27 - Frame by Frame.

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"Faço tudo, não tem nada que eu não possa, simplesmente puxo o gatilho, deixa comigo."
- StrayKids

 Um mês depois

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Um mês depois.

Yoo Mina.

O quarto estava mergulhado em meia-luz.

A cortina dançava suavemente com a brisa do início do dia, e os primeiros raios do sol pintavam a parede com tons dourados e avermelhados, como se o próprio tempo estivesse desacelerando dentro daquele espaço.

A respiração dele ainda era quente na minha nuca, quando o corpo dele estremeceu sobre o meu.

Não foi abrupto. Nem exagerado. Foi como uma onda que cresce aos poucos e, quando finalmente quebra, não faz alarde, só inunda. Senti a respiração dele falhar brevemente, bem ali, contra meu pescoço. Um som abafado escapou dos lábios dele, entrecortado, grave e quase contido, como se tentasse se manter no limite. Mas era impossível.

O calor que percorreu a pele dele me atingiu também.

A forma como ele me segurou naquele instante, os dedos cravados com doçura na minha cintura, enquanto se derramava em mim, como se eu fosse âncora e refúgio ao mesmo tempo, dizia tudo. Não havia mais espaço entre nós. Nem pressa. Nem mundo. Só nós dois. E aquele instante final, suspenso no ar.

Eu fechei os olhos e soltei um gemido baixo.

Não pelo cansaço, mas pra sentir mais. Pra guardar aquele segundo. O som da respiração dele desacelerando. O peito dele colado ao meu, ainda arfando. O coração dele, forte, tão próximo do meu que era difícil saber qual pulsava mais alto.

Ele deixou o rosto cair no meu ombro, colado à curva do meu pescoço, exalando com força como quem finalmente chega ao fim de um caminho longo demais.

— Merda... — murmurou com a voz abafada, entre um riso fraco e um suspiro de alívio.

— Tudo bem aí? — perguntei, com a voz mais baixa, um sorriso nas entrelinhas.

— Hm... — ele só murmurou, sem ter forças nem pra palavras completas. — Acho que meu cérebro parou de funcionar por uns segundos.

Senti ele relaxar devagar. O peso do corpo ficando mais leve. Os músculos cedendo. O mundo voltando ao ritmo normal.

Chan ficou alguns instantes imóvel. Só o som da nossa respiração compartilhada preenchia o quarto. O sol do fim da tarde tingia as paredes com uma luz suave, laranja e âmbar, cobrindo tudo com um brilho calmo. Era como se o tempo tivesse se deitado ali com a gente também.

Então ele se virou de lado, ainda lento, e me puxou junto, encaixando meu corpo no dele com naturalidade. O braço envolveu minha cintura com firmeza, mas com carinho, como se a gente já tivesse dormido juntos assim mil vezes antes. A testa dele roçou na minha têmpora e ele suspirou outra vez, agora mais fundo. Mais em paz.

In Sync - Bangchan Where stories live. Discover now