenchia o quarto. O sol do fim da tarde tingia as paredes com uma luz suave, laranja e âmbar, cobrindo tudo com um brilho calmo. Era como se o tempo tivesse se deitado ali com a gente também.
Então ele se virou de lado, ainda lento, e me puxou junto, encaixando meu corpo no dele com naturalidade. O braço envolveu minha cintura com firmeza, mas com carinho, como se a gente já tivesse dormido juntos assim mil vezes antes. A testa dele roçou na minha têmpora e ele suspirou outra vez, agora mais fundo. Mais em paz.