23 - Between the Lines.

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"Qualquer coisa que pedir vai satisfazer seus 5 sentidos."
- StrayKids

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Yoo Mina. 

O quarto estava mergulhado em penumbra quando ele me puxou de volta pra cama, os lençóis ainda bagunçados, o ar morno com cheiro de sabonete e pele. Ainda estávamos com o cabelo úmido e só as toalhas envolvidas no corpo, mas o clima já era outro.

Não era mais sobre urgência. Nem sobre raiva. Nem saudade sufocada.

Agora era só... silêncio confortável.

Ele caiu ao meu lado com um suspiro longo, puxando o cobertor até a cintura e me encarando com aquele olhar que parecia querer rir de alguma coisa, mas ainda estava decidindo se valia a pena.

— Isso definitivamente não era o plano. — comentei, soltando uma risada baixa.

Chan soltou um riso curto e virou de lado, apoiando a cabeça no braço dobrado.

— Não? Achei que você estivesse arquitetando isso desde o momento que falou da mordaça. — Revirei os olhos, mas sorri, ajeitando o cabelo úmido no travesseiro.

— Idiota. Você que foi um intrometido. — Ele me olha fingindo ofensa.

— Sexy. — ele corrigiu, com um sorrisinho de canto. — Um idiota sexy, pelo menos.

— A parte do idiota tá bem garantida — retruquei, provocando. — A sexy... depende da luz.

— Que luz, Mina? A gente tava na hidromassagem. Eu tava brilhando. — Caí na risada, e ele me acompanhou.

O ar entre nós já não carregava tensão. Era leve, como se o que tivesse acontecido tivesse nos tirado um peso, e não colocado mais um.

— E agora? — perguntei, ainda com o sorriso no rosto, virando um pouco de lado pra encará-lo melhor. — Você vai fingir que isso foi só um surto coletivo ou vai me levar pra jantar?

Ele arqueou a sobrancelha, o tom de voz calmo.

— Posso fazer os dois. Mas prefiro o jantar. — deu de ombros. — Surto coletivo a gente já tem demais na nossa rotina.

Assenti, mordendo o canto da boca pra conter o riso. Chan aproveitou e esticou o braço, puxando minha mão pra brincar com meus dedos distraidamente.

— Só pra constar... — ele começou, o tom despreocupado. — Aquela coisa da mordaça... eu realmente espero que não tenha sido da boca pra fora.

Soltei um riso fraco.

— E se não foi? — Ele apertou meus dedos com mais firmeza e sorriu de novo. Lento. Confiante.

— Então eu vou ter que começar a pesquisar onde vende uma decente. — Ele beija o topo da minha cabeça.

— Pervertido. — murmurei segurando o riso.

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